A oferta sem a procura.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Boletim 96
A oferta sem a procura.
domingo, 18 de março de 2012
Boletim 95
A Competição.
domingo, 11 de março de 2012
Boletim 94
O Carnaval.
GALPÃO.
O Calor.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
A moderna plantadeira.
FECHANDO A PORTEIRA.
A Páscoa.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Boletim 93
Felizes são aqueles que assim se sentem...
GALPÃO.
Madrugada.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Boletim 92
O tempo.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Boletim 91
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Boletim 90
O Terno de Reis.
GALPÃO.
Ainda o mate.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Boletim 89
Só erra quem faz!
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Boletim 88
domingo, 20 de novembro de 2011
Boletim 87
Os passarinhos e os insetos.
Pois não irei matar mais as moscas e mosquitos, insetos que infernizam a vida da gente. Creio mesmo que irei alimentá-los, perpetuando as suas espécies. Sabem por que? Bem, é uma curta história: - O Grupo dos Fisgados de Camaquã, pescadores, mas não mentirosos, que dentre eles tem três médicos, foi pescar no Amazonas, mais precisamente no Rio Negro. O primeiro fato a chamar suas atenções foi de não encontrarem por lá qualquer passarinho. Imaginem este fato em toda aquela exuberância florestal. Pergunta daqui, pergunta dali, quando lhe explicaram que as águas daquele rio são escuras, honrando o próprio nome de Rio Negro, e também muito alcalina, o que não permite a proliferação de insetos. Não tendo insetos, não tem pássaros! Entenderam? Vai ser brabo, mas estou a fim de convidar vocês a não matarem mais as moscas e os mosquitos.
GALPÃO.
Ainda o mate.
Tenho recebido alguns comentários sobre o mate, mas a maioria se refere a maneira de como fazer o mate, entretanto, já expliquei que não podemos interferir neste hábito, pois muda de uma região para outra. No boletim anterior falei da primeira Lei do Mate, e agora me refiro a sua segunda Lei: Ao se devolver o mate ao cevador, ele deve "roncar". Sei que muitas vezes ele está pesado, e fica difícil, entretanto, esta é a maneira de se "dizer", que não estamos devolvendo resto na cuia.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O Ferreiro.
Outro dia conversando com meu amigo Chapotão, advogado, veterinário, gaiteiro e campeiro, que nasceu Hamilton Santos de Paula Couto, ouvi dele a seguinte história: "Era uma vez um Ferreiro 'solto das patas', irrequieto e irreverente, um verdadeiro 'estrabulega', que não gostava de obedecer leis sociais. Pulava cercas em rodeios alheios, e era festas sobre festas. Mas, tanto fez que certo dia, ou por cansado ou iluminado, 'mudou de trilho', passando a orar e frequentar o Templo do Senhor. Aconteceu também, que daí para frente, seus negócios pioraram, perdeu um ente querido, adoeceu, se vendo em constantes apuros. Certo dia, um amigo não se conteve: 'Mas Ferreiro, desde que abandonaste 'a vida fácil', as coisas passaram a se complicar contigo. Onde estão as tuas orações?'. O Ferreiro lhe respondeu: Meu amigo, passei a vida malhando o aço, que da forja ia para a bigorna, passando aos golpes da água fria, se transformando no final, nesta linda e pura espada. Assim somos nós perante o Senhor, que depois dos sacrifícios, nos transforma em lindas e puras almas. Certos aços não resistem ao fogo e ao choque da água fria, e racham, ficando naquelas sucatas, que observas no lado de fora da oficina, e são jogadas fora, como as almas desprezadas pelo Criador.
FECHANDO A PORTEIRA.
Nosso ego precisa de alimento?
