ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ainda o Rio de Janeiro - 1984.
Impossível deixar de reconhecer as belezas do Rio de Janeiro. E não é só a sua capital, basta conhecer o seu interior, principalmente suas praias de mar, e região dos lagos. Até mesmo suas pedras são bonitas! O que eu fui fazer mesmo lá no Rio? Trabalhar? Lá é local de se aposentar, descansar, passear, se divertir, nunca de trabalhar. Depois aquele calor danado inverno e verão, não dá vontade de pegar na pá! Mas meu princípio é não me arrepender do que faço, principalmente dos meus erros, pois foi com eles que aprendi a vida. Imaginem o que eu aprendi durante minha estada no Rio, por cinco longos anos.
Os cariocas costumavam nos dizer: "Vocês gaúchos são realmente diferentes". Eu então respondia, com a devida desculpa dos cariocas: "Claro que somos diferentes de vocês, pois lá no Sul a Natureza nos seleciona. Quem não trabalha morre de frio ou de doenças no inverno, e vocês aqui com uma bermuda, uma camisa física e um chinelo de dedos, sobrevivem".
Pois só vou falar da vida, não de negócios, onde sucumbi.
É hábito de gaúcho apertar a mão de empregados. Lá no Rio o patrão não costuma sequer falar com o empregado, o capataz que o faça. Um certo dia, um empregado bem mais velho que eu (na época!) me disse: "O senhor é o primeiro patrão que me aperta a mão!". Eu respondi: "Meu amigo, o gaúcho além de educado é esperto, ele aperta a mão do empregado para ver se ele tem calos nas mãos". Foi um silêncio danado.
Tirei a foto abaixo (claro que ao lado da minha Jane) em 1985 num dos meus raros descansos, lá no Rio de Janeiro. O que eu fui fazer lá?
Tirei a foto abaixo (claro que ao lado da minha Jane) em 1985 num dos meus raros descansos, lá no Rio de Janeiro. O que eu fui fazer lá?