quinta-feira, 14 de junho de 2018

Boletim 423..

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Viver é preciso.

Creio que os mais velhos entenderão. Preservamos a vida e chegamos até aqui, muito além do meio século, e com esperança de chegar nele. Cuidamos de nossas saúdes, e hoje podemos olhar para trás, na triste contemplação de quem não o fez, abandonando o nosso navegar. Recebemos o corpo-matéria, abrigando a alma de nossos sentimentos terrenos e ultra-terrenos. O verbo se fez vida, e a vida foi preservada, para o sacrifício final, na oferta do que soubemos produzir. Muitos não entendem sequer o etéreo, apaixonados pela vida, esquecem da morte, que nada mais é do que um necessário Encontro. Sabemos que o fim não existe, pois estará acontecendo em algum lugar, para sempre. Acontecerá um dia, para recomeçar no terceiro. É momento de meditarmos no que produzimos, ofertando o melhor para o incenso à Deus.
                                               Amém.

domingo, 10 de junho de 2018

Boletim 422.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O verdadeiro amor.
O verdadeiro amor é aquele desprendido da matéria. O amor sublime. O amor à Deus. O amor à vida. O amor à família. O amor a natureza. O amor ao próximo. O amor à saúde. Nada que seja material, já que o material morre um dia, ou o deixamos aqui na Terra ao partirmos. Tudo o mais nos conduzirá à vida ultra-terrena. 
Foi matutando nisto tudo que me dei conta do quanto amo minha esposa, de sessenta anos de feliz convivência matrimonial. Hoje a matéria nos abandonou, e vivemos o verdadeiro amor, aquele da pureza da alma, do respeito e da verdadeira amizade.
Minha mensagem: Amem, sabendo que só o verdadeiro amor nos acompanhará na vida ultra-terrena, tudo o mais deixaremos aqui na Terra.   

sábado, 2 de junho de 2018

Boletim 421.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A obra humana e a divina.
Certo dia, chovendo, visitei o Congresso Americano em Washington DC. Descendo do ônibus da excursão subi os vários degraus, olhando tudo que me mostravam. Vi, mas hoje não sou capaz de descrever nada do que vi. Nada ficou gravado em minha memória. Entretanto, se quiserem que eu descreva o voo da minha "viuvinha", o colorido do meu "verãozinho", ou os passos marciais do meu "joão de barro", lá da minha Sant´Anna farei com detalhes. A obra humana não me impressiona. A obra divina grava-se em minha alma, como se eu buscasse por sua perfeição. Tudo que o homem fez ele um dia fará melhor, entretanto, tudo que Deus fez, Ele já o fez melhor.
Minha mensagem: Detenham-se apreciando a Natureza. Salvando-a salvaremos nossos descendentes.

domingo, 27 de maio de 2018

Boletim 420.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O intrometimento.
Costumo chamar uma amiga de intrometida. Ela é interrogativa, somando uma pergunta sobre outra. Perguntas sobre detalhes, e detalhes pertence ao Roberto Carlos. Nossas perguntas devem ser sobre ciências, tecnologias, negócios, mas sobre a vida não adianta perguntar, ela não nos pertence, pertence a Deus, que aqui nos colocou sem perguntas, e se aqui estamos não é por nossas vontades. Vontade do Papai e da Mamãe? Talvez. Creio, entretanto, que a vontade é superior, muito além de todos nós. Viemos com obrigações a cumprir? Para mim, elas estão escritas nas Tábuas. 
Olha, eu comecei falando da amiga perguntona, e percebo que quem está cheio de perguntas, sou eu mesmo. Sem interromper a "matutagem" sigo meu caminho, na busca de deixar uma mensagem, apenas com afirmativas, rogando a Deus que elas estejam certas. 
Minha mensagem: Ninguém faz a vida. Não façam acontecer. Deixem acontecer. A vida é que nos faz. 

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Boletim 419.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O medo II.
De certa forma é possível vencer nossos medos. Aristóteles nos deixou escrito há mais de 2.300 anos, um texto que merece nossa meditação:
"Ninguém é dono de sua felicidade, pois não somos donos de nossos desejos. Só existe uma razão para nossas existências - nós mesmos. A única meta que existe em nossas vidas é a PAZ INTERIOR. Temos que abraçar os objetivos que se encontra ao nosso alcance. Não há felicidade sem esforço - é necessário trabalhar muito. Acredite que não estaremos sozinhos em nossas caminhadas, um instante sequer... se nossos passos forem dados em busca de JUSTIÇA E IGUALDADE.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."

                                                             Aristóteles

domingo, 20 de maio de 2018

Boletim 418.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O medo.
Realmente serão muitos os elementos que destroem a felicidade, mas o maior de todos é o MEDO. O maior de nossos objetivos é vencer o medo, pois ele é o responsável por nossos fracassos, nossas doenças e até mesmo as más relações com nossos semelhantes. Temos medo de tudo, e Joseph Murphy nos afirma que nascemos apenas com dois medos: o de cair e o medo do barulho, todos os demais são medos adquiridos. Temos de nos livrar deles! 
Minha mensagem vem da Bíblia: "No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor"

sábado, 19 de maio de 2018

Boletim 417.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Poder.
No dia a dia de nossas conversas o assunto maior tem sido o PODER. O poder corrompe. O poder destrói. Ele é perverso!  Ele destruiu o Lula e todo o PT, assim como destruirá todo o egoísta. Não há quem discorde destas afirmações. Pois bem, foi necessário ouvir aquele padre negro e culto, comunicativo e carismático, quando do casamento do príncipe Harry com Meghan, para lembrar que existe um outro poder, o do AMOR. Na verdade vivemos o momento da matéria, e nos acostumamos com o seu poder, esquecendo do poder espiritual, cuja expressão é o AMOR. Assim, aquele padre descreveu o PODER DO AMOR!
Minha mensagem: Vivam mais o espírito do que a matéria, ou ao menos busquem o seu equilíbrio. Não sejam materialistas.

domingo, 13 de maio de 2018

Boletyim 416.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Banco de Alimentos de Camaquã.
Uma vez por mês uma esquipe de voluntários camaquenses, liderados por rotarianos dos dois Clubes de Rotary de Camaquã, promovem arrecadação de alimentos em quatro supermercados da cidade. Um momento de trabalho digno, quando executamos a essência do movimento rotário, SERVIR. A periferia de nossa cidade está cada vez mais carente, onde muita gente, principalmente crianças, passa fome. Dedico parte de meu tempo na porta de um dos supermercado, pedindo comida aos clientes que ali chegam para fazer seus ranchos. Ocorreu me encontrar com um velho amigo, que ao me cumprimentar disse: "Seu Luiz, o que está fazendo aqui?" respondi de pronto: "Estou trabalhando para Deus, hoje ele é meu patrão, pois busco matar a fome de seus filhos necessitados". Ele me olhou com respeito, saindo sem dizer nada, mas na volta trouxe dois litros de leite, dizendo: "Fiz a minha parte". 
Minha mensagem: "Só seremos felizes fazendo a felicidade de outra pessoa".