Outro dia certo amigo extravasou: "Estou com meu ego alimentado". Pensei muito na sua afirmativa. Que alimento será este? Pensem bastante antes da resposta. Eu já pensei vinte vezes, e acho que ainda é pouco. Certamente a maioria precisa de elogios, ou seja, reconhecimentos por seus feitos, suas habilidades, seus predicados físicos. Antecipo minha resposta, na afirmação do que sempre repito - tudo é de dentro para fora! O que vem de fora para dentro, além daquele arroz com feijão, não me alimentará, e qualquer destes alimentos não me fará bem. O único alimento que me fará bem será o AMOR que eu possa ofertar.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Boletim 86
Qual o sentido da vida?
Sei que será difícil para muitos lerem estas coisas "pesadas", mas creio que fazem parte da vida. Para aqueles que gostam de pensar, procurando outro caminho, que não seja o da "boa vida", peço me acompanhar num raciocínio simples: "o que levamos desta vida?" Poderão até mudar o sentido da frase: "o que buscamos nesta vida?" Antecipo-me à vocês: "busco amar a todas as criaturas, e só fazer o bem, desejando Paz e o Respeito, lema do Galpão do GaloVelho". Você crê em alma? Então Roberto Shinyashiki diz: "Escute sua alma, ela tem a orientação sobre qual caminho seguir".
GALPÃO.
Voltando ao mate.
Outro dia na beira de um fogo forte, no Galpão do Galo Velho, voltou a conversa do mate. Não gosto de comentar como se faz um mate, pois já tomei mate com um gringo, que fez uma "batida" da erva dentro do porongo, depois armou o mate, e que baita mate! Então, cada um que faça seu mate como melhor lhe prover, entretanto, nosso dever é manter as Leis do Mate. A primeira delas: "Mate não se pede". Tempos atrás recebi na Sant´Anna um amigo, que lá fora comprar uns terneiros. Trazia uma térmica de baixo do braço, e uma cuia de bom mate na mão. Terminou com a água, e pediu que esquentasse mais uma térmica para ele. Fiz, e entreguei a ele, sem que me ofertasse um só mate. Não me ofendi, pois mate não se pede, se oferta. Aquele amigo podia muito bem se sentir doente, buscando matear sozinho. Agora, se ele chegasse em minha morada, logo lhe ofertaria um mate, que é símbolo da hospitalidade gaúcha. Normalmente a gente agradece, quando nota que é mate de família. Numa roda de mate, entretanto, não se recusa o serviço a quem quer que seja, cabendo agradecer, em se notando que tem algum gaúcho "mal lavado".
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
A faca e o computador.
Observem a faca na "passarinha" do campeiro Galo Velho, estampada neste boletim. Ela era a ferramenta de ontem, que hoje foi substituída pelo computador. Não riam. Naquele tempo tudo era feito com a faca, "instrumento" do dia a dia, que cada um queria ter a melhor, como os computadores de hoje. Quando não era para carnear, depois de sangrar, era coureando, já que naquele tempo, morria muito bicho nos campos. Quem sabe para picar um fumo em rama, sovar uma palha de milho para o cigarro, abrir uma manta de charque, pelar o couro de um porco, para picar um bom toucinho, cortar um palito para os dentes, pelar um espeto, cortar uma guanxuma para uma vassoura. Churrasquear então, que era o que mais se fazia, as facas não descansavam. Hoje se vê pouco gaúcho com faca na cintura, pois os serviços acima referidos não existem mais. Até mesmo quando morre algum animal no campo, ele é enterrado como os defuntos, evitando as "carniças" e os urubus, animais "transmissores" das doenças. Viva os bons tempos modernos, como diz um amigo meu, mas jamais esqueçamos o passado, que nos construiu os dias de hoje.
FECHANDO A PORTEIRA.
O fim de mais um ano.
Pois entrando em um shopping de Porto Alegre, deparei com um verdadeiro Natal, o que me reportou ao fim de 2011. Ainda me parece sentir o gosto daquele espumante, quando da entrada deste novo século. Felizes de nós, que estamos assistindo, e que possamos ser agradecidos ao Senhor dos Mundos, que por ser Criador de Todas as Coisas, nos diz que nada nos pertence. Nem mesmo aprendemos a cultivar o verdadeiro amor em nossos corações, único bem que poderemos carregar para o além.
domingo, 6 de novembro de 2011
Boletim 85
Uma simples pescaria.
