domingo, 2 de dezembro de 2018

Boletim 456.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A saudade.
Conheço pessoas que verdadeiramente curtem saudades. Certamente esta é uma das causas do sofrimento humano. Ao perder minha Mamãe aos quatorze anos, e passando a morar sozinho, chorando e sofrendo muito, aprendi que deveria esquecê-la, para não sofrer. Claro que não a esqueci, mas não sofri mais pela sua partida. Devemos estar preparados para perder entes queridos. Só não há preparação para perder filho ou filha.
Minha mensagem: Busquem o equilíbrio, até mesmo no amar. Doem a metade de suas capacidades de amar, guardando a outra metade para vocês mesmo. Assim nunca serão infelizes!

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Boletim 455.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Está tudo bem!
A frase tem tomado sentido de oração ao conversar com minha esposa Jane. "Está tudo bem, e vai ficar melhor ainda!". Enquanto respirarmos estará tudo bem. Lembrem que um dia deixaremos de respirar, e vai ser duro se morrermos sufocado. Aliás, acho que não existe maneira boa de morrer, já que a morte representa o fim de nossos corpos. Devemos achar ainda, que "tudo está bem", mesmo depois da morte, pois os problemas terminaram, e o "descanso eterno" deve ser coisa muito boa, na crença de nosso Deus Todo Poderoso.
Minha mensagem: Devemos estar preparados a todo momento. Basta ter feito os "deveres de casa" corretamente.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Boletim 454.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
As emoções.
Pois fui traído por uma forte emoção. Uma simples cena na TV e chorei. Não foi "confiança, alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa, aversão ou antecipação", as oito emoções que o psicólogo Robert Plutchik diz existir. Já escrevi lá atrás que me emociono com o simples bailar no ar das borboletas. A origem da palavra latina diz que é "mover para fora", e ainda não descobriram definição para o termo. Já li em algum lugar, que ela está localizada em nosso cérebro no "sistema límbico", que nem imagino onde fica. Como gostaria de conversar com meu irmão-primo Ney Artur Azambuja, que sabe tudo destas coisas, pois quero controlar minhas emoções, para não fazer mal aos outros, nem a mim próprio.
Minha mensagem: Emoção é a voz de minha alma. É preciso crer nela, com quem conversarei um dia com Deus.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Boletim 453,

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Os perfeccionistas.
Tenham dó dos perfeccionistas! Como eles sofrem! Não conseguem conviver com as coisas erradas. Deveriam criar Faculdades para ensinar estas pessoas, que podemos perfeitamente conviver com as coisas erradas. Normalmente o perfeccionista não reconhece seus próprios erros, tamanha é a necessidade de encontrar erro nos outros. Pior é que se tornam preconceituosos, achando que eles são os perfeitos, terminando se endeusando! Assim foi Hitler, Stalin e o infeliz Lula. Eles perderam a consciência das coisas, e pior, de si próprios.
Minha mensagem: Quando quebrarem o prato precioso, não xinguem, não esbravejam - são acidentes que acontecem.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Boletim 452.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ovos com presunto.
Sessenta e um anos depois recordamos de nossa primeira refeição, lá no apartamento da Rua da Alegria, em P.Alegre. Pedi a minha Jane que repetisse o prato, que tanto me maravilhou. Eu que comia no Restaurante Universitário, e quando apertou mais ainda, passara fazer minha comida no velho fogareiro Primus, adorei. Verdade que no quarto dia comendo ovos com presunto, pedi para mudar o cardápio, quando ela consultou a Vó Belinda, que resolveu o problema. Tornou-se uma boa cozinheira, mas nunca gostou da cozinha, só de mim. Verdade! Tanto é que ainda me ama após tanto tempo. 
Minha mensagem: Dedica-te a quem tu amas, desde que também ela te ame. O amor é eterno, persistirá mesmo após a morte.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Boletim 451.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
61 anos de felicidade conjugal!
Hoje completamos, Jane e eu, 61 anos de casamento. Em 12 de novembro de 1957 o Mundo foi criado, na Igreja da Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre, padroeira da família Azambuja. Desejar o que mais? Reclamar do que? Seria uma heresia de nossa parte. Com os filhos e noras já profissionais, assim como uma neta também formada, e três netos em faculdades, sendo que uma delas se formará no próximo dezembro. É uma construção. Um verdadeiro Templo. Obrigado meu Deus. Nós nos ofertamos, e nos humilhamos perante tua grandeza.
Minha mensagem: "Sem Ti nada do que foi feito se fez"  São João Cap. 1 versículo 3. 
Trilha o bom caminho, e Deus estará contigo.

domingo, 11 de novembro de 2018

Boletim 450.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O meu vizinho.
Interessante como eu que nunca me intrometi na vida de alguém, esteja com vontade de me intrometer com o vizinho. Pois desejo escalar seu pátio. Ele tem cerca elétrica, e mais um cachorrão. Estudo escalar aquela cerca com um colchão de borracha, levando um naco de carne com osso para o cachorro ficar quieto. Não vai ser fácil, mas é necessário esperar que ele com a família vá para Arambaré no fim de semana. Então, depois de tudo, entrarei no pátio, e feliz abrirei as portas de todos suas gaiolas, soltando os felizes passarinhos! Salve! O único prisioneiro que desejo ver confinado é o Lula!
Minha mensagem: Ensinem o princípio de Liberdade! Principalmente aos vossos filhos e netos. Depois de ensinar a respeitar nossas Leis. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Boletim 449.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O tempo II.
O tempo nos amadurece. Sei, a gente não pode ficar muito tempo no pé, pois termina caindo. Posso afirmar que estou maduro, tanto, que deixei a TV de lado. Vou passar para o rádio, onde ao menos não haverá imagens ferindo minha sensibilidade. É muito roubo, propinas, falcatruas, políticos sem fim e sem finalidade alguma. É só violência. Então, volto para o velho rádio, e se ele também incomodar, vou ver se encontro galenas. Meu filho, Dr. Magrinho, diz que só ouve música pela TV, o que parece uma boa.
Minha mensagem: Não fiquem tão maduros, a gente termina apodrecendo...

domingo, 4 de novembro de 2018

Boletim 448.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Tempo.
Não nos preocupamos com ele, apenas de quando em quando dizemos - como passou depressa! Sabemos que o tempo termina, para tudo e para todos. O passado já é uma bruma, o presente uma Sol forte, e o futuro uma noite escura. Ao envelhecermos vamos encontrando uma luz no fundo deste túnel, e se não tivermos medo aceitaremos com prazer o fim do tempo, confiando que haverá um novo tempo. Nossa existência não terá sido em vão. Aqueles que aqui passaram amando, serão amados, e aqueles que aqui passaram odiando serão odiados. Desde muito busco o sentido da existência, mas sei que sua resposta estará além do tempo. 
Minha mensagem: Vamos fazer bem feito nossos "deveres de casa", assim não temeremos o depois do tempo.

domingo, 28 de outubro de 2018

Boletim 447.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Vitória.
Vitória do povo brasileiro. Não de um homem ou de um partido. Bolsonaro venceu a eleição para Presidente da República Brasileira, sem conchavos políticos e sem dinheiro, enfrentando um imenso conchavo político, com vários cofres repletos de dinheiro roubado de nossos bolsos. Uma oligarquia ruiu, que destruía nosso BRASIL Não teremos mais um político no governo, mas um administrador honesto e amante do nosso BRASIL. 
Minha mensagem: Não falemos mais em política, falemos em progresso e união do povo brasileiro.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Boletim 446.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A violência.
Os jornais e a TV passam o dia buscando mostrar a violência que grassa em nossa sociedade. Recuso-me em assisti-las. Vivi num tempo em que a violência era mil vezes pior. Meu avô paterno, Cel. Ney Xavier Azambuja, era revolucionário em 93, a revolução da "degola". Ele contava e contava, mas sabíamos que não contava tudo. Depois uma revolução sucedia outra, para não falar nas guerras. Duas mundiais, e nacionais muito mais. Não temos guerras mundiais, nem nacionais, salvo os comunistas que massacram os povos. Estamos evoluindo. Lentamente é verdade, mas chegaremos lá.
Minha mensagem: A evolução brasileira logo surgirá, após as eleições. 