domingo, 6 de maio de 2018

Boletim 415.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Bons exemplos.
Um filho abraça o pai e depois diz: "Sabes como serás lembrado?" - "Não faço ideia" foi a resposta. O filho então concluiu: "Pelos exemplos que nos deixaste".  Um momento de grande emoção, quando o pai já "basteriado" pela idade sentiu que sua vida não foi inútil. É aquilo que já escrevi em boletim anterior - "deixem continuidade" - o que concretamente representa FAMÍLIA. Viemos ao mundo não só com a oportunidade de reproduzir, mas principalmente para darmos bons exemplos àqueles que vierem de nós. Deus nos deixou tudo gravado nas Tábuas da Lei. Pena que elas não estejam ante nossos olhos ao menos uma vez por dia. 
Minha mensagem: A vida é bela. Façam que ela seja bela aos vossos filhos.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Boletim 414.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Os Lusíadas.
Lembranças ruins também fazem parte do passado, pois os Lusíadas, com seus "sujeitos" ocultos foram um tormento para mim. Meu professor de português, Godofredo Fay de Macedo, era um zarro professor, e apaixonado pelos "sujeitos" escondidos em 8.816 versos da grande odisseia atormentava os alunos na sua busca. Era uma terrível odisseia. Até que encontrei a triste história:
Quando sua nau naufragou na costa de Goa, no retorno das Índias, Luis Vaz de Camões viu sua escrava Dinamine, ela seu grande amor, morrer ante seus olhos por ter escolhido salvar os Lusíadas, abandonando a linda amada. Vejam como era bom ser machista naquele tempo - escrava, amante, empregada, companheira - uma barbada (hoje virou, elas estão nos escravizando). Então ele escreveu belos versos, com o "sujeito" bem presente:


Alma minha gentil que partiste, tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente, e viva eu cá na Terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo onde partiste, memória desta vida se consente,
não esqueças daquele amor ardente, que tão puro nos meus olhos viste.

E se vires que pode merecer-te, alguma coisa da mágoa infinda de perder-te, roga a Deus que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo dos meus olhos te levou.


domingo, 22 de abril de 2018

Boletim 413.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O silêncio.
Outro dia assistindo uma reportagem de dois gremistas, surdos e mudos, fiquei matutando. Deus, como deve ser claro e límpido o pensar de um surdo. Eles não se perturbam. Não há carro de som que os atrapalhem. O dormir de um surdo deve ser algo inimaginável. Os momentos mais agradáveis de minha vida é quando consigo um silêncio. Nem precisa ser total, pode ser interrompido pela voz da natureza. Até um assustador relâmpago não fará mal, melhor ainda pelo cantar de um pássaro ou o murmurar de um córrego. De certa forma sou um pouco surdo, o que me faz lembrar de minha querida sogra: "Meu filho agora vou dormir. Tiro fora meu aparelho auditivo, e nada irá me perturbar". É fácil superar nossas deficiências físicas se mantivermos a esperança de viver. 
Minha mensagem: Não se queixem daquilo que está faltando.

sábado, 14 de abril de 2018

Boletim 412.

ABRINDO E FECHANDO A POREIRA.
O amargor.
Por que tanto amargor? Por que azedar nossa alma todo o dia? Sei, todos nós sabemos, é a tal de política, a tal de insegurança, os tais de noticiosos. Só coisa ruim. Difícil assistir uma cena alegre, um sorriso na cara. Só mesmo nos "reclames". A gente caminha na rua e só vê cara amarrada, olhares assustados, pessoas correndo. Parece que o mundo perdeu a calma. Ah! Se vocês pudessem assistir meu velho tempo de jovem! Primeiro, ninguém tinha pressa. O tempo não tinha fim, pois ninguém tinha medo. Creio que há um certo exagero nas atuais pessoas. Se pararmos para pensar, o amargor não está tão próximo de nós. São desastres que acontecem lá longe, e colocamos aqui tão perto do nosso viver. Dá para sorrir, apreciar o calmo outono, as vitórias de nossos times, o desfolhar do tempo, um alegre sorriso e, o prenúncio de um amanhã que certamente vai existir. 
Minha mensagem: Sorrides. A vida é bela.

domingo, 8 de abril de 2018

Boletim 411.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O desfolhar do tempo.
Assim como caem as folhas do outono fico lembrando das "folhinhas", que caiam diariamente lá num outro tempo. Tempo que a saudade faz doer. Era um bloco grande de "folhinhas", que a gente arrancava todo fim de dia, de um quadro colorido pregado numa parede, e que hoje chamam de calendário. Dia por dia, ano por ano, década por década, até assistirmos o fim de um século, e o fim de um milênio. Fomos privilegiados por Deus, a quem devemos render graças. Quantos sucumbiram antes do novo milênio? Nós ainda estamos vivos. Senhor nosso Deus, rendemos preces por Ti e pelo caminho da Paz e Amor que semeaste no Mundo. Obrigado Senhor.
Minha mensagem: Amem a si próprios, para poderem amar a vida,.

domingo, 1 de abril de 2018

Boletim 410.


ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.

As interrogações.
Lá por início de 2016 fiz várias interrogações para dentro de mim mesmo, não tendo recebido nenhum questionamento. "O que viemos fazer aqui?" "De onde viemos?" "Quem somos?" "Para onde vamos?" 
Daí estou repetindo a última interrogação, já que estou me contestando. "Para onde vamos?" Mas e aqueles que não deixam descendentes, para onde irão? 

Para onde vamos? (O boletim 263)
Vou encerrar as interrogativas, voltando àquela que mais me preocupou - Para onde vamos?
Escrevi numa outra: "No final daquele helicoidal colorido (DNA) encontrarão Deus". Bem, vou dizer para onde eu irei. Vou para onde forem meus genes! Cuidem para não interromperem a continuidade de vocês. Estarei sempre presente naqueles que vierem de mim, conduzindo meu DNA, pois nele está presente Deus, visto que Ele me fez à Sua semelhança. Eu estarei nEle, como Ele estará em mim. Não serei eterno, mas sou fruto do amor, que é eterno.

Minha mensagem: "Quem ama Deus não morrerá".

quarta-feira, 28 de março de 2018

Boletim 409.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Meu brinquedo.
Devo reconhecer que velho se aproxima de um tempo que foi criança. Isto me faz reafirmar que tudo continua, ou que o fim não existe. Meus filhos me presenteiam, e dizem que se trata de brinquedos. Pois agora me presentearam com um carro lindo de viver, que encanta meus dias, na descoberta de suas novidades. Ontem descobri que este meu brinquedo tem um refrigerador. Não gela, mas refresca. Certamento tem mais, que vou descobrindo, e fazendo o encanto do velho-criança. Viver é bom, basta a gente não se queixar das pequenas coisas.
Minha mensagem: Fiquem velhos. Também é bom. Mas, com saúde física, mental e espiritual. Difícil...

quinta-feira, 22 de março de 2018

Boletim 408.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O objeto e o gesto.
Meu neto Ramiro pelo celular - "Vô estou chegando com teu carro novo". O carro era um semi-novo, mas para mim era um novo, já que o meu carinho roubado era datado de 1995. Luzia num azul escuro, um Eco Sport, conforme foto abaixo. Quando informei o Luis Mário que haviam roubado minha Versailles, ele disse - "Uma notícia triste, que não me entristece. Aquele carro já era. Deixa comigo e o Irmão (Luiz Fernando Júnior). Então ao receber o carro coube a mim dizer ao Ramiro - "Não estou vendo o objeto. Estou vendo o gesto. Passei minha existência preocupado com meus filhos. Agora entendo que chegou o tempo deles se preocuparem comigo. Ramiro, te abençoo, rogando a Deus que também assistas um dia em tua vida, um momento lindo como este meu."
Minha mensagem: Deem amor aos vossos filhos. Um dia este amor será retribuído.