O poeta já escreveu, há muitos anos passados, que é nas simples coisas da vida que está a verdadeira felicidade. Pois numa simples pescaria vivemos momentos de intensa felicidade. Não por pescarmos muitos peixes, pois todos foram soltos no Rio Paraná. Vivemos o companheirismo e vivemos a natureza. Existe algo mais simples do que a natureza? Claro, ela por vezes também se violenta, mas não quero me deter neste aspecto. Um rio, uma água cristalina, os pássaros, os animais, a vida correndo como as correntes das águas calmas. Um neto ao meu lado, e a emoção do primeiro dourado. Maior emoção ainda, quando o soltou nas águas do rio.
Junto a ele uma natureza viva, tão ativa em nosso Pampa, que cada dia nos afasta mais, neste "entrechoque de guampas".
GALPÃO.
A solidão.
Nada mais triste que a solidão. Assim fico imaginando meu Galpão do Galo Velho "solito", apenas iluminado pelas chamas de um fogo mixe, alimentado por outras mãos que não sejam as minhas. Fico alegre apenas pela irmandade que lá habita, na "fumaça" dos negros velhos que partiram, deixando na terra o "suor" de suas labutas, quando rezo a preçe ao Senhor Criador dos Mundos, que permita a PAZ entre os homens.
HISTORIAS QUE ME CONTARAM.
O taura Belarmindo (última parte)
Revólver trinta e dois de cano longo fincado por cima da guaiaca, com mais de cem balas espalhadas pelos costados, "em riba" uma faca com cabo de prata reluzindo contra a escuridão. Ao longe, escutava-se uma rancheira bem campeana, relinchando pelos campos e matos da serra. "O homem", veio pé, entre-pé, pelos fundos da casa, deixou a viola pendurada na travessa do galpão, junto ao cavalo crioulo enfrenado para a uma fuga rápida.
Apenas Deus por testumunho...
Agora, um xote bem lasquiado, retumbava nas tábuas do velho salão, pé, entre-pé... Como um gato Belarmino voou até a janela da cozinha, lá estava ela, cabelos negros escorridos frente a uma lampião esfumaçado, sozinha, contemplando a noite, com seu vestido de chita, todo enfeitado de fita... Ah! já sentia o seu perfume e o seu grito assustado...
Foi um bote só, o vestido esparramava-se no vulto da noite, a presa estava segura, o cavalo já pronto, e a china crinuda esvoaçava os cabelos junto ao rosto do valente Belarmino campeador que se jogou no sumiço da noite...
Interessante, pensou, de repente, nenhum grito... a prenda deve ter desmaiado e já se foi em direção ao rancho. Já com um ponta pé derruba a porta de tramela, e atira a carga preciosa sobre a cama...
Silêncio. Nada. Nenhum grito.
De repente deu por falta do revólver, havia caído no pulo e, agora...
Porta entramelada, faca na mão, nada! A noite gemia em solidão total.
Pé, entre-pé, Belarmino acende o lampião para acorar a "presa", leva na mão esquerda uma caneca de água fria, mas quando chega a luz no rosto da mulher amada... Houve-se um grito e mais um grito...
Um grito de pavor do próprio Belarmino
Dona Esmerenciana, a Senhora aqui!!!!!!!
E ela, a coitada, atira-se nos braços do seu raptor e lhe murmura:
Belarmino meu amor! Vem para os meus braços!!!
O homem dá mais um salto para trás... Pula, porta afora quem nem um gato. Olha prôs céus e grita: - e agora, meu Deus...?
Tinham preparado mais esta para o Belarmino... Dona Esmerenciana, ali estava, esparramada, cheia de amor prá dar, já nos seus setenta e tantos anos de idade, carcomida pelo tempo de trabalho com os malditos Demencianos, gritando por seu amado...???