sábado, 13 de outubro de 2018

Boletim 445.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A melhor coisa que existe..... não é coisa.
Em uma conversa amena com meu filho Júnior ou Magrinho, ele saiu com esta aí do título, que eu adorei. Confirma aquilo que já escrevi mil vezes - nada de material poderemos carregar conosco, quando da partida final - só o AMOR. Alguns carregam ódios, coitados. Que coisa incrível de linda é a vida, quando se compreende o seu verdadeiro sentido. Sabemos que tudo tem seu sentido, porque a vida não terá o seu? Conheço gente que passa o dia assistindo violência nos filmes, novelas, lutas e outras tantas, e outras que passam o dia imaginando falcatruas, ganhos de poder, ganhos de riquezas, ganhos de belezas, e tantas outras. Qual o verdadeiro sentido? Só não encontra o seu sentido, os que creem que ao morrer tudo se acaba, não havendo outra existência, sem prestarmos conta do que viemos fazer aqui. 
Minha mensagem: Não pedimos para vir aqui. Alguém aqui nos colocou. Temos deveres a cumprir. Restará uma prestação de contas.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Boletim 444.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
NPHC.
O Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã, no dia de ontem, quatro do corrente mês de outubro realizou uma sessão de autógrafos do livro "Roteiro Farroupilha em Camaquiã", de autoria do nosso fundador e mentor, Dr. João Máximo Lopes. A sessão ocorreu na bela e hospitaleira casa da OAB de Camaquã, numa noite estrelada e fria, quando seu salão de eventos ficou repleto de cultos convidados da nossa cidade. A obra bem explica a razão do título que nosso município recebeu do Governo Estadual = "Camaquã Terra Farroupilha". Uma obra que o autor levou 14 anos para concluí-la, e que contou com o patrocínio do Senhor Valdemar Sperotto Ferrão, já que as autoridades municipais não dão valor à cultura, declarando poucos recursos para financiá-la.
Minha mensagem: Leiam a obra "Roteiro Farroupilha em Camaquã" para ficarem conhecendo a formação de nosso Camaquã.
Abaixo uma foto da amiga Carlota Pauls.


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Boletyim 443.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Recapitulando.
Permitam que publique em letras garrafais, aquilo que acompanha os blogs, mas que pucos prestam atenção, mas está colado nas paredes do galpão.: 

“O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”

Minha mensagem: Isto deve ficar "colado" nas nossas paredes da vida, como uma meta para vivermos em harmonia. 

sábado, 22 de setembro de 2018

Boletim 442.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A felicidade.
Sei, é outro tema que tenho batido por demais, entretanto, ele faz parte de nossas existências. Certamente o principal de nossas vidas, pois viemos ao Mundo com o único fim de sermos felizes. Meu velho Pai dizia que "felizes são aqueles que assim se sentem". Creio que ele não entendesse o aprofundamento da frase - tudo, mas tudo mesmo, está dentro de nós. Infelizmente a humanidade aprendeu errado, que tudo está lá fora, no gozo material, nas festas, nos passeios, na internet, na TV (imagina...).
"Conhece-te a ti mesmo", que nada mais é do que "consciência", onde reside a diferença de sermos ou não felizes. Ao fazermos a auto-análise não podemos nos distanciar da ética e da moral, entretanto, muitos não a conheceram, nem mesmo uma família, ou um colégio. 
Minha mensagem: Cultura é o único caminho para despertar nossas consciências.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Boletim 441.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O amor.

Estou cansado de repetir este tema, mas certas frases ficam gravadas em meu coração. Pelo fato da frase pertencer ao gênio Einstein é que fico matutando na luz que conduziu seus passos. Naturalmente, um cérebro privilegiado por Deus, mas iluminado por sua formação familiar e moral, que escolheu o caminho do bem. 
Minha mensagem: Não basta ser inteligente, ou mesmo gênio, é necessário escolher o caminho de Deus, que aqui nos colocou para sermos felizes.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Boletim 440.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Uma úlcera de estômago.
Dr. Rolf Wonfonbutem (certamente erro seu querido nome) curou-me de uma úlcera sem medicação. Eu trabalhava muito, e nem tinha tempo para comer. Ele me disse: "Irei ferir teus conceitos de religiosidade, pois fomos unicelulares, e eles se alimentam 24 horas por dia. A afirmação é tão verdadeira, que ao sentires medo ou emoção muito forte, o que sentes é no estômago, não no cérebro ou coração. Olhando tua radiografia, noto que a úlcera é curável, e vou fazê-lo sem medicação. Tu irás (eu era uma criança perto dele) te alimentar de duas em duas horas, seguindo este regímen aqui. Fiquei curado em pouco tempo.
Minha mensagem: Busca um bom profissional quando se tratar de tua saúde. Não poupa dinheiro nela. Aliás não é só na saúde que tem charlatões.

sábado, 1 de setembro de 2018

Boletim 439.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O mês de agosto.
Meu Pai, que faleceu em 1977, costumava esfregar as mãos no dia 1º de setembro dizendo: "Meu filho, agora só me pegam no ano que vem". Certamente por ele ter sido criado com aquela máxima campeira, que os animais só morriam até agosto, pois aos renascer dos pastos em setembro, tudo ficava mais fácil. Pois bem, meu Pai morreu no dia 19 de agosto. Então, ontem conversando com um amigo eu disse: "Graças a Deus que hoje é o último dia de agosto". Não é que o setembro apareceu com a mesma cara de agosto! E a previsão do tempo vem dizer que setembro será pior que agosto. Mas, vamos jogar o pessimismo fora. Tudo irá melhorar. Pode demorar um pouco, mas tudo melhora, e nada irá piorar. Nisto consiste a felicidade.
Minha mensagem: Acreditem que tudo irá melhorar. Nós é que fazemos o amanhã, pois o passado já não nos pertence.  

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Boletim 438.

A família.
 Por mais que alguém diga que a família está se acabando, não irei crer, pois ela é o princípio da vida e do amor. Assim não viveremos sem ela. Pode os conceitos de ética e de moral estarem se modificando num ajuste social, onde a mulher passou a se tornar um ser humano, lutando ao lado do homem para desfrutar as benesses do mundo moderno. Mesmo assim, a mulher não deixou de amar seus filhos, nem mesmo abandonou seu lar. A mídia só sabe focar os casos omissos e criminosos, pois se focarem os normais não terão audiência. Vivi num mundo muito pior que o de hoje. Assisti minha única irmã romper um noivado (por força da família!), porque o noivo era de partido político adversário. Assisti a dificuldade da mulher cursar uma faculdade, e a mais fácil para a sua formação era a de professora. Muitos não entendem o quanto estamos evoluindo, pois não veem que estamos passando por um período de adaptação.
Agora, vai juntar a família para passar um Natal, ou a Festa de Fim de Ano! No meu outro tempo havia um Patriarca, que por pagar todas as contas, mandava em todo mundo. Era um verdadeiro regime ditatorial! Viva a democracia! Viva nosso Galpão do Galo Velho, com seu lema - "PAZ E RESPEITO".
Minha mensagem: Vamos alcançar a LIBERDADE, IGUALDADE e a FRATERNIDADE.
(De uma velha página. Talvez já tenha sido publicada).

sábado, 25 de agosto de 2018

Boletim 437.


ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
  Quem é "tu"?
 Só serás quando deixares de ser "tu"! Explico. Primeiro procura ser uma pessoa correta, depois educada e culta. Não construirás coisa alguma em cima da incorreção. Quando conseguires estas qualidades dedica tua vida à família e à sociedade, mas não esquece que o aprendizado é longo. Alguém colocou em minha cabeça que é tudo de dentro para fora, e é necessário crer que alguém mais habita em nosso interior. Faço a afirmação por sentir seu palpitar dentro de mim, corrigindo meus velhos passos. Sei o quanto Ele custou a amadurecer em meu interior, e sei que ao nos identificarmos chegará o momento do diálogo, num encontro perene, ou eterno.
A vida é bela, por entendermos que a beleza não é eterna, assim como a própria vida. Tudo consiste em saber que nada neste Mundo é perene, apenas serás perene, quando deixares de ser "tu".

sábado, 18 de agosto de 2018

Boletim 436.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O fogo.


Meu Pai costumava comparar o fogo como o amor. Nada a ver com o calor, que é intrínseco aos dois. Ele se referia ao dar início ao fogo, e o começo de um amor. Aquele momento inicial, que tanto faz bem, como pode também queimar. Vejam, outro dia acampei na orla de um belo mato nativo, quando tentei iniciar um fogo. Na primeira vez coloquei pouco graveto e ele não "prendeu". Da segunda, coloquei graveto demais e ele "abafou", não acendendo. Lembrei então do meu Velho, ao dizer que com o amor é a mesma coisa, se a gente coloca muito "afago" ele abafa, mas se colocarmos pouco, ele também não "prende". Podemos sintetizar, que se trata de dar equilíbrio as coisas, um cuidado que devemos ter em todos os atos de nossa vida.
Minha mensagem: Tudo que é demais faz mal, assim como tudo que é pouco faz falta. Equilibrem-se.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Boletim 435

O mate.
Certamente trata-se de um hábito e não de um vício. Ele é a imagem do gaúcho, conforme a figura abaixo. O modernismo que nos envolve transforma velhos hábitos, mas jamais o gaúcho irá permitir mudar suas tradições. O mate tem as suas leis, que meu Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã está preparando. Uma delas é "Mate não se pede, ele deve ser ofertado como símbolo de nossa hospitalidade". Quando ele não é ofertado é porque o cevador (aquele que serve o mate), terá suas razões, como por exemplo, de estar doente.  Entretanto, na roda de mate ele deve ser ofertado a todos, cabendo a qualquer um a recusa. 
Minha mensagem: Preservemos nossas tradições. É fácil.






sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Boletim 434.


"Terra a gente não queima".

Lá pelo ano de 1964 aconteceu um fato com Selvina, esposa do nosso Galo Velho, que desejo registrar para a posteridade.
Selvina apareceu na Sant´Anna, e sabendo que eu tinha uma olaria, pediu alguns tijolos para calçar uma cacimba em sua chácara. Fomos até a olaria que ficava próximo, onde escolhemos os tijolos mais requeimados, que seriam ideais para o seu poço. Na saída disse ao Seu Carlos Krüger, meu oleiro, que mais tarde mandaria um reboque levantá-los, e foi quando nos retirávamos ao longo do galpão de palha taboa, que Selvina sentenciou: “Menino, terra a gente não queima”. Parei estarrecido. Já andava inconformado com a tal olaria, que só me trazia aborrecimentos. Então gritei ao Seu Carlos Krüger: “Seu Carlos fecha a olaria. Está todo mundo demitido”. Selvina se assustando me retrucou: “Menino, o que houve?”. Respondi: “Tu tens toda a razão, terra a gente não queima, ela é sagrada, a natureza nos deu para dela tirarmos o nosso sustento, e um dia ser nosso berço, para o descanso eterno.”
Minha mensagem:– “Não se metam com olaria!”

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Boletim 433.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A felicidade.
Perdi a conta de quantas vezes abordei o assunto. O que posso afirmar é que aqui viemos com a única obrigação de sermos felizes. Somos? Creiam, estou cumprindo com esta obrigação. Não é fácil, mas se fosse fácil acabaria o nosso esforço, e a vida não teria graça. Abordo o assunto novamente, porque encontrei a frase mais linda dos últimos tempos, ela é de Pablo Neruda, que nasceu Neftali Reyes Basoalto: "Algum dia, em qualquer lugar, inevitavelmente te encontrarás contigo mesmo, e esta, só esta, pode ser a mais feliz ou a mais amarga de tuas horas".
Minha mensagem: Vamos continuar com nosso esforço de sermos felizes, quando encontraremos a Verdade, que habita dentro de nós. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Boletim 432,.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O sorriso.
Abri a porta para receber a correspondência, quando o motorista e portador da mesma me sorriu. Não aguentei, pois velho está sempre se intrometendo na vida dos outros: "Nunca deves perder este teu sorriso". O sorriso dele parece que se iluminou ainda mais. Arrematei: "O sorriso é tão importante na vida da gente, que agora em fim de jornada, estou aprendendo a sorrir para mim". Sorrir para os outros é fácil, quero ver vocês sorrirem para vocês mesmos. É pureza pura, não há falsidade.
Verdade. Se alguém me pegar em minhas solidões, vai me chamar de louco, mas não estou louco, estou feliz. Acho mesmo que vou aprender a gargalhar dentro de mim. Tenho apenas uma dúvida, nunca assisti qualquer pintura de Jesus Cristo sorrindo. Sei, Ele carregava o Mundo nas costas, e havia muito mais problemas do que hoje. Olha, eu carreguei imensos problemas, e nunca deixei de sorrir. Problema não mata ninguém, a gente é que se mata por eles.

Minha mensagem: Não deixem de sorrir. Cultivem alegrias dentro de vocês, são elas que fazem a felicidade. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Boletim 431.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.

Eu - III.

"A felicidade está na jornada. Não no destino". Pois recebi uma bela lição, de uma postagem de meu filho Luis Mário. Ando me procurando desde muito tempo, assim como vocês todos. Naquela mensagem um pai demonstra ao filho, que tudo consiste na caminhada, e não no encontro final de uma pedra qualquer. 
Até faço novo parágrafo. Estou em fim de jornada, e nem mesmo uma pedra qualquer irá me cobrir, pois serei cremado, mas volto meu olhar para trás na linda jornada percorrida. Linda, primeiro porque não guardo arrependimentos em minha consciência, depois porque cumpri com as leis de Deus e dos homens. Linda, porque tive vários tropeços, e soube me reerguer. Linda porque não tenho inimigos, só amigos. Linda, porque tenho minha família intacta, e todos com saúde. 

Minha mensagem: Não vivam os tropeços. Lembrem dos reerguimentos.

sábado, 28 de julho de 2018

Boletim 430.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Eu - II
Relendo o anterior dei-me conta do quanto estou atrasado neste banco da escola da vida. Sem me encontrar depois de tanto tempo? O que procuras cristão? Será que vocês já se encontraram? Estou precisando de lições de gente mais competente. Uma é verdadeira: tenho de me amar para ser feliz, e poder ofertar felicidade aos outros. Por falar em felicidade, meu guru o David Coimbra, disse ontem que a sabedoria é a fonte da infelicidade. Perdoa meu guru, mas não concordo. Quem concordar terá que voltar ao homem das cavernas para ser feliz. Evoluímos. Vamos evoluir muito mais, e certamente iremos descobrir que é fácil ser feliz, basta deixarmos de amar os bens materiais. Fácil.

Minha mensagem: Não façam acontecer! Deixem acontecer. Tudo é a vontade de Deus. "Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu".

domingo, 22 de julho de 2018

Boletim 429.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Eu.
Procurem me entender. Não escrevo para vocês. Escrevo para mim mesmo, na busca do meu Eu, que nasceu comigo há 85 anos passados, vivendo ao meu lado todo este tempo, em forte diálogo. Iremos viajar pela estrada etérea da vida, na busca da perfeição, que é Deus. Dei-me conta que não poderei amar alguém, se não me conhecer primeiro. Devo me amar, respeitando o Eu que mora em mim, que é sopro e verbo renascido, e que me ama profundamente. Só me amando poderei ofertar amor aos outros

Minha mensagem: Amem a Deus, respeitem vossas saúdes, e se dediquem à vossas famílias e amigos. Não existe mais nada na vida.

