sábado, 26 de agosto de 2017

Boletim 370.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Estou perdendo...
Muito cedo perdi minha Mamãe. Depois foram os tios, primos, Papai, Mana e uma infinidade de amigos. Claro, isto acontece com todos os velhos, mas a gente fica matutando com a alma triste. Mais tarde a gente passa a perder os dentes, os cabelos, a audição, a visão, uma verdadeira degradação. Infelizmente não há nada o que fazer para corrigir estas coisas, e ainda damos risadas por estarmos vivos, pois quem não perdeu é porque foi embora mais cedo. Já escrevi em algum lugar que só crescemos perdendo. Enquanto estivermos ganhando estaremos alimentando o ego. 
Vou encerrar esta ladainha triste, pedindo a Deus que não me faça perder a paciência, pois todo o impaciente é intolerante, o que é muito triste, e eu quero morrer alegre.


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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”