ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A chuva.
Certamente eu não poderia viver na "caatinga" nordestina, que sempre me soou como um lugar fedorento, além de seco. Então viva o nosso Rio Grande do Sul molhado, mesmo que por certas vezes fique molhado demais. A chuva sempre me encantou. Eu que vivi na várzea de Camaquã, quando não havia os drenos do DNOS, estradas e quem dirá, pontes nos arroios, ficávamos ilhados dois ou três meses na fazenda. Costumava apreciar a chuva batendo nos vidros da janela, correndo no pátio, onde sonhava em construir meus açudes de brinquedo. Até mesmo semeava lavouras imaginárias de arroz, acompanhando o sonho fugaz de meu Papai. Na casa grande a lida continuava a mesma, na preocupação de alimentar tantas bocas, enquanto no galpão a peonada se acotovelava ao redor do fogo de chão, mateando e contando causos de pencas campo à fora, e gineteadas brabas e enfeitadas. Mas, aqui para nós, essa chuva não tem dado tréguas! Não tem respeitado nem mesmo a "estiada do meio dia", além de chover por quase uma semana. Nossa oração para que Deus proteja os pobres ribeirinhos.
Mas lembrem, nascerá um novo dia, o mesmo Sol irá nos acalentar.
(fotografia do meu Irmão Alex Haas).
Observação - Tenho recebido reprimendas por dizer que "caatinga" lembra um lugar fedorento. Quem diz é o dicionário Aurélio - "catinga = bodum (fedor de bode)". Disseram-me que lá tem muito bode, talvez seja por isso. Jamais irei conferir.
Mas lembrem, nascerá um novo dia, o mesmo Sol irá nos acalentar.
(fotografia do meu Irmão Alex Haas).
Observação - Tenho recebido reprimendas por dizer que "caatinga" lembra um lugar fedorento. Quem diz é o dicionário Aurélio - "catinga = bodum (fedor de bode)". Disseram-me que lá tem muito bode, talvez seja por isso. Jamais irei conferir.
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