sábado, 14 de novembro de 2015

Boletim 251.

De peito aberto.
Agora realmente de peito aberto converso com vocês.

18 de novembro. Uma sala de cirurgia que mais se parecia com uma sala de orquestração, no Centro Cirúrgico do Hospital São Lucas de PUC. Cada um com seu instrumento afiado na mão. Dr. Marco Antônio Goldani, o cirurgião cardiovascular, Dr. Paludo, o anestesista, Dr. Luiz Zimmer e Dr. João Carlos Fernandes os cardiologistas. O paciente aqui, que nem era assim tão paciente, pelado, mas não assustado, transferia suas confianças aos profissionais que o cercavam, quando o pano foi aberto após a apagada profunda do operado. A CTI com seu abafado murmúrio, o bip das máquinas, a “meio acordada” no agradável de me sentir entre os vivos. Não era a necessidade de me deixarem novinho em folha, mas o esforço de me proporcionarem uma sobre vida descente. Então, eu buscava adormecer naquele silêncio hospitalar, sentindo o quanto era difícil retornar à energia mental, até mesmo nas minhas preces ao Divino Criador, agradecendo a Ele, e aos profissionais que atendiam.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”