Boletim 428.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
As virtudes.
Com o passar do tempo ninguém mais irá "matutar", bastando abrir o Dr. Google que sabe tudo das coisas, e tem respostas para todas. Abri nas virtudes e encontrei: Virtudes Teologais = Fé, Esperança e Caridade; Virtudes Cardinais = Justiça, Fortaleza e Prudência. Meu tutano (daí vem o meu termo "matutar") diz que nenhuma é fácil. Deus do Céu! São quase impossíveis de serem conquistadas. Não conquistei nenhuma, mas vou tentando, com toda esta minha quilometragem. 
Só as Cardinais, simplificadas:
Prudência - Esta é a virtude "mãe humana".
Justiça - Dar ao outro o que lhe é devido.
Fortaleza (força) - Firmeza nas dificuldades.
Temperança - O domínio da vontade sobre os instintos = equilíbrio.

Minha mensagem: Vamos construir Templos às Virtudes, e masmorras aos vícios. Matutem.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Boletim 427.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O perdão.
Não consigo avaliar qual a virtude mais fácil que a outra. Certamente irá variar entre as pessoas, dependendo de seus sentimentos, sua formação moral, e principalmente de sua criação familiar. No anterior falei da paciência, e agora quero me referir ao perdão. Não posso dizer que para mim ele seja fácil, pois não possuo inimigos, e se alguém é meu inimigo isto será problema dele. Minha formação religiosa sempre fixou o perdão de Jesus Cristo para com a humanidade, ao ser condenado por ela, já que Pôncio Pilatos lavou suas mãos. Certamente por não perdoarmos Cristo é que Ele tenha nos deixado esta "lição eterna do perdão", se sacrificando por todos nós. 
Minha mensagem: O perdão só existirá, se aprendermos a esquecer, no que consiste sua dificuldade.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Boletim 426;

ABRINDO A PORTEIRA
A Paciência.
Já escrevi várias vezes que toda virtude é difícil de ser adquirida, mas não esqueçam, ela só será adquirida na sua perseverança. Não basta perdoar uma vez, será necessário perdoar sempre, no que consiste sua dificuldade. Então ter paciência uma vez é fácil, quero ver para sempre! Vocês todos ficarão velhos um dia, se Deus quiser, e só aí entenderão o sentido lato da paciência. Primeiro, o velho descobre que não pode modificar mais nada, então paciência, que tudo fique como está.
Minha mensagem: Perdoem, ainda tem uma coisa que dá para modificar - eu mesmo. Ainda resta tempo. 

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Boletim 425.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Minha Porto Alegre.
Minha valorosa e formosa Porto Alegre. Nasci camaquense, mas em ti formei o alicerce de minha vida. Aí fui morar sozinho com apenas 15 anos de vida. Aí estudei, servi a Pátria Nacional, namorei, casei, trabalhei, e o meu primogênito em ti nasceu. Setenta anos depois volto a ti, levando minha esposa e dirigindo um bom carro. Mas, perdeste os teus valores, mesmo sem perder tua formosura. Basta dirigir no horário de "pico", ainda mais com chuva. Sei, a mensagem que posto abaixo seria para os teus governantes, mas não quero sequer conhecê-los, o que dirá procurá-los para dar sugestões. 
Minha mensagem: Gastaram tanto dinheiro "embelezando" tua orla, quando deveriam construir "vias aéreas", já que as ruas são estreitas. Principalmente para os lados de Novo Hamburgo.

sábado, 23 de junho de 2018

Boletim 424.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A paixão.
Ainda bem que nunca tive paixão por minha Jane, apenas amor puro, aquele sentimento que com o tempo se transforma em verdadeira amizade. Fui no "amansa burro", e sempre vou primeiro no Silveira Bueno encontrando ali: paixão - "afeto violento", "sofrimento prolongado - o martírio de Cristo".
Deus! Porque esta paixão pelo Lula? Porque aquela paixão pelo Hitler? Pelo Lenine? Quantos outros mais? A humanidade parece que não consegue pensar, mesmo tendo cultura - olha só a Europa! Tudo por única culpa da paixão.
Minha mensagem: Não se deixem dominar pelas "massas". Que a razão prevaleça sempre.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Boletim 423..

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Viver é preciso.

Creio que os mais velhos entenderão. Preservamos a vida e chegamos até aqui, muito além do meio século, e com esperança de chegar nele. Cuidamos de nossas saúdes, e hoje podemos olhar para trás, na triste contemplação de quem não o fez, abandonando o nosso navegar. Recebemos o corpo-matéria, abrigando a alma de nossos sentimentos terrenos e ultra-terrenos. O verbo se fez vida, e a vida foi preservada, para o sacrifício final, na oferta do que soubemos produzir. Muitos não entendem sequer o etéreo, apaixonados pela vida, esquecem da morte, que nada mais é do que um necessário Encontro. Sabemos que o fim não existe, pois estará acontecendo em algum lugar, para sempre. Acontecerá um dia, para recomeçar no terceiro. É momento de meditarmos no que produzimos, ofertando o melhor para o incenso à Deus.
                                               Amém.

domingo, 10 de junho de 2018

Boletim 422.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O verdadeiro amor.
O verdadeiro amor é aquele desprendido da matéria. O amor sublime. O amor à Deus. O amor à vida. O amor à família. O amor a natureza. O amor ao próximo. O amor à saúde. Nada que seja material, já que o material morre um dia, ou o deixamos aqui na Terra ao partirmos. Tudo o mais nos conduzirá à vida ultra-terrena. 
Foi matutando nisto tudo que me dei conta do quanto amo minha esposa, de sessenta anos de feliz convivência matrimonial. Hoje a matéria nos abandonou, e vivemos o verdadeiro amor, aquele da pureza da alma, do respeito e da verdadeira amizade.
Minha mensagem: Amem, sabendo que só o verdadeiro amor nos acompanhará na vida ultra-terrena, tudo o mais deixaremos aqui na Terra.   

sábado, 2 de junho de 2018

Boletim 421.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A obra humana e a divina.
Certo dia, chovendo, visitei o Congresso Americano em Washington DC. Descendo do ônibus da excursão subi os vários degraus, olhando tudo que me mostravam. Vi, mas hoje não sou capaz de descrever nada do que vi. Nada ficou gravado em minha memória. Entretanto, se quiserem que eu descreva o voo da minha "viuvinha", o colorido do meu "verãozinho", ou os passos marciais do meu "joão de barro", lá da minha Sant´Anna farei com detalhes. A obra humana não me impressiona. A obra divina grava-se em minha alma, como se eu buscasse por sua perfeição. Tudo que o homem fez ele um dia fará melhor, entretanto, tudo que Deus fez, Ele já o fez melhor.
Minha mensagem: Detenham-se apreciando a Natureza. Salvando-a salvaremos nossos descendentes.

domingo, 27 de maio de 2018

Boletim 420.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O intrometimento.
Costumo chamar uma amiga de intrometida. Ela é interrogativa, somando uma pergunta sobre outra. Perguntas sobre detalhes, e detalhes pertence ao Roberto Carlos. Nossas perguntas devem ser sobre ciências, tecnologias, negócios, mas sobre a vida não adianta perguntar, ela não nos pertence, pertence a Deus, que aqui nos colocou sem perguntas, e se aqui estamos não é por nossas vontades. Vontade do Papai e da Mamãe? Talvez. Creio, entretanto, que a vontade é superior, muito além de todos nós. Viemos com obrigações a cumprir? Para mim, elas estão escritas nas Tábuas. 
Olha, eu comecei falando da amiga perguntona, e percebo que quem está cheio de perguntas, sou eu mesmo. Sem interromper a "matutagem" sigo meu caminho, na busca de deixar uma mensagem, apenas com afirmativas, rogando a Deus que elas estejam certas. 
Minha mensagem: Ninguém faz a vida. Não façam acontecer. Deixem acontecer. A vida é que nos faz. 

