segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Boletim 391.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A Vila do Duro.
Parece que ela será para sempre a Vila do Duro, pois ontem a noite gritei três vezes pelo Picurra. A maioria de vocês não vai entender, mas quando faltava nossa luz, que era fornecida por um locomóvel, a gente tritava pelo Picurra (nome do chefe da locomotiva). Uma oração que pouco funcionava. Querem ver como ela é ainda uma Vila? Quando o Real Madrid fez aquele gol no Grêmio, muitos colorados vilarejos soltaram foguetes, sem entenderem que não era só o Grêmio que jogava, era todo o Meu Brasil Brasileiro. Paixão faz mal. Eu que o diga quando era apaixonado pela minha Jane. Hoje somos apenas amigos, e como é legal!
Minha mensagem: Não façam como eu. Nunca se queixem de sua cidade. Por mais que aquela Vila me tenha sido agradável no seu silêncio e respeito, me ensinando a viver em comunidade, devo também respeitar minha Camaquã de hoje, no seu belo desenvolvimento barulhento.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”