segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Boletim 238.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Amor velho.
Alguém dirá que o amor não envelhece. Talvez. Estou me atrevendo em afirmar que ele se transforma. Uma transformação fortalecida. Esse nobre sentimento acompanha as emoções do indivíduo que ama. Assim as boas emoções o fortalece, como as más emoções o enfraquece. Além das emoções devemos avaliar o tempo que perdura o amor. Acho sim que ele envelhece. Meu amor está envelhecendo, e não estou falando do meu amor por minha Jane. Falo do amor em viver, em ofertar minha existência a um Criador de Todas as Coisas. Tenho encontrado luz em meu caminho, como uma estrela a guiar meus passos, e assim sou grato por este amor velho. Deus, saúde e família. Não creio num quarto elemento. Tudo ao meu redor está ficando velho, como minha esposa de 58 anos de felicidade conjugal. Meu bom Voyage 88, que nunca me deixou na estrada, salvo as vezes que eu o deixei lá. Meu Casio batendo as horas por mais de dez anos. Minha faca da bainha, nem sei quanto anos tem. Se isso não tem importância para quem lê, para mim o importante é não querer trocar nada do que tenho. Todos são meus amores velhos.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”