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Boletim 419.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O medo II.
De certa forma é possível vencer nossos medos. Aristóteles nos deixou escrito há mais de 2.300 anos, um texto que merece nossa meditação:
"Ninguém é dono de sua felicidade, pois não somos donos de nossos desejos. Só existe uma razão para nossas existências - nós mesmos. A única meta que existe em nossas vidas é a PAZ INTERIOR. Temos que abraçar os objetivos que se encontra ao nosso alcance. Não há felicidade sem esforço - é necessário trabalhar muito. Acredite que não estaremos sozinhos em nossas caminhadas, um instante sequer... se nossos passos forem dados em busca de JUSTIÇA E IGUALDADE.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."

                                                             Aristóteles

domingo, 20 de maio de 2018

Boletim 418.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O medo.
Realmente serão muitos os elementos que destroem a felicidade, mas o maior de todos é o MEDO. O maior de nossos objetivos é vencer o medo, pois ele é o responsável por nossos fracassos, nossas doenças e até mesmo as más relações com nossos semelhantes. Temos medo de tudo, e Joseph Murphy nos afirma que nascemos apenas com dois medos: o de cair e o medo do barulho, todos os demais são medos adquiridos. Temos de nos livrar deles! 
Minha mensagem vem da Bíblia: "No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor"

sábado, 19 de maio de 2018

Boletim 417.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Poder.
No dia a dia de nossas conversas o assunto maior tem sido o PODER. O poder corrompe. O poder destrói. Ele é perverso!  Ele destruiu o Lula e todo o PT, assim como destruirá todo o egoísta. Não há quem discorde destas afirmações. Pois bem, foi necessário ouvir aquele padre negro e culto, comunicativo e carismático, quando do casamento do príncipe Harry com Meghan, para lembrar que existe um outro poder, o do AMOR. Na verdade vivemos o momento da matéria, e nos acostumamos com o seu poder, esquecendo do poder espiritual, cuja expressão é o AMOR. Assim, aquele padre descreveu o PODER DO AMOR!
Minha mensagem: Vivam mais o espírito do que a matéria, ou ao menos busquem o seu equilíbrio. Não sejam materialistas.

domingo, 13 de maio de 2018

Boletyim 416.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Banco de Alimentos de Camaquã.
Uma vez por mês uma esquipe de voluntários camaquenses, liderados por rotarianos dos dois Clubes de Rotary de Camaquã, promovem arrecadação de alimentos em quatro supermercados da cidade. Um momento de trabalho digno, quando executamos a essência do movimento rotário, SERVIR. A periferia de nossa cidade está cada vez mais carente, onde muita gente, principalmente crianças, passa fome. Dedico parte de meu tempo na porta de um dos supermercado, pedindo comida aos clientes que ali chegam para fazer seus ranchos. Ocorreu me encontrar com um velho amigo, que ao me cumprimentar disse: "Seu Luiz, o que está fazendo aqui?" respondi de pronto: "Estou trabalhando para Deus, hoje ele é meu patrão, pois busco matar a fome de seus filhos necessitados". Ele me olhou com respeito, saindo sem dizer nada, mas na volta trouxe dois litros de leite, dizendo: "Fiz a minha parte". 
Minha mensagem: "Só seremos felizes fazendo a felicidade de outra pessoa".

domingo, 6 de maio de 2018

Boletim 415.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Bons exemplos.
Um filho abraça o pai e depois diz: "Sabes como serás lembrado?" - "Não faço ideia" foi a resposta. O filho então concluiu: "Pelos exemplos que nos deixaste".  Um momento de grande emoção, quando o pai já "basteriado" pela idade sentiu que sua vida não foi inútil. É aquilo que já escrevi em boletim anterior - "deixem continuidade" - o que concretamente representa FAMÍLIA. Viemos ao mundo não só com a oportunidade de reproduzir, mas principalmente para darmos bons exemplos àqueles que vierem de nós. Deus nos deixou tudo gravado nas Tábuas da Lei. Pena que elas não estejam ante nossos olhos ao menos uma vez por dia. 
Minha mensagem: A vida é bela. Façam que ela seja bela aos vossos filhos.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Boletim 414.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Os Lusíadas.
Lembranças ruins também fazem parte do passado, pois os Lusíadas, com seus "sujeitos" ocultos foram um tormento para mim. Meu professor de português, Godofredo Fay de Macedo, era um zarro professor, e apaixonado pelos "sujeitos" escondidos em 8.816 versos da grande odisseia atormentava os alunos na sua busca. Era uma terrível odisseia. Até que encontrei a triste história:
Quando sua nau naufragou na costa de Goa, no retorno das Índias, Luis Vaz de Camões viu sua escrava Dinamine, ela seu grande amor, morrer ante seus olhos por ter escolhido salvar os Lusíadas, abandonando a linda amada. Vejam como era bom ser machista naquele tempo - escrava, amante, empregada, companheira - uma barbada (hoje virou, elas estão nos escravizando). Então ele escreveu belos versos, com o "sujeito" bem presente:


Alma minha gentil que partiste, tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no céu eternamente, e viva eu cá na Terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo onde partiste, memória desta vida se consente,
não esqueças daquele amor ardente, que tão puro nos meus olhos viste.

E se vires que pode merecer-te, alguma coisa da mágoa infinda de perder-te, roga a Deus que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo dos meus olhos te levou.


domingo, 22 de abril de 2018

Boletim 413.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O silêncio.
Outro dia assistindo uma reportagem de dois gremistas, surdos e mudos, fiquei matutando. Deus, como deve ser claro e límpido o pensar de um surdo. Eles não se perturbam. Não há carro de som que os atrapalhem. O dormir de um surdo deve ser algo inimaginável. Os momentos mais agradáveis de minha vida é quando consigo um silêncio. Nem precisa ser total, pode ser interrompido pela voz da natureza. Até um assustador relâmpago não fará mal, melhor ainda pelo cantar de um pássaro ou o murmurar de um córrego. De certa forma sou um pouco surdo, o que me faz lembrar de minha querida sogra: "Meu filho agora vou dormir. Tiro fora meu aparelho auditivo, e nada irá me perturbar". É fácil superar nossas deficiências físicas se mantivermos a esperança de viver. 
Minha mensagem: Não se queixem daquilo que está faltando.

sábado, 14 de abril de 2018

Boletim 412.

ABRINDO E FECHANDO A POREIRA.
O amargor.
Por que tanto amargor? Por que azedar nossa alma todo o dia? Sei, todos nós sabemos, é a tal de política, a tal de insegurança, os tais de noticiosos. Só coisa ruim. Difícil assistir uma cena alegre, um sorriso na cara. Só mesmo nos "reclames". A gente caminha na rua e só vê cara amarrada, olhares assustados, pessoas correndo. Parece que o mundo perdeu a calma. Ah! Se vocês pudessem assistir meu velho tempo de jovem! Primeiro, ninguém tinha pressa. O tempo não tinha fim, pois ninguém tinha medo. Creio que há um certo exagero nas atuais pessoas. Se pararmos para pensar, o amargor não está tão próximo de nós. São desastres que acontecem lá longe, e colocamos aqui tão perto do nosso viver. Dá para sorrir, apreciar o calmo outono, as vitórias de nossos times, o desfolhar do tempo, um alegre sorriso e, o prenúncio de um amanhã que certamente vai existir. 
Minha mensagem: Sorrides. A vida é bela.

domingo, 8 de abril de 2018

Boletim 411.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O desfolhar do tempo.
Assim como caem as folhas do outono fico lembrando das "folhinhas", que caiam diariamente lá num outro tempo. Tempo que a saudade faz doer. Era um bloco grande de "folhinhas", que a gente arrancava todo fim de dia, de um quadro colorido pregado numa parede, e que hoje chamam de calendário. Dia por dia, ano por ano, década por década, até assistirmos o fim de um século, e o fim de um milênio. Fomos privilegiados por Deus, a quem devemos render graças. Quantos sucumbiram antes do novo milênio? Nós ainda estamos vivos. Senhor nosso Deus, rendemos preces por Ti e pelo caminho da Paz e Amor que semeaste no Mundo. Obrigado Senhor.
Minha mensagem: Amem a si próprios, para poderem amar a vida,.

domingo, 1 de abril de 2018

Boletim 410.


ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.

As interrogações.
Lá por início de 2016 fiz várias interrogações para dentro de mim mesmo, não tendo recebido nenhum questionamento. "O que viemos fazer aqui?" "De onde viemos?" "Quem somos?" "Para onde vamos?" 
Daí estou repetindo a última interrogação, já que estou me contestando. "Para onde vamos?" Mas e aqueles que não deixam descendentes, para onde irão? 

Para onde vamos? (O boletim 263)
Vou encerrar as interrogativas, voltando àquela que mais me preocupou - Para onde vamos?
Escrevi numa outra: "No final daquele helicoidal colorido (DNA) encontrarão Deus". Bem, vou dizer para onde eu irei. Vou para onde forem meus genes! Cuidem para não interromperem a continuidade de vocês. Estarei sempre presente naqueles que vierem de mim, conduzindo meu DNA, pois nele está presente Deus, visto que Ele me fez à Sua semelhança. Eu estarei nEle, como Ele estará em mim. Não serei eterno, mas sou fruto do amor, que é eterno.

Minha mensagem: "Quem ama Deus não morrerá".

quarta-feira, 28 de março de 2018

Boletim 409.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Meu brinquedo.
Devo reconhecer que velho se aproxima de um tempo que foi criança. Isto me faz reafirmar que tudo continua, ou que o fim não existe. Meus filhos me presenteiam, e dizem que se trata de brinquedos. Pois agora me presentearam com um carro lindo de viver, que encanta meus dias, na descoberta de suas novidades. Ontem descobri que este meu brinquedo tem um refrigerador. Não gela, mas refresca. Certamento tem mais, que vou descobrindo, e fazendo o encanto do velho-criança. Viver é bom, basta a gente não se queixar das pequenas coisas.
Minha mensagem: Fiquem velhos. Também é bom. Mas, com saúde física, mental e espiritual. Difícil...

quinta-feira, 22 de março de 2018

Boletim 408.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O objeto e o gesto.
Meu neto Ramiro pelo celular - "Vô estou chegando com teu carro novo". O carro era um semi-novo, mas para mim era um novo, já que o meu carinho roubado era datado de 1995. Luzia num azul escuro, um Eco Sport, conforme foto abaixo. Quando informei o Luis Mário que haviam roubado minha Versailles, ele disse - "Uma notícia triste, que não me entristece. Aquele carro já era. Deixa comigo e o Irmão (Luiz Fernando Júnior). Então ao receber o carro coube a mim dizer ao Ramiro - "Não estou vendo o objeto. Estou vendo o gesto. Passei minha existência preocupado com meus filhos. Agora entendo que chegou o tempo deles se preocuparem comigo. Ramiro, te abençoo, rogando a Deus que também assistas um dia em tua vida, um momento lindo como este meu."
Minha mensagem: Deem amor aos vossos filhos. Um dia este amor será retribuído.



sábado, 17 de março de 2018

Boletim 407.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Caráter.
"Caráter é o que você é, quando ninguém está olhando". Encontrei a frase em algum lugar, e a guardei por achar que tem conteúdo. Fiquei matutando. Meu caráter não me foi dado por Papai ou Mamãe. Ele faz parte da minha constituição física, a minha mente. Se sou bom ou rim é uma questão de percepção da minha mente. Será mesmo? Gostaria que um profissional da área metesse o bedelho nesta conversa, dando mais luz, mesmo me contestando. O que não pode nos faltar é coragem para nos interrogar. As interrogações continuam desvendando os mistérios do Mundo. Também não dá para ficar todo o tempo se interrogando, temos de tomar um caminho.
Minha mensagem: Interroguem-se. Cada vez que derem um passo, perguntem se estão no caminho certo. 



domingo, 11 de março de 2018

Boletim 406.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Férias do velho.
Já escrevi por aí que é difícil velho tirar férias. Pudera, ele está permanentemente em férias! Descansar do que? Problemas não cansam, só atrapalham, e creio mesmo que é bom conviver com eles, pois quem não tem problemas é porque já morreu. Então, vou tirar férias só para mudar as paisagens, que por mais bonitas ou agradáveis que sejam, elas também cansam. As férias serão em março, ou até mesmo abril, que é mais calmo, sereno, céu azul, bem como pensamento de velho. O comércio não está tão nervoso, e assim fica mais barato. As estradas então, estão vazias, facilitando a direção do velho.
Minha mensagem: Tirem férias. Se a grana está curta, que seja só quinze dias, ou uma semana, até mesmo que seja um fim de semana alongado.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Boletim 405

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Trilhas ou trilhos.
Outro dia saí à pé campo à fora, caminhando sem destino e descortinando distâncias, na longa trilha da existência. Vou deixando um sulco profundo, percorrendo um caminho de Paz e de Respeito, dando-me conta que esta trilha já existia no passado, palmilhado por meus ancestrais, que me ensinaram a arte do viver, quando me amaram e me respeitaram.
Achamos que criamos alguma coisa, ou mesmo modificamos algo, mas certamente tudo está escrito. Devemos é permanecer nos trilhos, respeitando as Leis Divinas, cuja essência é o amor, aquele  amor que Cristo nos mostrou ao nos perdoar.
Apparício Silva Rillo nos deixou em sua poesia "Infância", uma mensagem de vida:
"... na longa trilha da vida, que só se cruza uma vez, uma só vez, porque a vida é como uma sanga, tem uma só direção, e a gente mal comparando é como uma folha ressequida, na tal sanga da vida vai levada de roldão".  

