quarta-feira, 18 de maio de 2016

Boletim 274.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Um outro tempo.

Aqui, em 1975, eu colhia arroz vindo das medas, na quantidade de 60 (sessenta) sacas por hectare, e ganhava dinheiro! Tudo era produzido à mão, desde a lavração à boi, até a colheita à foice manual. Hoje nossa produção anda por 200 sacas por hectare. Graças à que? As novas tecnologias. Adoro novas tecnologias, mas os produtores não obtêm lucros com toda esta produtividade. Para onde vai o lucro? Certamente aos gringos, com a venda dos insumos, técnicas, máquinas, e tudo mais que aumenta nossa produção e diminui nossos lucros. Vocês não precisam dizer, eu sei, são palavras de um agricultor quebrado, entretanto, quantos como eu, têm saudade do tempo que se levantava quebrando geada nas madrugadas para cangar bois, e se derramava suor semeando arroz à lanço...

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”