sábado, 17 de março de 2018

Boletim 407.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Caráter.
"Caráter é o que você é, quando ninguém está olhando". Encontrei a frase em algum lugar, e a guardei por achar que tem conteúdo. Fiquei matutando. Meu caráter não me foi dado por Papai ou Mamãe. Ele faz parte da minha constituição física, a minha mente. Se sou bom ou rim é uma questão de percepção da minha mente. Será mesmo? Gostaria que um profissional da área metesse o bedelho nesta conversa, dando mais luz, mesmo me contestando. O que não pode nos faltar é coragem para nos interrogar. As interrogações continuam desvendando os mistérios do Mundo. Também não dá para ficar todo o tempo se interrogando, temos de tomar um caminho.
Minha mensagem: Interroguem-se. Cada vez que derem um passo, perguntem se estão no caminho certo. 



domingo, 11 de março de 2018

Boletim 406.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Férias do velho.
Já escrevi por aí que é difícil velho tirar férias. Pudera, ele está permanentemente em férias! Descansar do que? Problemas não cansam, só atrapalham, e creio mesmo que é bom conviver com eles, pois quem não tem problemas é porque já morreu. Então, vou tirar férias só para mudar as paisagens, que por mais bonitas ou agradáveis que sejam, elas também cansam. As férias serão em março, ou até mesmo abril, que é mais calmo, sereno, céu azul, bem como pensamento de velho. O comércio não está tão nervoso, e assim fica mais barato. As estradas então, estão vazias, facilitando a direção do velho.
Minha mensagem: Tirem férias. Se a grana está curta, que seja só quinze dias, ou uma semana, até mesmo que seja um fim de semana alongado.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Boletim 405

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Trilhas ou trilhos.
Outro dia saí à pé campo à fora, caminhando sem destino e descortinando distâncias, na longa trilha da existência. Vou deixando um sulco profundo, percorrendo um caminho de Paz e de Respeito, dando-me conta que esta trilha já existia no passado, palmilhado por meus ancestrais, que me ensinaram a arte do viver, quando me amaram e me respeitaram.
Achamos que criamos alguma coisa, ou mesmo modificamos algo, mas certamente tudo está escrito. Devemos é permanecer nos trilhos, respeitando as Leis Divinas, cuja essência é o amor, aquele  amor que Cristo nos mostrou ao nos perdoar.
Apparício Silva Rillo nos deixou em sua poesia "Infância", uma mensagem de vida:
"... na longa trilha da vida, que só se cruza uma vez, uma só vez, porque a vida é como uma sanga, tem uma só direção, e a gente mal comparando é como uma folha ressequida, na tal sanga da vida vai levada de roldão".  

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Boletim 404.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Galpão do Galo Velho.
A distância nos ensina muita coisa, e uma delas se chama paciência, que é o primeiro passo para se chegar na tolerância. Tolerância é um porto imenso, buscando horizontes ao trasportar os fardos do saber. Quando a carga está completa, navegamos nas brumas suaves do tempo, buscando um futuro bem próximo, que é o alimento da esperança viva, igual a sonho de criança. 
Meu Galpão do Galo Velho é dentro de teu chão de simplicidades, que meu navegar se acalma e se aninha nos perfumes de tuas fumaças, carregadas de amor dos meus ancestrais, que plantaram as raízes de teu lenho agora transformados em cinzas.
Minha mensagem: Naveguem. Eu naveguei. Faz bem para a alma.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Boletim 403.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Férias.
Como está difícil tirar minhas férias. Acho que é pelo fato de estar em férias permanentes, e não estou acostumado com isto. Sempre fui bastante ativo, e hoje minha atividade se resume em viver minha Jane. Depois da sua labirintite, até banho tomamos juntos. Claro, é um banho diferente de outros banhos de tempos atrás, muito tempo atrás. Reconheço, entretanto, que eles têm sido salutares, física e emocionalmente, na confirmação de que a verdadeira amizade é a pureza do amor. Um cuida do outro. 
Mas voltando às férias. Acho que o difícil e ver todo mundo em férias. A cidade vazia, lugares para estacionar o carro, as filas bancárias terminaram, e ir no barbeiro é uma barbada.
Minha mensagem: Velho deve tirar férias em março. Bastante lugar para armar a barraca. Tudo calmo, silencioso, barato, coisa pra velho mesmo. 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Boletim 402.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O desapego.
Concluo a leitura de um romance de Francisco Azevedo, que se chama "O arroz de Palma". Na página 265 encontrei:
"Jovens, queremos o impossível, e isso é bom, porque o desatino nos dá preparo físico e fôlego para a realização de nossos sonhos. Adultos, aprendemos aos poucos a nos contentar com o possível - o sucesso possível, a saúde possível, a beleza possível, a ousadia possível - e isso é bom, porque a moderação nos vai ensinando o desapego necessário para, chegada a hora, podermos deixar a vida que é vigorosa e linda demais."
Peço para lerem mais uma vez o texto, que trata da vida de um homem de 88 anos de idade. Meditem profundamente sobre ele. Aliás, peço que comprem o livro, uma das melhores obras que já li. Agradeço de público (que sei ser pequeno, mas maior do que as caravanas do Lula)  ao amigo Ignácio Mahfuz, que me presenteou, enviando-o lá da terra santa de Vacaria, onde chegarei com meu amigo "bandoneonista", Dr. Paganella.
Minha mensagem: O apego nos afasta da vida ultraterrena.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Boletim 401.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Carnaval.
Nada melhor do que aprender na Wikipédia. Lá encontrei que carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Também está lá que ele é um festival do cristianismo ocidental. Eu até nem sabia que existia cristianismo do ocidente e do oriente. Tomara que não tenha o do norte e do sul. Meu amigo Dr. Pharol contou que ele existia muito Antes de Cristo, e que fervia mesmo lá no Egito. A coisa era mais no sentido de bacanal (Baco ou orgia), então, isto não mudou muito, apenas se aperfeiçoou. É a tal da tecnologia. O que mais gostei de saber, é que já naquele tempo, usavam máscaras para manterem um "sentido elevado de unidade social" (da Wikipédia).
Não vou dar minha mensagem para vocês, mas vou dizer que Carnaval é uma maravilha para os velhos. Eles fogem do barulho e alimentam o espirito, no silêncio calmo da alma.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Boletim 400.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Banco de Alimentos de Camaquã.
Hoje distribuímos alimentos nas vilas, Getúlio Vargas e Banhado do Meio. Fabiano Varela de Carvalho e Jorge Silva foram os Parceiros-Voluntários. Meu coração ainda está amassado e com taquicardia. Foi um belo esforço, principalmente do alegre e dedicado Presidente Fabiano, ofertando seu carro com todos seus custos na distribuição dos alimentos. Incrível a pobreza em nossas vilas! Uma mulher com dez filhos, uma só perna, numa casa com duas peças. Um paraplégico esquelético. Uma mulher com três filhos e, hematomas no rosto causada pelo marido. Não relato mais nada para vocês. Ajudem-nos.
Minha mensagem: Não se queixem de nada, e agradeçam à Deus por tudo que receberam.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Boletim 399.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O apego. 
Por vezes creio ser o maior problema da humanidade. Maior que o próprio Lula. Justamente o apego é que nos desprende da vida ultraterrena. Lá é que viveremos eternamente. Eu não sei o que seja eternidade, que por vezes me assusta. Quem sabe crês que tudo termina com nossa morte? Eu afirmo sempre que o fim não existe. Claro, precisas primeiro crer em Deus. Convivo há sessenta anos com quem se apega desesperadamente ao Lar. Lar não é os objetos dele. Por vezes me passa pela cabeça o que aconteceria com ela, se o fogo consumisse tudo, deixando apenas nos dois sadios fora do Lar. Os filhos desde muito foram embora, e com eles os netos. O apego não deve existir nem entre nos dois, pois um irá antes do outro. Quem sabe Deus nos faz partir juntos?
Minha mensagem: Tenham apego apenas à Deus!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Boletim 398.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
26 de janeiro de 1898.
Nascia o primogênito do casal, Cel. Ney Xavier Azambuja e Faustina Pereira da Silva Azambuja, na Fazenda da Invernada. Foi o primeiro dos treze filhos do casal, e no ano seguinte a Marieta, e os outros lhe seguiram, sempre um por ano. Era outro tempo, quando não se fazia conta do tempo. Contavam apenas os anos, hoje se conta os minutos.
Achei um velho escrito do seu centenário, inserido abaixo. É longo. Eu não leio nada longo, assim dispenso vocês.


