Fazenda da Santa Tereza - 4.
Permitam que comece com Balbino Marques da Rocha, no seu poema "Laço de quatro tentos", que diz lá no meio: "Do arreio fez o seu trono, da crença xucra o destino, abarbarado e teatino, mais teimoso que um gavião. Foi mais solto do que os ventos, mais livre que os pensamentos, mais sem dono do que o chão". Assim foi o grande gaúcho Lauro Azambuja, que em 1958 sofria um AVC, um edema pulmonar agudo e, mais uma embolia, tudo em menos de uma semana. Pois resistiu, e ao se recuperar, com o carinho da enfermeira Lili, encontrou nela a sua segunda esposa. Impossibilitado de trabalhar, felizmente encontrou no irmão e sócio, Cel. Dário Silva Azambuja, o amigo na hora difícil, passando a Fazenda da Santa Tereza à sua administração, e quando de sua morte, em 27 de novembro de 1973, não tendo deixado herdeiros diretos, Dário assumiu a posse da fazenda, após a partilha dos seus bens, entre os herdeiros colaterais.
GALPÃO.
Tio Dário no Galpão.
Esta visita está registrada lá num dos livros do Galo Velho, em data que já se perde no tempo. Ele entrou com um rebenque na mão direita, seguro pelo dedo "Pai de Todos", dizendo que assim seu pai, e meu avô Ney o carregava. Presenteou-me aquela peça preciosa, feitio do velho Ato Azambuja Barbosa, e que hoje faz parte do acervo das peças campeiras do meu filho, Luis Mário. Naquela mesma oportunidade contou-me no galpão, que o primeiro aramado construído no município de Camaquã, foi na Fazenda Flor da Praia, propriedade de Bellinho Netto, filho do caudilho Zeca Netto, e construído por um tal de Taborendengui.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Malaquias 3:3 - Uma história da Bíblia.
"E assentar-se-á como o fundidor e purificador da prata..."
FECHANDO A PORTEIRA.
Segurando o amor.
É preciso que vocês prestem atenção no que vou escrever.
-Ele a ama. Ama profundamente, mas não lhe entrega aquele imenso amor que carrega dentro do peito. Pode? Eu vi, pois presto atenção na vida. Coisas de velho. Não é só ele. É um monte de gente, e espero que vocês não se encontrem entre elas. Certas pessoas julgam "preservar" dentro delas, aquilo que sabem ser "ouro alquímico", e que julgam sua propriedade. A diferença é que o amor não tem dono. Não nos pertence. Vejam que estou falando do verdadeiro amor, aquele sem egoísmo, portanto, de algo que é propriedade do outro, pois por direito, deve ser recebido por ele, que "construiu" aquele amor dentro de nós. Quem escreve viveu no tempo do "puro machismo", quando a arrogância e o egoísmo predominavam nas relações humanas. Sejam humildes, pois a entrega de nossos sentimentos não nos fará falta. Quanto mais se dá, mais se recebe. Uma lição de Cristo, que a humanidade está esquecendo.