domingo, 27 de setembro de 2015

Boletim 241.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Recapitulando.
Alguns abriram um velho boletim, lá de 2010, que estou republicando, pois acho que podemos meditar nele.

Boletim 59, de 17 de novembro de 2010.

HISTÓRIAS QUE, Eu conto para vocês.
Lembram que relatei ter conhecido no arvoredo da Quinta alguns pés de café e algodão. Não assisti suas colheitas pois eles já eram improdutivos, mas como o café chegava nas fazendas em grãos, muito ajudei a torrá-lo nos tachos de cobre, que depois era "pilado", até ficar "moído". A banha era produzida nas fazendas, única gordura com que se cozinhava, além da "graxa dos tutanos", com que se fazia o feijão, o qual nunca poderia ser requentado. O pão, bolachas, broas, e tudo o mais era produzido nas fazendas, como roupas, colchões, travesseiros, cobertores, para não falar na quantidade de gente que ali vivia. 90% da população morava no campo, e 10% nas cidades. Hoje inverteu! Então, as fazendeiras levantavam de madrugada para o duro serviço, e quando deitavam também não descansavam. Um mundo que vivi. Hoje vivo num outro mundo onde não existe mais fazendeira. Lá elas ficam depressivas, com o nada por fazer. Tudo está pronto, e o que não está pronto as máquinas aprontam. Mesmo, não tem mais gente nas fazendas, e se tem, eles que façam as suas comidas.



FECHANDO A PORTEIRA.

A riqueza e a felicidade.

Recebi e-mail de uma amiga, onde Max Gehringer se refere à livros e artigos com receitas para se ficar rico, que contesta, inteligentemente. Relata que se não tivesse comido suas muitas pizzas, bebidos os milhares de cafezinhos, feito suas múltiplas viagens, comprado seus vários supérfluos, teria 500 mil reais em sua conta bancária, concluindo que aquele dinheiro só serviria para fazer tudo o que fez, promovendo a sua felicidade. Não quero contestá-lo, quero adicionar minha vivência. Conheço centenas de amigos, que são imensamente felizes, e sequer conhecem Porto Alegre, nunca comeram pizzas, nem tomaram cafezinhos em balcões, ou compraram supérfluos. Felicidade consiste em amar a si próprio. Traduzo: "si próprio" é Deus.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”