Meu velho Campeiro, Pai e Companheiro Mário Silva Azambuja. Escrito no teu centenário de nascimento – 26 de janeiro de 1998.



Sei que a campeirada é das brabas, pois vamos voltear a Invernada do Esquecimento. Ao passo lento, buscando pelo picaço, me treme o bucal na mão, como quem penetra a bruma do tempo. São porteiras pesadas, como a me dizer que entro em campo alheio, mas te encontro na beira do fogão galponeiro, envolto de paz e luz, chimarreando o doce líquido do descanso eterno. Só a força do amor seria capaz de permitir minha aproximação.          
Volteamos o rodeio da lembrança de meus primeiros galopes, quando senti tua austeridade paterna. Foi nela que encontrei a têmpera para enfrentar as intempéries da vida. Sei meu companheiro, era outro tempo, quando só havia a força do braço na dura luta pela sobrevivência, que não conhecia cansaços. Mas meu trote infantil se assustava com teus galopes rápidos e destemidos. Aprendi a obediência quando recebi este freio pesado, que a vida na sua ciência, nunca mais me permitiu deixar de lado. Lembrei quando afirmavas que ela é uma luta constante, para aqueles que aceitam o desafio de buscar um ideal. Pois te atropelando na idade, perdi o medo do final, pela linda e profunda trilha que deixaste no varzedo da existência, como um farol a me indicar um destino.
É incrível como tanto tempo depois, ainda me assalta a vontade de dar de rédeas para trás. Não para viver mais, mas para trotar ao teu lado outra vez, mudando o rumo de alguma coisa, ou simplesmente o tom da conversa. Com todo aquele carinho que nos unia, permitimos um “mundão” entre nós dois, esquecendo de desfrutar os bons momentos das descontraídas mateadas, dos tentos frouxos de uma pescaria, e de um simples dizer: “Eu te amo”.
Mas vou sair deste tranco duro, mudar de rumo, falando de coisas boas, esquecendo até mesmo os Niños e os Diablos que se abatem por aqui. Teus dois filhos, três netos, cinco bisnetas, e um bisneto, todos lindos e gordos. Queres mais? Tua verde Sant’Anna, mesmo com toda a luta contra os “leoninos”. Teus muitos Companheiros, amigos e parceiros. Verdade que outro tanto se mudou de querência, quem sabe pela propaganda que fazem desta tua Invernada aí de cima.
Outro dia lembrei de ti ao ler a lista dos partidos políticos que inventaram. São 29 com as mais misturadas letras, onde encontrei até um P.L. igualzinho ao nosso, mas só no nome, pois em ideal só mesmo aquele parlamentarista. Lembro o quanto peleaste ao enterrarem cinco ou seis partidos, dizendo que eram muitos, para fundarem somente dois, matando nosso PL.
Bueno meu Campeiro, Pai e Companheiro, foi uma charla complicada, meio sem começo e será sem fim. Não dá para entender muita coisa, mas não podia deixar passar o cavalo encilhado, sem uma mensagem. Tinha muito mais para te contar, mas me despeço com a certeza que nos aproximamos, encurtando distâncias, onde soubemos fazer amigos, na oferta da fraternidade. Amar não é para quem quer, é para quem soube ser humilde e verdadeiro como tu, para quem mais ofertou do que pediu, para quem mais trabalhou do que descansou, para quem mais se resignou do que reclamou e, principalmente, para quem muito mais amou do que odiou. Assim te guardarei na lembrança, ofertando meu respeito, no pedido de tua benção.
Teu filho
Luiz Fernando Azambuja

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Boletim 397.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados? IV
Preparados para o novo Brasil? Sim, um Brasil consciente, justiceiro, honesto, progressista, trabalhador, sadio moralista, culto e feliz! Tudo isto sonhamos ontem, ao assistir nossa justiça mostrar, que ela funciona neste País. Fico com vontade de decantar o Dr. Sérgio Moro, mas o que temos de decantar é o preparo cultural e moral da magistratura brasileira. Já escrevi lá atrás, que fico triste quando agridem a moral de juízes das nossas cortes, mesmo sabendo que existem poucas exceções. Felizes também ficamos ao saber que a pretendente ao Ministério do Trabalho, não pode assumir porque tem condenação trabalhista. A política não pode estar acima da lei, ainda mais leis que a própria política criou.
Minha mensagem: Vamos nos preparar. Tudo está em nossas mãos.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Boletim 396.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados? III
Ainda não vi ninguém preparado para desfilar nas ruas de Porto Alegre no dia 24, em contraponto à camarilha do Stédile! Difícil crer que iremos assistir de camarote, a vergonha de alguém querer impor justiça (?) ao Lula. Detesto escrever sobre política, que por si é um assunto sujo, mas não me aguentei. Por mais que falem mal da nossa Justiça, no mais profundo de mim, sinto firmeza - Ela está funcionando! Nunca, mas nunca mesmo, se viu tanto colarinho branco na cadeia! Toda nossa transformação começará com a justiça. Aqui tudo se fazia e nada se pagava, agora eles estão com as "barbas de molho". 
Minha mensagem: Deixem o Lula disputar a eleição! Vai ser uma lavagem! Só assim esta camarilha se acaba...

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Boletim 395.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados? II
Não me refiro em estar preparados para ver o Brasil mudar, e sim preparados para assistir nossa própria transformação. Isto só se faz com educação e cultura, onde nosso País é tão carente. Sabemos que isto é decorrente da desigualdade social, como sabemos que as ideias politicas socialistas não resolveram o problema no Mundo todo, mas só a liberdade  com oportunidade resolverá. Minha turma de ginásio, do Colégio São João Batista, das Irmãs Bernardinas aqui de Camaquã está completando 68 anos de formatura, e pasmem, tínhamos uma matéria: "Estudo Cívico e Moral", ou coisa parecida. Será que os alunos de hoje ainda são preparados para amar a Pátria, berço de nossas famílias? Nosso Brasil é o reflexo do que são os brasileiros. Cada vez que escuto uma queixa da nossa Pátria, tenho vontade de gritar "Onde erramos?" Claro que foi na escolha.
Minha mensagem: Com 84 anos ainda estou me preparando, e até  mesmo no momento final, posso melhorar. Preparem-se. 

