De peito aberto.
Agora realmente de
peito aberto converso com vocês.
18 de novembro. Uma
sala de cirurgia que mais se parecia com uma sala de orquestração, no Centro
Cirúrgico do Hospital São Lucas de PUC. Cada um com seu instrumento afiado na
mão. Dr. Marco Antônio Goldani, o cirurgião cardiovascular, Dr. Paludo, o
anestesista, Dr. Luiz Zimmer e Dr. João Carlos Fernandes os cardiologistas. O
paciente aqui, que nem era assim tão paciente, pelado, mas não assustado,
transferia suas confianças aos profissionais que o cercavam, quando o pano foi
aberto após a apagada profunda do operado. A CTI com seu abafado murmúrio, o
bip das máquinas, a “meio acordada” no agradável de me sentir entre os vivos.
Não era a necessidade de me deixarem novinho em folha, mas o esforço de me
proporcionarem uma sobre vida descente. Então, eu buscava adormecer naquele
silêncio hospitalar, sentindo o quanto era difícil retornar à energia mental,
até mesmo nas minhas preces ao Divino Criador, agradecendo a Ele, e aos
profissionais que atendiam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário