ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Rio de Janeiro.
Já me referi anteriormente à minha estada de cinco anos trabalhando como agricultor no Rio de Janeiro, quando contei algumas histórias. Tive um arrendador, proprietário de uma fazenda em Cabo Frio, que era suíço, chamado Hans, que certa feita recebeu um irmão que não falava uma só palavra em português, e eu idem da língua dele. Entretanto, ficamos amigos. Aquela coisa de bater no olho e firmar uma amizade. Dois dias depois ele se despedia indo embora, e me dava de presente um belo canivete suíço. Na mesma hora coloquei a mão no bolso, busquei por uma moeda e estendi a ele, que saiu disparado porta à fora, certamente ofendido. Passei a explicar ao seu irmão Hans, que era um hábito entre os gaúchos, simbolicamente ofertar um pagamento àquele objeto contundente, anulando assim sua agressividade para com o presenteado. O Hans foi atrás do irmão, explicando o meu gesto, o que fez ele retornar à minha presença, emocionado quase chorando, e me abraçando disse que iria levar aquele simbolismo para a Suíça. Tomara que os gaúchos ensinem alguma coisa aos suíços.
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