sábado, 6 de janeiro de 2018

Boletim 394.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados?
Espero que ainda não estejamos, assim teremos mais tempo para a nossa preparação. O aprendizado é longo, e dizem alguns que será necessário retornar para concluir o curso superior. Um ano novo esta chegando, que de novo terá apenas a nossa preparação. Dizem os economistas que alguma coisa está mudando no País, e esta coisa se chama "nós mesmos". O Brasil não mudará sem que o brasileiro mude. As urnas serão as ruas, onde o brasileiro de consciência limpa e pura, irá gritar um nome de ficha limpa, culto e preparado para nos governar com sabedoria. Vejam que até mesmo o povo americano, decantado como culto, elegeu uma "criança". Tempos atrás nós elegemos um, e uma analfabeta. Vamos nos preparar, e me atrevo em afirmar, que a maioria não sabe ainda em quem votar. Eu não sei.
Minha mensagem: Confia em alguém mais sábio do que tu e te questiona. Não vais errar novamente!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Boletim 393.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Mundo.
Quando o Mundo foi criado no dia 12 de novembro de 1957, às 18 horas na Igreja da Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre, éramos apenas eu e minha Jane. Claro, tinha um monte de amigos e parentes, mas não víamos mais ninguém, éramos apenas os dois. O tempo passou, e com ele a construção de uma bela família, saudável e feliz, filhos, noras, netos e um monte de amigos. Agora, sessenta anos passados é primeiro de janeiro de 2018, e estamos apenas os dois na cidade de Camaquã, com o Mundo parado. Até o Sol encabulou e não mostrou a cara. Os foguetes silenciaram e a festa acabou. Amanhã nascerá um novo dia, igual aos demais que passaram e aos que virão, e irá continuar em sua marcha incessante e inacabada, pois o fim não existe, tudo recém está começando.
Minha mensagem: Tenham saúde, creiam em Deus e amem o próximo.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Boletim 392.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Natal II.
Ainda bem que ele passou. Passou com sua tristeza. Não sei porque a humanidade conseguiu transformar o momento mais lindo e feliz de todos os tempos, o nascimento do menino Jesus, em tristeza. Não consigo ficar feliz junto das pessoas que mais amo no Mundo. Nunca magoei meu Pai terreno, mas meu Pai Celestial tem sentido meu afastamento, de quando em quando, ao beber da doçura da vida, Ele que me deixou um caminho tão lindo e bem iluminado.
Agora nos resta esperar a alegria da festa de Fim de Ano, como também esperar pela alegria da Festa da Páscoa, que deveria ser um momento de tristeza, tendo a humanidade transformado em alegria. São os opostos da vida, e um nunca viverá sem o outro. Infelizmente.
Minha mensagem: O sofrimento não mata, ele te constrói. A alegria pode te matar.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Boletim 391.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A Vila do Duro.
Parece que ela será para sempre a Vila do Duro, pois ontem a noite gritei três vezes pelo Picurra. A maioria de vocês não vai entender, mas quando faltava nossa luz, que era fornecida por um locomóvel, a gente tritava pelo Picurra (nome do chefe da locomotiva). Uma oração que pouco funcionava. Querem ver como ela é ainda uma Vila? Quando o Real Madrid fez aquele gol no Grêmio, muitos colorados vilarejos soltaram foguetes, sem entenderem que não era só o Grêmio que jogava, era todo o Meu Brasil Brasileiro. Paixão faz mal. Eu que o diga quando era apaixonado pela minha Jane. Hoje somos apenas amigos, e como é legal!
Minha mensagem: Não façam como eu. Nunca se queixem de sua cidade. Por mais que aquela Vila me tenha sido agradável no seu silêncio e respeito, me ensinando a viver em comunidade, devo também respeitar minha Camaquã de hoje, no seu belo desenvolvimento barulhento.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Boletim 390.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Natal.
Não adianta. Eles antecipam o Natal para ganharem dinheiro. Já trabalham o Natal no mês de novembro, tamanha é a pressa. Papai Noel é amor, é renascimento, é esperança, é aproximação do Novo Ano, é a despedida de um ano velho, na certeza de que o novo será melhor. Esse que se acaba foi igual ao outro que já passou, e não será tão diferente do que está por chegar, desde que não nos roube amores! No fim de todas as contas a somatória será sempre o AMOR. Papai Noel é a sólida construção da família, que indubitavelmente é a raiz fecunda do AMOR. Nosso Papa Amigo Francisco não cessa de mandar esta mensagem, que o Galpão do Galo Velho pede para vocês não desprezá-la.
Minha mensagem: Rezem! Se esqueceram de como se reza, busquem o silêncio que mora dentro de cada um e se ofertem!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Boletim 389.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Quem sou eu? II
Simplesmente acho que não sou. Aquele que acha que é constrói alguma coisa em seu favor. Aquele que é faz aquilo que gosta, e renuncia favores. Aquele que é pensa mais em si que nos outros. Aquele que é materializa, e esquece da espiritualidade, achando que tudo é obra exclusiva sua, se endeusando.
Não pensem que seja vaidade deste escrevente, mas eu não sou. Talvez seja o lema do meu Rotary "Dar de si antes de pensar em si". Talvez os preceitos de minha Ordem Maçônica, ou até mesmo o trabalho profícuo no meu Banco de Alimentos de Camaquã. Também meu voluntariado dentro do Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã, na Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Camaquã, na Querência dos Poetas Livres Vilmo Medeiros. Estas instituições fazem parte de mim, mas muito acima delas está minha amada, de 60 anos de convivência matrimonial, na permuta de amor, respeito e amizade. 
Minha mensagem: Mesmo não sendo, sou muito feliz, descobrindo que nada da vida me pertence, além do amor.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Boletim 388.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Quem sou eu?
Creio que a pergunta é pertinente a cada um de nós. Poderia perguntar, onde quero chegar. Desde que passei a ser "galera" no Facebook, pois não posto, percebi que abriram uma grande janela para dizerem "quem sou eu"! As pessoas cada vez mais se expõem a um julgamento popular. Poucos têm a preocupação de mostrar um fato, um acontecimento, já que a maioria deseja mostrar a sua própria imagem. Deixemos de lado o Face, pois ele é uma simples janela, vamos então olhar para dentro de nós.
Que rei sou eu? É uma velha frase, que sambou nos carnavais, e poucos meditaram sobre ela. Depois de matutar muito sobre ela fico me perguntando, onde quero chegar.
Minha mensagem: Vamos desenvolver a Trilogia da Vida - DEUS, SAÚDE E FAMÍLIA. Se alguém descobrir um quarto elemento eu ficaria muito agradecido.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Boletim 387.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A filosofia e a ciência.
As duas traçam caminhos diferentes. O cientista ao se realizar joga todas as fichas no resultado alcançado, e sem perceber acha que fez tudo sozinho. O engenheiro que projetou o Titanic, ao ser interrogado sobre a obra, disse que nem Deus o afundaria. Existem outros tantos casos concretos, e lamento não enviar a vocês a mensagem que recebi do Parceiro Dácio de Almeida, comprovando que nada será feito sem Ele. Está escrito na Bíblia: "Sem Ti nada do que foi feito se fez". Sei que para os "pseudos" ateus fica difícil ler estas coisas, pois eles têm medo de olhar para o escondido que trazem dentro de si. Sabemos que tudo é uma questão de identificação. 
Minha mensagem: Não se escondam dentro de si! Tudo é de dentro para fora, na identificação de uma consciência esclarecida, que é obra de Deus. 

