ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Amor velho.
Alguém dirá que o amor não envelhece. Talvez. Estou me atrevendo em afirmar que ele se transforma. Uma transformação fortalecida. Esse nobre sentimento acompanha as emoções do indivíduo que ama. Assim as boas emoções o fortalece, como as más emoções o enfraquece. Além das emoções devemos avaliar o tempo que perdura o amor. Acho sim que ele envelhece. Meu amor está envelhecendo, e não estou falando do meu amor por minha Jane. Falo do amor em viver, em ofertar minha existência a um Criador de Todas as Coisas. Tenho encontrado luz em meu caminho, como uma estrela a guiar meus passos, e assim sou grato por este amor velho. Deus, saúde e família. Não creio num quarto elemento. Tudo ao meu redor está ficando velho, como minha esposa de 58 anos de felicidade conjugal. Meu bom Voyage 88, que nunca me deixou na estrada, salvo as vezes que eu o deixei lá. Meu Casio batendo as horas por mais de dez anos. Minha faca da bainha, nem sei quanto anos tem. Se isso não tem importância para quem lê, para mim o importante é não querer trocar nada do que tenho. Todos são meus amores velhos.
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