Ah! Dizem que até hoje, ninguém mais soube do taura Belarmino, entrou noite mais uma vez, saiu sem se despedir de ninguém, sumiu e, lá, na tapera, alguém ainda grita na assombração da noite:
Belarmino vem cá, Belarmino, estou cheia de amor prá dar!
FECHANDO A PORTEIRA.
O artificialismo.
Parece que hoje tudo é artificial. Não estou falando nas bebidas e comidas, falo de nós mesmos. A vaidade nos transforma, e quando vejo os jovens taparem seus corpos com tatuagens, afirmo que é para chamar a atenção dos outros, quando a verdade nos diz, que devemos chamar a atenção para nossos interiores. Tudo é de dentro para fora, nada é de fora para dentro.
domingo, 9 de outubro de 2011
Boletim 84
Ontem, hoje e amanhã.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Boletim 83.
O gaúcho guerreiro.
O Taura Belarmino.
"Existia, "entonces", um índio, lá em cima da serra, chamado Belarmino. Taura, daqueles que ao se ver, diziam: não aparenta a idade que tem! Até porque a idade não existe, a natureza não conta o tempo, quem conta os dias, são os homens.
domingo, 18 de setembro de 2011
Boletim 82
Quem sou eu?
GALPÃO.
Respeito.
domingo, 4 de setembro de 2011
Boletim 81
Quando se fica velho?Parece ser relativa esta alcunha de "velho". Conheço muito jovem, mais velho que eu, e certamente outros mais velhos, e mais novos que eu. A velhice começa antes de se ficar velho. Vou até enumerar, quando ela começa:
GALPÃO.
FECHANDO A PORTEIRA.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Boletim 80
O dinheiro.Há uma quebradeira geral, ou universal. Aqueles que já quebraram alguma vez, sabem bem o que é isto, mas podemos "comparar". Certamente vocês já assistiram os leiteiros derramarem seus produtos nas estradas, e os arrozeiros jogarem seu cereal nas ruas, pois quando as coisas são por demais, não valem nada! Ainda bem que os homens se equiparam com as mulheres, senão perderiam também os seus valores. Então, quanto a esta quebradeira universal, parece que uma solução seria por fogo em algum dinheiro! De tanto que os "homens" possuem, não sabendo mais o que fazer com ele seria bom queimar uma parcela. Certamente imprimiram por demais, já que as máquinas não estão dão conta do serviço, e até mesmo o famoso dolar não querem mais no mercado.
GALPÃO.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
FECHANDO A PORTEIRA.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Boletim 79
GALPÃO, HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM e FECHANDO A PORTEIRA.
Corria o mês de fevereiro de 93. O rebuliço no Rio Grande alvoroçava caudilhos e caudilhetes contrários ao governo castilhista. Gumercindo Saraiva era estancieiro forte no Uruguai e Santa Vitoria do Palmar. Filho de pais brasileiros se achava no direito de pelear junto aos federalistas. Com uma tropa bem montada e armada, o caudilho cruzou a fronteira ocultando-se no rincão de Ana Correia, entre os rios Jaguarão e Jaguarão-Chico. Vinha para se encontrar com o Cel. Jóca Tavares, a fim de engrossar as tropas rebeldes, que já andavam por volta de três mil homens. Quando esse pintor bizarro jogou o Sol no abismo do fim do mundo, começou a colorir o poente, e a tropa se acantonou numa canhada bonita. Gumercindo distribuiu as ordens para o acampamento. Pelo sul um caponete abrigava e ocultava a gente do caudilho. Na chapada que se erguia ao norte, Gumercindo postou uma sentinela para proteger de qualquer surpresa o sossego dos insurretos castelhanos. - Todo listo, mi comandante! Disse marcialmente