Boletim 386.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Quer estragar seu almoço?
Assista ao Jornal do Almoço! Gosto muito da Cristina Ranzolin, mas ela só mostra coisas ruins. Dirão que o momento atual que é ruim, mas fica impossível digerir tantos assaltos, mortes, roubos, estupros, e tudo o mais. Já basta ter de digerir os políticos de hoje! Talvez eu esteja passando por um momento negativo, mas afirmo que o pessimismo nunca morou dentro de mim. Há 84 anos ao nascer fiz muita força, ajudando minha Mamãe, que não podia ter engravidado. Aquela força que fiz para viver nunca mais me abandonou.
Minha mensagem: Não assistam coisas ruim, e também não as leiam. Ouçam uma boa música e pensem BOM, pois a vida é linda e vale a pena ser vivida.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Boletim 385.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Bodas de Diamante.
Realmente uma joia preciosa. Tão preciosa que me atrevo a transformar a palavra - De Amante, pois fomos amantes durante nossos sessenta anos de casados. Soubemos construir nossa casa sobre a rocha sólida do Amor em Cristo. Muitas borrascas se abateram sobre ela, que se manteve incólume. Sabemos que apenas nosso Amor será eterno, permanecendo naqueles que virão de nós, ao amarem e respeitarem a Deus, como nós dois soubemos repeitá-Lo.
Ontem recebemos a bênção divina durante uma missa rezada pelo Padre Claudiovane, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, padroeira da família Azambuja. Graça transmitida por minha avó paterna, Faustina Pereira da Silva Azambuja, ao dar a luz à treze filhos na Fazenda da Invernada, abraçada à imagem daquela santa.
Somente em Deus o amor será eterno!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Boletim 384.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Os sacrifícios.
Serão incontáveis os sacrifícios de nossas vidas. Quando não são físicos, eles serão espirituais, ou morais, que certamente serão mais sofridos do que os físicos. Conhecemos nestes momentos os limites de nossa força, tolerância, resistência, e principalmente nosso importante silêncio. Serão os silêncios que despertarão nossas consciências, para entendermos o quanto os sacrifícios são importantes para a vida. Afirmo serem eles as argamassas, que sustentarão o edifício da virtude alimentando nossas almas. A lição que transmito à vocês é que nestes momentos não podemos nos queixar! A energia crescerá a medida que mantermos o silêncio, sem atribuir culpa aos outros, apenas cumprindo com a nossa parte, realizando, ou se não conseguirmos a realização, focarmos nossos esforços para o objetivo final. É gratificante!
A Bíblia nos dá o exemplo de Jesus Cristo ofertando o imenso sacrifício final para nossa própria salvação.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Boletim 383.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O bom é não fazer nada!
Se fizeres correrás o risco de errar, não fazendo, nada irá acontecer. A vida sempre nos cobra desafios, mas creio que onde eles mais doem é em nosso interior. Aceitando o primeiro desafio, logo virão outros, e cada vez mais desafiadores. Vamos vencendo e achando que somos os tais, até que um dia erramos. Daí nos cobram, ou pior ainda, nossas consciências nos cobra, e com veemência. Serão sonhos desfeitos? Certamente que não, pois foram realidades desmoronadas. Sei, sempre restará os ensinamento que são maravilhosos, mas ficamos pensando em aplicá-lo ali adiante, entretanto, o tempo vai nos engolindo rápido. 
Minha conclusão: Vamos continuar errando, sempre na tentativa de acertar, com a ética e a moral desfraldadas em nossas consciências. Só errando é que aprenderemos a verdadeira lição. Quem sabe o Brasil, e o político brasileiro se acorda e constrói um bom futuro para nossos filhos e netos?
Sonhar é muito bom. Triste é aquele que não sonha...

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Boletim 382.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
As recolutas II.
As recolutas eram momentos especiais nas antigas fazendas. Chegava no meio da tarde um verdadeiro piquete de gaúchos, sem aviso prévio, apenas com a mensagem: "Estamos de recoluta", recebendo como resposta: "Estão em casa. Passem para o galpão". Fogo grande aceso, a peonada formava a roda do mate com a cuia correndo pela direita e a caneca de canha pela esquerda. Depois do jantar estendiam os pelegos no piso de terra batida, ao calor do fogo de chão, para acordarem na madrugada escura, churrasqueando e tomando café de chaleira, quando encilhavam para o aparte nos rodeios. As vacas mansas serviam de sinuelos em pequenos rodeios junto ao rodeio grande, para onde eram levados os animais com a marca da fazenda vizinha. Por serem vários os rodeios, o trabalho se estendia por dois ou três dias, num serviço pesado, pois o gado era alçado, quase selvagem, não acostumado com a presença humana, sem conhecerem a prisão de uma mangueira. A região costeira da Lagoa dos Patos é desprovida de pedras, e as poucas mangueiras existentes eram de pau à pique, ou até mesmo de terra. 
Os animais doentes não eram tratados com medicamentos, apenas com o querosene bruto, e ao morrerem forneciam a riqueza da época - o couro. 

domingo, 29 de outubro de 2017

Boletim 381

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
As recolutas.
Hoje recebi na Fazenda Sant`Anna quatro gaúchos da vizinha Fazenda da Quinta, de propriedade do amigo José Augusto Netto Bezerra, que lá chegaram bem montados, mas não bolearam a perna, porque a cachorrada estava braba. Fui logo dizendo: "Já sei vocês estão em recoluta, e por tal estão em casa. Façam o serviço." Fiquei com vontade de contar a história abaixo para eles, mas o tempo não permitiu.
Quando das grandes recolutas, se aparava rodeio para entregar animais com marcas estranhas, e muitas vezes ocorria o diálogo: "Sei, a vaca e sua, mas o terneiro é meu, com minha marca, quando desmamado, na próxima recoluta podem levar a mãe". 
Os campeiros naquele tempo, em que as divisas das propriedades consistia apenas nos marcos de sesmarias, eram empregados de confiança dos patrões, e moravam com suas famílias em locais estratégicos, chamados de Posteiros. Além de trabalharem cuidando dos animais do seu Posto, cuidavam para que o gado do Patrão não passasse para o campo vizinho mas, não se importavam que o gado do vizinho passasse para o campo do patrão, já que isto era problema do outro posteiro. Havia uma lei que permitia marcar o animal nascido no seu campo, mesmo que a mãe não fosse de sua propriedade. Meu bisavô, Francisco Luiz Pereira da Silva, na época proprietário da Fazenda da Quinta, por três vezes vendeu todo o gado da grande fazenda, despovoando seus campos, sabendo que novos animais ali chegariam, pois a natureza do animal faz com que ele paste com a cabeça voltada para a aguada, a Lagoa dos Patos. 
O Galo Velho, Cristino Gonçalves, era posteiro da Fazenda da Quinta, e ele é que me contava estas histórias. 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Boletim 380.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
"Tu não te enxergas?"
E não adianta alguém querer mostrar que "não te enxergas"! É intrínseco àquela pessoa, que é egoísta e só vê a si própria. Quer dizer, ela vê o outro, mas não vive o outro, que é para ela apenas um objeto material, sem querer e sem poder. Já convivi muito com elas, e sei o quanto é difícil a convivência, mas modernamente estão nos ensinando que "devemos respeitar as diferenças", então  que seja. Tu que não és egoísta e vives por demais as outras pessoas, serás para sempre uma pessoa feliz, enquanto o egoísta é um infeliz. Na busca de sua satisfação o egoísta nunca estará satisfeito, pois quanto mais tem mais quer.
Desculpem a "matutagem" pois topei com um egoísta que não me enxergou... 


