Fazenda da Santa Tereza nº 2 - A sede.
Lauro Azambuja, pouco antes da 2ª Grande Guerra Mundial, construiu a atual sede da Fazenda Santa Tereza, beneficiado pela parceria agrícola com Adriano Scherer, e a firma Luiz & Azambuja, da qual detinha 1/3 de suas cotas. Foi seu construtor André Lempek, contando com o trabalho de dois amigos, Sady Scherer, e um alemão, que só lembro ser chamado de Becker. Enquanto a obra evoluía, morou com a esposa Maria, na "casinha", que ainda hoje existe, no mesmo alinhamento da Casa Grande. Lauro caracterizava-se por ser um homem sensato. Tanto, que o pai, Cel. Ney, deixou com ele a administração da grande fazenda. Era um exímio cavaleiro, como todo o Azambuja, principalmente no "pealo", arte campeira de grande utilidade, pois não havendo bretes, era nele que se imobilizavam os animais nas saídas das mangueiras. Minha formação moral deve muito a este homem, com quem convivi por muitos anos, lado a lado, e seus ensinamentos foram riquezas muito maior, do que toda herança que me aquinhoou.
Esta é a sede da Fazenda Santa Tereza, única que possuo, quando de uma reunião do Cite 9 - Cel. Dário Silva Azambuja, em 2001.
GALPÃO.
A visita do "Dono do chão".
Assim ele foi apelidado por não arredar pé do Galpão do Galo Velho, e amá-lo tanto quanto eu - João da Silva Vigano, meu capataz por 30 anos, e meu amigo pra vida inteira. Pois "veraneou" por lá, abrigado na casa do Ercílio, que agora passou a se chamar casa do João e Noeli. No seu costado a companheira amiga de sempre, Dona Noeli Rocha Vigano, acarinhados pelos netos - João Vitor, Jéssica e Bruna. Faltaram as crianças grandes - Jones, Liandra, Jussara e José Luiz, mas ficaram de voltar. João virou num engenheiro, inventando um banco desarticulado, que presenteou o galpão, e mais um queimador de incenso, verdadeiro presépio do Menino Jesus.
- João, o Galo Velho te abençoa, junto de teus familiares.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Férias.
Pois me contaram, que a maior incapacidade do homem é não descansar. Isto quer dizer não tirar férias. E agora José? Como tirar férias numa "roseta" dessas? Ainda não podemos nos queixar, pois as chuvas têm sido razoavelmente distribuídas, e nossas lavouras, mesmo com alguns problemas, ainda nos dão esperanças. "Só se perde tudo, quando se perde a esperança". Então, vamos tirar férias, mas o problema é que não se descansa "em cima" do serviço, temos que sair para o mais longe possível. Distante dos problemas, certo? Que seja! O resto que se dane, em primeiro lugar a saúde e a família.
FECHANDO A PORTEIRA.
Não vou reclamar!
Ultimamente esta tem sido minha mais difícil missão. Não vou reclamar de mais nada! Dei-me conta, que as minhas reclamações faziam mal apenas para mim. Meu interior sofria, sem produzir resultado algum em meus contendores. Vou fazer algumas considerações:
1- Com minha esposa, de 53 anos de felicidade conjugal. "As minhas reclamações produziam fortes argumentos por parte dela, acabando sempre em discussão".
2- Com meus filhos de forte amizade, de mais de cinquenta anos. "Por estar velho e considerado fora do tempo, minhas reclamações não têm fundamentos, pois os filhos estão sempre com a razão".
3- Com meus netos. "Aí não existe nenhuma reclamação. Não entendo como tudo é tão fácil"!
4- Com meus amigos de velhas amizades. "Perdi alguns por minhas reclamações fortes, e alguns também me perderam pelo mesmo motivo".
5- Com os gerentes de bancos. "Minhas reclamações nunca surtiram efeito,nunca surtem e nem nunca surtirão. Nunca resolvi, e eles nunca terão soluções".
6- No trânsito com uma carteira de mais de cinquenta anos. "Só ouvi desaforo, e ainda agradeço não ter recebido nenhum tapa, ou tiro".
Agora objetivamente:
Fiz um trato com minha esposa - Os erros serão por culpa de nós dois. Um irá assumir o erro do outro. Não façam perguntas, estamos nas preliminares...
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