o ordenança de Gumercindo, um tipo melenudo, com barba de semana e meia esse ordenança. Dente de ouro exibido na linha de frente da boca. Chapéu com barbicacho de fleco e aba tapeada na testa. O beiço rachado lhe dava uma voz fanhosa. “Todo listo, mi comandante.” De fato, em pouco tempo os vaqueanos já estavam com uma rês a título de requisição guerreira. E nessas ocasiões o puxirão se faz de vereda. Se põe esperto o mais lerdo dos andarengos. Vala grande cavada no chão, as carneadeiras descobrindo os espetos nos galhos retos das guajuviras, lenha farta, fogo grande, carne gorda e caneco de branca de mão em mão. Mate, charla e patacoada. Palas no chão, mão nas cartas, e na ponta da língua os versos debochados do truco. E de repente, atenção! O sentinela firma os olhos e descobre no horizonte um vulto que vem crescendo. Num galope chasqueiro vem um gaudério batendo estribos. Ele dá o aviso: “Se aprochega um cavaleiro Dom Gumercindo” Então, de relancina o chefe forma uma patrulha com dez voluntários. Ordena uma espera na ponta do capão pra deter o intrometido. No lusco-fusque na noite o índio ia passando a lo largo, quando se viu cercado. “La fresca, tô perdido, pensou. E o chasque o patrão não vai chegar ao destino.” Conduzia uma mensagem trocada entre chefes castilhistas. Preso, foi levado à presença do caudilho. Não apeou do cavalo. Tipo miúdo e entroncado, com lenço branco no pescoço e entonado como pica-pau em tronqueira. Um nariz grandalhão e achatarrado, escondendo um eito de bigode esfiapado, sem apuro nem jeito. O mulato meio pendendo pro índio, tinha séria sua cara de lua escarrapachada. Foi logo despido da adaga de quase metro e do nagão quarenta e quatro. Tilintavam as rosetas das esporas de papagaio comprido, abraçando a barriga do flete. Os homens de Gumercindo se alvorotaram com a petulância do tipo. Foram precisos cinco homens pra desgrudar o taura do lombo do cavalo. E ele quieto. Gumercindo, ex-delegado de polícia em Santa Vitória, no fim do Império, tinha prática num interrogatório. Tanto podia falar castelhano, como muito bem o português, mas este só falava com caudilhos de igual patente. Antes, porém, que Gumercindo começasse a inquirição, o ordenança se antecipou atrevidaço. “Pucha Che, será que sos tan valiente como feo?” E o índio quieto. “Quién eres? De donde vienes? Para donde vás? Que andas haciendo?” Indagou o caudilho. “No le digo porque ando de próprio.” “Sabes com quiém estás hablando?” “Sei. Com o castelhano bandido Gumercindo Saraiva”. “Si yo cayeras em tus manos que harias conmigo?” “Le passava o lenço colorado”. “Maténlo.” Ordena seco Gumercindo. E o índio quieto. A sentença já era de todos conhecida, e o ordenança tirou uma pedrita dos arreios assentando o fio da faca. Lambia os beiços pensando no sangue que ia jorrar de orelha a orelha. As labaredas do fogo iluminavam a cena bárbara. E o índio quieto. O afobamento do ordenança fez com que Gumercindo dissesse: “Párate. Este no es servicio para um boludo como tu.” A coragem do homem fez com que a sentença fosse reformada. “Larguénlo! Le den um buem caballo. Sus armas. E que se vaya juntar a su gente. Porque se matamos a los valientes, los cobardes es que no van defender los ideales.” E o índio quieto. O ordenança de aproxima da cara do índio, e não se contém: “Pucha Che, tu eres mucho más valiente do que feo”.
sábado, 30 de julho de 2011
Boletim 78
Nossa idade.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Boletim 77
As medidas do amor.