Boletim 379.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Rio de Janeiro.
Já me referi anteriormente à minha estada de cinco anos trabalhando como agricultor no Rio de Janeiro, quando contei algumas histórias. Tive um arrendador, proprietário de uma fazenda em Cabo Frio, que era suíço, chamado Hans, que certa feita recebeu um irmão que não falava uma só palavra em português, e eu idem da língua dele. Entretanto, ficamos amigos. Aquela coisa de bater no olho e firmar uma amizade. Dois dias depois ele se despedia indo embora, e me dava de presente um belo canivete suíço. Na mesma hora coloquei a mão no bolso, busquei por uma moeda e estendi a ele, que saiu disparado porta à fora, certamente ofendido. Passei a explicar ao seu irmão Hans, que era um hábito entre os gaúchos, simbolicamente ofertar um pagamento àquele objeto contundente, anulando assim sua agressividade para com o presenteado. O Hans foi atrás do irmão, explicando o meu gesto, o que fez ele retornar à minha presença, emocionado quase chorando, e me abraçando disse que iria levar aquele simbolismo para a Suíça. Tomara que os gaúchos ensinem alguma coisa aos suíços.

domingo, 22 de outubro de 2017

Boletim 378.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Sonhos desfeitos II
Acabei de assistir no Auto Esporte da Globo, o lançamento do último modelo de um carro esporte da Mercedes Benz. Não sou e nunca fui ligado à automóvel, que para mim é apenas um aparelho de uso diário. Mas "quase" sonhei. Nove milhões de reais, ou coisa parecida, então, não dá para sonhar. Devemos sonhar com aquilo que podemos realizar, portanto, cuidado com os teus sonhos! Eles poderão te fazer mal, muito mal. A grande sabedoria da vida é viver na real, e para isto é necessário desenvolver consciência. Já escrevi lá atrás que convivi com gente feliz, que nem sabia o que era automóvel, e creio mesmo que nem possuíam carroça. Muitos poderão pensar "és um frustrado", e se assim pensarem é porque não raciocinaram primeiro. Sou feliz, pois sempre me contentei com o que tenho, e pouco lamentei o que perdi, já que não sou apegado aos bens materiais, e toda a família que construí e os amigos que ganhei, estão intactos...

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Boletim 377


ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O momento da mensagem!
Fico pensando naqueles escritores ou cronistas, que diariamente têm a obrigação de escrever uma crônica. Naturalmente ao escrever devo me doar, ofertando algo de bom, de otimismo, de verdade, mas nem todos os dias serei um homem sereno, pois sofro as influências do dia-a-dia. Assim é que passei duas semanas sem me comunicar no boletim do Galo Velho. Tenho meditado muito no que se passa em meu interior, que é o que interessa para o meu bom viver, já que aquilo que está aí fora não deve interferir na minha felicidade, mas interfere... Nestas horas o melhor é silenciar, e assim vou te respeitando, sem transmitir meus aborrecimentos.
Deixo um pequena mensagem do Luiz Antônio Pharol.











sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Boletim 376

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ou se planta ou se cria!
Velha frase de meu avô, Ney Xavier Azambuja, pronunciada aos seus filhos que queriam plantar arroz na Fazenda da Invernada. Dizia mais, "vocês querem plantar, pois plantem tudo, eu vendo todo o gado, já que irão estragar meus aramados, porteiras, estradas, além da trazerem para cá um monte de gente estranha". Sei, os tempos mudaram, temos que fazer a integração lavoura-pecuária, mas que não é fácil não é. O velho caudilho ainda sentenciava: "Pecuária se não dá dinheiro não tira, e a lavoura tanto dá como tira". Difícil de ser contestada! Também sei, tu estás pensando, "só porque quebrastes três vezes plantando arroz vens com estas velharias", mas peço apenas para meditarem. Num país sem sustentação de preço ao produtor, como fazer contas? Vejam a situação do leite, do arroz, milho, feijão e até do moranguinho!
Perdoem o choro, mas o arroz hoje está valendo R$ 34,00, enquanto no ano passado valia R$ 50,00. Como não perder o sono?

sábado, 30 de setembro de 2017

Boletim 375.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
William Shakespeare.
Recebi o texto do maior de todos os escritores de todos os tempos, do meu filho Dr. Magrinho. Não lamente sua extensão, pois se queres aprender alguma coisa da vida, leia. Se conheces o texto, mesmo assim aprenderás mais alguma coisa.

O Menestrel - William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. (O grifo é meu)
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Boletim 374

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ter ou não ter.
Eu tenho muito. Isto não é bom, como também não é bom ter pouco. Quem tem muito tem mais chances de perder, pois quem nada tem, nada perde. Vejam só: Tenho uma fé inabalável em meu Deus. Tenho uma bela e saudável família. Tenho uma sociedade camaquense que me acolhe e me ama, onde tenho meus melhores amigos. Estás aguardando que eu escreva que tenha dinheiro? Isto pouco estará importando, depois de escrever tudo que tenho. Mas o mais importante que tenho, e o principal, é minha plena felicidade, que consiste em me conformar e agradecer a Deus por tudo que me deu, e me resignar com tudo que me tirou.
Amém!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Boletim 373.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Computador.
Máquina maravilhosa, pena que de quando em quando não funciona. Então chama o técnico, que demora e demora. Ele está sobrecarregado, e a gente fica na espera. Esperar é difícil...

Sonhos desfeitos.
Tentei contar nos dedos meus sonhos desfeitos. Faltou dedo. Se tu consegues contar teus sonhos desfeitos é porque és muito jovem, ou porque não és sonhador, o que é ruim. Em todos meus sonhos eu estava bem acordado, e se dormi foi na mira de acertá-los. Sonhos de criança somados aos sonhos de adulto é uma grande cifra. Quando se fica velho a gente pára de sonhar, e então ficamos rabugentos. Sonhar faz bem para quem sonha, mesmo que depois soframos com o sonho desfeito. Por tal dou o conselho de continuarmos a sonhar, por mais velho que sejamos. Sonho faz bem, já que cada velho deve ter a segurança de um amanhã.

No outro dia sem conseguir colar, escrevo o que li de Luiz Antônio Pharol =
"Lembre-se: O maior pobre de todos os homens é aquele que não tem um sonho".

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Boletim 372.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Inteligência emocional.
Este negócio de "na natureza nada se perde, tudo se transforma", me faz matutar que meu pensamente é assim. Não crio nada, e tudo em mim se transforma. Leio muitas coisas, e algumas fazem parte do meu dia-a-dia, sendo o Professor Pharol uma delas. Ele me transforma. Muda o meu pensamento, ou melhora as coisas que cinzelo nesta labuta diária. Assim a última do Professor Pharol está colada aí abaixo para apreciação de vocês.


domingo, 27 de agosto de 2017

Boletim 371.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Não aguento mais...
Sei que muitos irão concordar comigo - não aguento mais ouvir  ou assistir noticiosos! É sempre a mesma coisa, nada muda - roubo e mais roubo. Politicagens e falcatruas (para mudar o disco e não escrever propinas). Meu Deus! Os políticos brasileiros enlouqueceram! Não existe mais direita nem esquerda, o que existe é dinheiro, o resto não interessa. Todos nós sabemos que eles estão preparando novas roubalheiras, e tudo começa por acabarem com a Lava Jato! A roubalheira é tanta que já estão ensinando até os orientais a roubarem, eles que são, ou foram, os caras mais honestos do Mundo.
Volto a dizer o que já escrevi lá atrás - NÃO VAMOS REELEGER NENHUM POLÍTICO. Vamos eleger gente nova que ainda não aprendeu a roubar.

sábado, 26 de agosto de 2017

Boletim 370.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Estou perdendo...
Muito cedo perdi minha Mamãe. Depois foram os tios, primos, Papai, Mana e uma infinidade de amigos. Claro, isto acontece com todos os velhos, mas a gente fica matutando com a alma triste. Mais tarde a gente passa a perder os dentes, os cabelos, a audição, a visão, uma verdadeira degradação. Infelizmente não há nada o que fazer para corrigir estas coisas, e ainda damos risadas por estarmos vivos, pois quem não perdeu é porque foi embora mais cedo. Já escrevi em algum lugar que só crescemos perdendo. Enquanto estivermos ganhando estaremos alimentando o ego. 
Vou encerrar esta ladainha triste, pedindo a Deus que não me faça perder a paciência, pois todo o impaciente é intolerante, o que é muito triste, e eu quero morrer alegre.