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Boletim 404.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Galpão do Galo Velho.
A distância nos ensina muita coisa, e uma delas se chama paciência, que é o primeiro passo para se chegar na tolerância. Tolerância é um porto imenso, buscando horizontes ao trasportar os fardos do saber. Quando a carga está completa, navegamos nas brumas suaves do tempo, buscando um futuro bem próximo, que é o alimento da esperança viva, igual a sonho de criança. 
Meu Galpão do Galo Velho é dentro de teu chão de simplicidades, que meu navegar se acalma e se aninha nos perfumes de tuas fumaças, carregadas de amor dos meus ancestrais, que plantaram as raízes de teu lenho agora transformados em cinzas.
Minha mensagem: Naveguem. Eu naveguei. Faz bem para a alma.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Boletim 403.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Férias.
Como está difícil tirar minhas férias. Acho que é pelo fato de estar em férias permanentes, e não estou acostumado com isto. Sempre fui bastante ativo, e hoje minha atividade se resume em viver minha Jane. Depois da sua labirintite, até banho tomamos juntos. Claro, é um banho diferente de outros banhos de tempos atrás, muito tempo atrás. Reconheço, entretanto, que eles têm sido salutares, física e emocionalmente, na confirmação de que a verdadeira amizade é a pureza do amor. Um cuida do outro. 
Mas voltando às férias. Acho que o difícil e ver todo mundo em férias. A cidade vazia, lugares para estacionar o carro, as filas bancárias terminaram, e ir no barbeiro é uma barbada.
Minha mensagem: Velho deve tirar férias em março. Bastante lugar para armar a barraca. Tudo calmo, silencioso, barato, coisa pra velho mesmo. 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Boletim 402.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O desapego.
Concluo a leitura de um romance de Francisco Azevedo, que se chama "O arroz de Palma". Na página 265 encontrei:
"Jovens, queremos o impossível, e isso é bom, porque o desatino nos dá preparo físico e fôlego para a realização de nossos sonhos. Adultos, aprendemos aos poucos a nos contentar com o possível - o sucesso possível, a saúde possível, a beleza possível, a ousadia possível - e isso é bom, porque a moderação nos vai ensinando o desapego necessário para, chegada a hora, podermos deixar a vida que é vigorosa e linda demais."
Peço para lerem mais uma vez o texto, que trata da vida de um homem de 88 anos de idade. Meditem profundamente sobre ele. Aliás, peço que comprem o livro, uma das melhores obras que já li. Agradeço de público (que sei ser pequeno, mas maior do que as caravanas do Lula)  ao amigo Ignácio Mahfuz, que me presenteou, enviando-o lá da terra santa de Vacaria, onde chegarei com meu amigo "bandoneonista", Dr. Paganella.
Minha mensagem: O apego nos afasta da vida ultraterrena.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Boletim 401.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Carnaval.
Nada melhor do que aprender na Wikipédia. Lá encontrei que carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Também está lá que ele é um festival do cristianismo ocidental. Eu até nem sabia que existia cristianismo do ocidente e do oriente. Tomara que não tenha o do norte e do sul. Meu amigo Dr. Pharol contou que ele existia muito Antes de Cristo, e que fervia mesmo lá no Egito. A coisa era mais no sentido de bacanal (Baco ou orgia), então, isto não mudou muito, apenas se aperfeiçoou. É a tal da tecnologia. O que mais gostei de saber, é que já naquele tempo, usavam máscaras para manterem um "sentido elevado de unidade social" (da Wikipédia).
Não vou dar minha mensagem para vocês, mas vou dizer que Carnaval é uma maravilha para os velhos. Eles fogem do barulho e alimentam o espirito, no silêncio calmo da alma.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Boletim 400.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Banco de Alimentos de Camaquã.
Hoje distribuímos alimentos nas vilas, Getúlio Vargas e Banhado do Meio. Fabiano Varela de Carvalho e Jorge Silva foram os Parceiros-Voluntários. Meu coração ainda está amassado e com taquicardia. Foi um belo esforço, principalmente do alegre e dedicado Presidente Fabiano, ofertando seu carro com todos seus custos na distribuição dos alimentos. Incrível a pobreza em nossas vilas! Uma mulher com dez filhos, uma só perna, numa casa com duas peças. Um paraplégico esquelético. Uma mulher com três filhos e, hematomas no rosto causada pelo marido. Não relato mais nada para vocês. Ajudem-nos.
Minha mensagem: Não se queixem de nada, e agradeçam à Deus por tudo que receberam.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Boletim 399.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O apego. 
Por vezes creio ser o maior problema da humanidade. Maior que o próprio Lula. Justamente o apego é que nos desprende da vida ultraterrena. Lá é que viveremos eternamente. Eu não sei o que seja eternidade, que por vezes me assusta. Quem sabe crês que tudo termina com nossa morte? Eu afirmo sempre que o fim não existe. Claro, precisas primeiro crer em Deus. Convivo há sessenta anos com quem se apega desesperadamente ao Lar. Lar não é os objetos dele. Por vezes me passa pela cabeça o que aconteceria com ela, se o fogo consumisse tudo, deixando apenas nos dois sadios fora do Lar. Os filhos desde muito foram embora, e com eles os netos. O apego não deve existir nem entre nos dois, pois um irá antes do outro. Quem sabe Deus nos faz partir juntos?
Minha mensagem: Tenham apego apenas à Deus!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Boletim 398.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
26 de janeiro de 1898.
Nascia o primogênito do casal, Cel. Ney Xavier Azambuja e Faustina Pereira da Silva Azambuja, na Fazenda da Invernada. Foi o primeiro dos treze filhos do casal, e no ano seguinte a Marieta, e os outros lhe seguiram, sempre um por ano. Era outro tempo, quando não se fazia conta do tempo. Contavam apenas os anos, hoje se conta os minutos.
Achei um velho escrito do seu centenário, inserido abaixo. É longo. Eu não leio nada longo, assim dispenso vocês.


Meu velho Campeiro, Pai e Companheiro Mário Silva Azambuja. Escrito no teu centenário de nascimento – 26 de janeiro de 1998.



Sei que a campeirada é das brabas, pois vamos voltear a Invernada do Esquecimento. Ao passo lento, buscando pelo picaço, me treme o bucal na mão, como quem penetra a bruma do tempo. São porteiras pesadas, como a me dizer que entro em campo alheio, mas te encontro na beira do fogão galponeiro, envolto de paz e luz, chimarreando o doce líquido do descanso eterno. Só a força do amor seria capaz de permitir minha aproximação.          
Volteamos o rodeio da lembrança de meus primeiros galopes, quando senti tua austeridade paterna. Foi nela que encontrei a têmpera para enfrentar as intempéries da vida. Sei meu companheiro, era outro tempo, quando só havia a força do braço na dura luta pela sobrevivência, que não conhecia cansaços. Mas meu trote infantil se assustava com teus galopes rápidos e destemidos. Aprendi a obediência quando recebi este freio pesado, que a vida na sua ciência, nunca mais me permitiu deixar de lado. Lembrei quando afirmavas que ela é uma luta constante, para aqueles que aceitam o desafio de buscar um ideal. Pois te atropelando na idade, perdi o medo do final, pela linda e profunda trilha que deixaste no varzedo da existência, como um farol a me indicar um destino.
É incrível como tanto tempo depois, ainda me assalta a vontade de dar de rédeas para trás. Não para viver mais, mas para trotar ao teu lado outra vez, mudando o rumo de alguma coisa, ou simplesmente o tom da conversa. Com todo aquele carinho que nos unia, permitimos um “mundão” entre nós dois, esquecendo de desfrutar os bons momentos das descontraídas mateadas, dos tentos frouxos de uma pescaria, e de um simples dizer: “Eu te amo”.
Mas vou sair deste tranco duro, mudar de rumo, falando de coisas boas, esquecendo até mesmo os Niños e os Diablos que se abatem por aqui. Teus dois filhos, três netos, cinco bisnetas, e um bisneto, todos lindos e gordos. Queres mais? Tua verde Sant’Anna, mesmo com toda a luta contra os “leoninos”. Teus muitos Companheiros, amigos e parceiros. Verdade que outro tanto se mudou de querência, quem sabe pela propaganda que fazem desta tua Invernada aí de cima.
Outro dia lembrei de ti ao ler a lista dos partidos políticos que inventaram. São 29 com as mais misturadas letras, onde encontrei até um P.L. igualzinho ao nosso, mas só no nome, pois em ideal só mesmo aquele parlamentarista. Lembro o quanto peleaste ao enterrarem cinco ou seis partidos, dizendo que eram muitos, para fundarem somente dois, matando nosso PL.
Bueno meu Campeiro, Pai e Companheiro, foi uma charla complicada, meio sem começo e será sem fim. Não dá para entender muita coisa, mas não podia deixar passar o cavalo encilhado, sem uma mensagem. Tinha muito mais para te contar, mas me despeço com a certeza que nos aproximamos, encurtando distâncias, onde soubemos fazer amigos, na oferta da fraternidade. Amar não é para quem quer, é para quem soube ser humilde e verdadeiro como tu, para quem mais ofertou do que pediu, para quem mais trabalhou do que descansou, para quem mais se resignou do que reclamou e, principalmente, para quem muito mais amou do que odiou. Assim te guardarei na lembrança, ofertando meu respeito, no pedido de tua benção.
Teu filho
Luiz Fernando Azambuja

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Boletim 397.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados? IV
Preparados para o novo Brasil? Sim, um Brasil consciente, justiceiro, honesto, progressista, trabalhador, sadio moralista, culto e feliz! Tudo isto sonhamos ontem, ao assistir nossa justiça mostrar, que ela funciona neste País. Fico com vontade de decantar o Dr. Sérgio Moro, mas o que temos de decantar é o preparo cultural e moral da magistratura brasileira. Já escrevi lá atrás, que fico triste quando agridem a moral de juízes das nossas cortes, mesmo sabendo que existem poucas exceções. Felizes também ficamos ao saber que a pretendente ao Ministério do Trabalho, não pode assumir porque tem condenação trabalhista. A política não pode estar acima da lei, ainda mais leis que a própria política criou.
Minha mensagem: Vamos nos preparar. Tudo está em nossas mãos.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Boletim 396.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados? III
Ainda não vi ninguém preparado para desfilar nas ruas de Porto Alegre no dia 24, em contraponto à camarilha do Stédile! Difícil crer que iremos assistir de camarote, a vergonha de alguém querer impor justiça (?) ao Lula. Detesto escrever sobre política, que por si é um assunto sujo, mas não me aguentei. Por mais que falem mal da nossa Justiça, no mais profundo de mim, sinto firmeza - Ela está funcionando! Nunca, mas nunca mesmo, se viu tanto colarinho branco na cadeia! Toda nossa transformação começará com a justiça. Aqui tudo se fazia e nada se pagava, agora eles estão com as "barbas de molho". 
Minha mensagem: Deixem o Lula disputar a eleição! Vai ser uma lavagem! Só assim esta camarilha se acaba...