Tenho um livro com este título, e já fizeram um filme com o mesmo nome, mas ainda não descobriram "o aparelho" para conseguir estas medidas. Posso afirmar que todos nós amamos. Os bandidos também amam. O desequilíbrio está na consciência de cada um. Amamos o objeto, ou o abstrato? Quem conseguirá responder? Aqueles que souberem responder, digam o quanto do objeto e o quanto do abstrato. Mais ou menos um percentual. Ficará mais fácil uma conclusão.
Lembram que lá no boletim 75 citei Gregg Braden, na sua afirmação "Não somos matéria. O núcleo de um átomo também é 'energia condensada'. Estamos conectados através de nossas vibrações". Gostaria de dizer ao autor que não se trata de vibrações, e sim de amor! Vocês tirem suas próprias conclusões, pois eu já tirei a minha.
GALPÃO.
Ainda o amor.
Vamos deixar de lado esta dura filosofia, e entrar no "Meu santuário de fumaça, onde as vezes desencilho. Faço um altar de lombilho, do fogo à reminiscência, e cultuo a dor da ausência, no oratório do passado. Galpão onde fui fedelho, corpeando tala de relho, tirando raspa de tacho, onde os avós se reuniram, e de onde a cavalo partiram, pra um cruzada de macho. Aqui me curvo e me agacho, me inclino e as vezes me ajoelho, desato o breve à oração, revendo de um lado e de outro, quando o Rio Grande era potro e os que domaram meu chão" (Balbino Marques da Rocha). Aqui chegando despidos de preconceitos, vaidades e orgulhos, na mescla da poeira de um chão batido, curtindo relinchos da eguada, latidos da cuscada, reverenciando o passado, fica mais fácil entender a vida, na simplicidade com que o Menino Jesus se fez gente, derramando amor pelos séculos e séculos.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Ainda conto..
Passei cinco anos no interior do Rio de Janeiro, no Vale do São João, município de Cabo Frio, plantando arroz irrigado. Coisa de maluco, mas a vida também tem disso. Não digo que saiu todo errado, pois aprendi muito da vida. Então, frequentava o Rotary Club de Rio das Ostras, da cidade do mesmo nome, onde tinha uma casa alugada. Lugar paradisíaco, só aposentados ou vagabundos, coisa que lá no Rio tem muito. Trabalhar num lugar lindo como aquele só mesmo gaúcho. Numa das reuniões do clube, que era nas segundas feiras, um Companheiro do meu lado disse que ainda não conhecia o Rio Grande do Sul. Louco de saudade, e orgulhoso da terra, fiz propaganda. Vou quinta feira próxima, me disse ele. Quando foi na outra segunda, lá estava ele, com o nariz vermelho. Perguntei: "Não foste na minha terra"? Recebi de resposta: "Fui, já voltei, e nunca mais volto lá. Num só dia peguei verão, primavera, inverno e outono. Fiquei dois dias no hotel gripado". Conto a história, porque outro dia ocorreu o mesmo comigo. Coisas de gaúcho.
FECHANDO A PORTEIRA.
A história de uma amiga do peito. Conversamos muito e eu sinto o quanto é infeliz. Não consegue ver nada fora do lugar, e não aceita os erros do dia a dia. Perfeccionista. O Mundo não é perfeito. A natureza, expressão maior de Deus, não é perfeita. O que pensar dos tussunamis, dos vulcões? Parece que para haver equilíbrio temos de conviver com o certo e o errado. Mais do que conviver, aceitar o errado, como algo tão certo, como a própria morte. Creio até que os perfeccionistas não aceitam a morte, como se ela fosse alguma coisa errada. Pensem, reflitam, e aprendam a conviver com o errado, tirando lições dele é lógico.
domingo, 3 de julho de 2011
Boletim 76
O frio do Rio Grande do Sul.
GALPÃO.
O frio nos galpões.