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Boletim 369.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Atempado.
Por vezes ficamos "atempados", principalmente os velhos, que ficam perdidos com a tecnologia dos tempos modernos. Pior é quando ficamos até mesmo sem tempo para escrever. Velho que escreve desenvolve a memória, e dificilmente a doença daquele alemão nos pega. Peguem esta dica, e escrevam cartas para os parentes e amigos. Ora só, escrever cartas, coisa que não existe mais nos tempos modernos, mas garanto e assino que faz bem. Certo, mais para quem escreve do que para quem recebe, muitas vezes sem tempo para ler cartas.
Permitam que diga sobre o termo "atempado". Ele é muito velho, tanto como o tempo de se escrever cartas. Lembro que diziam assim: "Deixem, ela esta atempada". Queriam dizer - ela está no tempo, que julgo muito mais suave do que dizer - ela está com as "regras" ou pior ainda "menstruada". 

domingo, 13 de agosto de 2017

Boltim 368.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
De volta pras casas.
Tu só darás valor à tua cama, quando dormires cinco noites em uma cadeira de hospital. Não é só aquela posição incômoda, muito mais é a expectativa de espera. Será sempre um momento de vacilação em tuas convicções. As incertezas dos resultados dos exames, as caminhadas pelos corredores infindos, contando lajotas limpas, buscando alegrias perdidas no peito. Já passei muitas horas nestas caminhadas, e fico me perguntando se enfraqueço, sofro ou entendo um pouco do sentido da vida. 
Depois de tanto, a "alta" tão esperada. O caminho de casa, que nos acolhe com seu perfume de vida, e um colorido ainda desconhecido. Retornar ao lar depois de um passeio turístico é muito pouco, perto do retorno após uma hospitalização. Resta agradecer a Deus numa oração silente.

domingo, 6 de agosto de 2017

Boletim 367

ABRINDO A PORTEIRA.
A violência.
Começo com uma oração de reconhecimento ao meu primo Ruy Rodrigo Brasileiro Azambuja, pelas palestras que pronunciava contra nossa TV. Costumava detalhar as violências que ali produziam, em horários onde crianças assistiam cenas de verdadeiro pavor. Nada melhorou, tudo está muito pior! E eu que costumo afirmar que estamos evoluindo! Não assisto novelas, mas clico no final delas esperando pelos noticiosos. Deus nos livre, ali só tem gente má, não se assiste uma cena de bondade. Minha alegria é que elas estão perdendo audiência, basta comprovar a quantidade de propaganda que fazem das mesmas. 
Novela é violência.
Noticioso é violência.
Política é violência.
Só resta mesmo assistir Mundo Animal, Pescarias, Esportes.
Não vejo luz nenhuma no fim deste túnel...


domingo, 30 de julho de 2017

Boletim 366.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
As reclamações.
Reclamar é o que existe de mais fácil na vida. Quero ver é aguentar calado, enquanto o outro argumenta exaltado, um ponto de vista com qual eu não concorde. Abrir a boca para chamar a atenção dos outros, em reclamações infindas e infundadas é diminuir a si próprio, fazendo mal aos circunvizinhos. Reclamar nas redes sociais do time que anda jogando mal. Fazer discursos nas esquinas reclamando do governo, que realmente só dá vexame. Até mesmo já assisti reclamarem dos familiares e amigos próximos. Quanto mais reclamar, mais me exasperarei contra o fato, e mais e mais ele me fará mal. O outro nem estará aí! 
Agora, aguentar calado é crescer no íntimo da gente. Se faz necessário a tolerância, que como toda a virtude é de difícil exercício. Não ando conseguindo, mas estou me esforçando, e creio que que no último suspiro estarei pronto. 

terça-feira, 25 de julho de 2017

Boletim 365.

ABRINDO A PORTEIRA.
A VARIG.
Já tratei do assunto, quando contei a história do "Atlântico", primeiro hidroavião da Varig, ligando Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, voando sobre a Lagoa dos Patos. Otto Meyer foi o fundador da Varig, e junto com o primeiro funcionário dela, Rubem Berta, remavam o barco que levava os passageiros para o embarque lá na Ilha Grande dos Marinheiros. O primeiro voo foi em 3 de fevereiro de 1927, marcando o primeiro voo comercial no Brasil. Além dos dois pilotos tripulava um piloto-mecânico, que fazia reparos nos motores Roll Royce em pleno voo. O tempo de voo entre Porto Alegre e Pelotas era em torno de duas horas. 
Certamente evoluímos muito.

GALPÃO
TEIMOSIA DE AZAMBUJA – II

                 A fazenda mãe da família Azambuja foi a Invernada, localizada às margens do Banhado do Colégio. Local de difícil acesso, por seus campos alagados inverno e verão. Ali nasceu a geração de meus avós, pai e tios. 
                    Um terrível Sol de verão fazia calar os pássaros, e tremer o horizonte sem fim da grande vázea. Na frente da estância, na sombra de um cinamomo, o chimarrão corria de mão em mão, na busca de aplacar a sede daquele velho Coronel Ney, e seus filhos, entre eles meu tio Neyzinho. O açude ali perto refletia o brilho forte do Sol, emoldurado pelos galhos caídos dos salsos chorões da pequena ilha. Contemplando o calmo das águas, o Cel. Ney disse:
                - Olhem que grande jacaré boia ali no açude.
                - Aquilo não é jacaré, é toco Papai. Retrucou tio Neyzinho.
              Não é necessário dizer que se armava um circo. É toco. É jacaré. Não é jacaré. É toco. Entrou mais parente na teima e ferveu o angu. A coisa esquentava e já era um griteiro. No meio do rebuliço tio Neyzinho, desrespeitando o próprio calor, saiu de mansinho na direção do galpão retornando encilhado no seu tordilho cabos negros, já com o laço armado. Foi um tiro certeiro na “coisa”. Ninguém se animava a chegar pra beira do açude, pelo desconforto do dia. Veio então de arrasto para a beira do aramado, onde se incorporaram as noras, netos e empregados do severo caudilho, um grande e lustroso toco, para a contemplação dos teimosos. Tio Neyzinho berrou:
                - Então Papai não disse que era toco!
                Pondo fim ao desconforto de tudo, o velho caudilho sacou do seu grande 44 descarregando-o, sobre o “pobre e indefeso” toco, aos gritos: 
                        - Tira este bicho daqui!.
(Não esqueçam que aí tem o "dedo" do meu tio Fay).


HISTÓRIA QUE VOU CONTAR.
A autoridade.
Vou contar uma experiência de vida. Fui criado junto de fortes autoridades - Meu Pai e meu Avô Ney. Senti a dor dos relhaços, chicotadas, "cintaços", só não recebi "tamancaços". Naquele tempo tudo era na força do braço, e hoje o braço não necessita mais de força, pois a máquina chegou. Já meus filhos só apanharam bolos nas mãos, quando mentiam, as quais deveriam ser ofertadas, e ainda ouviam a frase "vai doer mais em mim do que em vocês". Hoje os filhos não apanham mais, e isto não quer dizer que não exista mais autoridade. A autoridade desenvolve respeito no outro, e por tal aprendi respeitar os meus ancestrais. Hoje os filhos apreendem o respeito pela conduta ética e moral de seus pais, que é transmitida em diálogos amorosos, na correção do comportamento de seus filhos. 
Certamente estamos evoluindo.
(Destramelei... - o dicionário não aceita esta palavra, mas quer dizer: abri a tramela, 'tranca da porta', e abri o bico...)
 
                                                     

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”