ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Os Lusíadas.
Lembranças ruins também fazem parte do passado, pois os Lusíadas, com seus "sujeitos" ocultos foram um tormento para mim. Meu professor de português, Godofredo Fay de Macedo, era um zarro professor, e apaixonado pelos "sujeitos" escondidos em 8.816 versos da grande odisseia atormentava os alunos na sua busca. Era uma terrível odisseia. Até que encontrei a triste história:
Quando sua nau naufragou na costa de Goa, no retorno das Índias, Luis Vaz de Camões viu sua escrava Dinamine, ela seu grande amor, morrer ante seus olhos por ter escolhido salvar os Lusíadas, abandonando a linda amada. Vejam como era bom ser machista naquele tempo - escrava, amante, empregada, companheira - uma barbada (hoje virou, elas estão nos escravizando). Então ele escreveu belos versos, com o "sujeito" bem presente:
Alma minha gentil que partiste, tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente, e viva eu cá na Terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo onde partiste, memória desta vida se consente,
não esqueças daquele amor ardente, que tão puro nos meus olhos viste.
E se vires que pode merecer-te, alguma coisa da mágoa infinda de perder-te, roga a Deus que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo dos meus olhos te levou.
Lembranças ruins também fazem parte do passado, pois os Lusíadas, com seus "sujeitos" ocultos foram um tormento para mim. Meu professor de português, Godofredo Fay de Macedo, era um zarro professor, e apaixonado pelos "sujeitos" escondidos em 8.816 versos da grande odisseia atormentava os alunos na sua busca. Era uma terrível odisseia. Até que encontrei a triste história:
Quando sua nau naufragou na costa de Goa, no retorno das Índias, Luis Vaz de Camões viu sua escrava Dinamine, ela seu grande amor, morrer ante seus olhos por ter escolhido salvar os Lusíadas, abandonando a linda amada. Vejam como era bom ser machista naquele tempo - escrava, amante, empregada, companheira - uma barbada (hoje virou, elas estão nos escravizando). Então ele escreveu belos versos, com o "sujeito" bem presente:
Alma minha gentil que partiste, tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente, e viva eu cá na Terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo onde partiste, memória desta vida se consente,
não esqueças daquele amor ardente, que tão puro nos meus olhos viste.
E se vires que pode merecer-te, alguma coisa da mágoa infinda de perder-te, roga a Deus que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo dos meus olhos te levou.
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