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Boletim 395.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados? II
Não me refiro em estar preparados para ver o Brasil mudar, e sim preparados para assistir nossa própria transformação. Isto só se faz com educação e cultura, onde nosso País é tão carente. Sabemos que isto é decorrente da desigualdade social, como sabemos que as ideias politicas socialistas não resolveram o problema no Mundo todo, mas só a liberdade  com oportunidade resolverá. Minha turma de ginásio, do Colégio São João Batista, das Irmãs Bernardinas aqui de Camaquã está completando 68 anos de formatura, e pasmem, tínhamos uma matéria: "Estudo Cívico e Moral", ou coisa parecida. Será que os alunos de hoje ainda são preparados para amar a Pátria, berço de nossas famílias? Nosso Brasil é o reflexo do que são os brasileiros. Cada vez que escuto uma queixa da nossa Pátria, tenho vontade de gritar "Onde erramos?" Claro que foi na escolha.
Minha mensagem: Com 84 anos ainda estou me preparando, e até  mesmo no momento final, posso melhorar. Preparem-se. 

sábado, 6 de janeiro de 2018

Boletim 394.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Preparados?
Espero que ainda não estejamos, assim teremos mais tempo para a nossa preparação. O aprendizado é longo, e dizem alguns que será necessário retornar para concluir o curso superior. Um ano novo esta chegando, que de novo terá apenas a nossa preparação. Dizem os economistas que alguma coisa está mudando no País, e esta coisa se chama "nós mesmos". O Brasil não mudará sem que o brasileiro mude. As urnas serão as ruas, onde o brasileiro de consciência limpa e pura, irá gritar um nome de ficha limpa, culto e preparado para nos governar com sabedoria. Vejam que até mesmo o povo americano, decantado como culto, elegeu uma "criança". Tempos atrás nós elegemos um, e uma analfabeta. Vamos nos preparar, e me atrevo em afirmar, que a maioria não sabe ainda em quem votar. Eu não sei.
Minha mensagem: Confia em alguém mais sábio do que tu e te questiona. Não vais errar novamente!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Boletim 393.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O Mundo.
Quando o Mundo foi criado no dia 12 de novembro de 1957, às 18 horas na Igreja da Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre, éramos apenas eu e minha Jane. Claro, tinha um monte de amigos e parentes, mas não víamos mais ninguém, éramos apenas os dois. O tempo passou, e com ele a construção de uma bela família, saudável e feliz, filhos, noras, netos e um monte de amigos. Agora, sessenta anos passados é primeiro de janeiro de 2018, e estamos apenas os dois na cidade de Camaquã, com o Mundo parado. Até o Sol encabulou e não mostrou a cara. Os foguetes silenciaram e a festa acabou. Amanhã nascerá um novo dia, igual aos demais que passaram e aos que virão, e irá continuar em sua marcha incessante e inacabada, pois o fim não existe, tudo recém está começando.
Minha mensagem: Tenham saúde, creiam em Deus e amem o próximo.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Boletim 392.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Natal II.
Ainda bem que ele passou. Passou com sua tristeza. Não sei porque a humanidade conseguiu transformar o momento mais lindo e feliz de todos os tempos, o nascimento do menino Jesus, em tristeza. Não consigo ficar feliz junto das pessoas que mais amo no Mundo. Nunca magoei meu Pai terreno, mas meu Pai Celestial tem sentido meu afastamento, de quando em quando, ao beber da doçura da vida, Ele que me deixou um caminho tão lindo e bem iluminado.
Agora nos resta esperar a alegria da festa de Fim de Ano, como também esperar pela alegria da Festa da Páscoa, que deveria ser um momento de tristeza, tendo a humanidade transformado em alegria. São os opostos da vida, e um nunca viverá sem o outro. Infelizmente.
Minha mensagem: O sofrimento não mata, ele te constrói. A alegria pode te matar.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Boletim 391.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A Vila do Duro.
Parece que ela será para sempre a Vila do Duro, pois ontem a noite gritei três vezes pelo Picurra. A maioria de vocês não vai entender, mas quando faltava nossa luz, que era fornecida por um locomóvel, a gente tritava pelo Picurra (nome do chefe da locomotiva). Uma oração que pouco funcionava. Querem ver como ela é ainda uma Vila? Quando o Real Madrid fez aquele gol no Grêmio, muitos colorados vilarejos soltaram foguetes, sem entenderem que não era só o Grêmio que jogava, era todo o Meu Brasil Brasileiro. Paixão faz mal. Eu que o diga quando era apaixonado pela minha Jane. Hoje somos apenas amigos, e como é legal!
Minha mensagem: Não façam como eu. Nunca se queixem de sua cidade. Por mais que aquela Vila me tenha sido agradável no seu silêncio e respeito, me ensinando a viver em comunidade, devo também respeitar minha Camaquã de hoje, no seu belo desenvolvimento barulhento.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Boletim 390.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Natal.
Não adianta. Eles antecipam o Natal para ganharem dinheiro. Já trabalham o Natal no mês de novembro, tamanha é a pressa. Papai Noel é amor, é renascimento, é esperança, é aproximação do Novo Ano, é a despedida de um ano velho, na certeza de que o novo será melhor. Esse que se acaba foi igual ao outro que já passou, e não será tão diferente do que está por chegar, desde que não nos roube amores! No fim de todas as contas a somatória será sempre o AMOR. Papai Noel é a sólida construção da família, que indubitavelmente é a raiz fecunda do AMOR. Nosso Papa Amigo Francisco não cessa de mandar esta mensagem, que o Galpão do Galo Velho pede para vocês não desprezá-la.
Minha mensagem: Rezem! Se esqueceram de como se reza, busquem o silêncio que mora dentro de cada um e se ofertem!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Boletim 389.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Quem sou eu? II
Simplesmente acho que não sou. Aquele que acha que é constrói alguma coisa em seu favor. Aquele que é faz aquilo que gosta, e renuncia favores. Aquele que é pensa mais em si que nos outros. Aquele que é materializa, e esquece da espiritualidade, achando que tudo é obra exclusiva sua, se endeusando.
Não pensem que seja vaidade deste escrevente, mas eu não sou. Talvez seja o lema do meu Rotary "Dar de si antes de pensar em si". Talvez os preceitos de minha Ordem Maçônica, ou até mesmo o trabalho profícuo no meu Banco de Alimentos de Camaquã. Também meu voluntariado dentro do Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã, na Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Camaquã, na Querência dos Poetas Livres Vilmo Medeiros. Estas instituições fazem parte de mim, mas muito acima delas está minha amada, de 60 anos de convivência matrimonial, na permuta de amor, respeito e amizade. 
Minha mensagem: Mesmo não sendo, sou muito feliz, descobrindo que nada da vida me pertence, além do amor.

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”