A hospitalidade, ou sociabilidade gaúcha, muito deve ao rigor de nossos invernos. Ao redor de um fogo de chão é que o atavismo de nossa raça desperta, com o calor das labaredas nos cernes que buscaram seivas no chão da pátria gaúcha. Em boletim anterior contei, que na era glacial, os homens peludos disputavam uma caça, quando o Criador dos Mundos jogou uma faísca sobre um toco de árvore seca, incendiando-o, e aqueles bárbaros sentiram que era bom, formando a primeira reunião social da Terra. Assim são as nossas reuniões gaúchas, quando os sentimentos de tradição desperta, reconhecendo que somos um só, na Liberdade, Igualdade e Humanidade de nossos anseios.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM .
Vou contando...
Na década de 90 passei cinco anos trabalhando no interior do Rio de Janeiro, plantando uma grande lavoura de arroz irrigado. Pra início de conversa, eles não usam fogo nunca, "um prum lado o outro pra outro". Levei muito gaúcho para lá, e contratei outro tanto de carioca. Certo dia um me disse: "O senhor é o primeiro patrão que me aperta a mão. Gaúcho é mesmo diferente". O homem já era bem mais velho que eu, mas lhe respondi: "Claro que somos diferentes. Lá o que é ruim e não trabalha morre no inverno, enquanto vocês aqui criam qualquer porcaria. Basta um chinelo de dedos, uma camisa física e um calção. Mas não te ilude meu amigo, o patrão gaúcho aperta a mão do empregado, para saber se ele é trabalhador, apalpando os calos de suas mãos".
FECHANDO A PORTEIRA.
Ainda o frio...
Ando com muito frio, ou meu sangue perde as forças. Então, quando a gente abre o jornal não dá outra, é só frio e geada fina. Chegam a falar em bater o record dos -7º no Estado. O brabo não é a mínima, é a máxima ficar entre 7 e 11º, frio dia e noite. Pois fui falar que isto é bom, então "guentemos, como dizia Honório Lemos".
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Boletim 75
A espiritualização.
(Tenho certeza que meu negro velho, Cristino Gonçalves, dirá que isto não é conversa de galpão...)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Boletim 74
O computador.
GALPÃO.
Um entardecer frio.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Esta eu conto.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Boletim 73
O "bem-estar".
Olhem, depois de me deparar com o termo "bem-estar", lembrando do outro tempo criança ao ouvir seguidamente sua pronúncia, fui no Google e fiquei confuso. Psicologia é um negócio complicado. Li tudo e não entendi nada, faltou "massa cefálica". Bem-estar para mim é aquilo que me faz feliz. É estar de bem com a vida. Não que eu não tenha problemas. Muito pelo contrário estou repleto deles, mas estou de "bem-estar" comigo. Lógico é tudo comigo mesmo, e vou repetindo: tudo é de dentro para fora. Ser feliz ou ser infeliz está dentro de mim, não está lá fora, nas outras pessoas, ou nos problemas que me rodeiam. Então nestes momentos difíceis que estamos passando é necessário meditarmos, mas principalmente acreditarmos nAquele que nos fez à sua semelhança. Que o bem-estar habite em todos nós. Amém.
GALPÃO.
A Fazenda Sant´Anna. III
Enquanto a Fazenda Sant`Anna continuava arrendada ao Tio Adolfo, a vida corria plácida na Chácara da Vila Thereza, ou no casarão, como passou a ser chamada sua sede. Minha mana Maria de Lourdes e eu estudávamos no Colégio São João Batista, das Irmãs Bernardinas, recebendo a boa continuação da educação de nosso lar. Minha Mana, para quem a conheceu, era uma "flor de mulher", pois era além de linda, muito inteligente, culta e educada. Meus Pais eram adorados na sociedade local, por suas simplicidades, e solidariedades. Por quatro legislaturas meu Velho Mário foi vereador, e por duas vezes Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, quando não recebiam "salários", apenas o esforço por seus ideais políticos - velhos e bons tempos! Minha Mamãe que era "homeopata" distribuía sua benemerência na população carente, e como na época não havia nenhuma "entidade beneficente", além da Igreja Católica, ali ela se fazia presente a serviço de Deus. Pois Ele necessitou de seus serviços junto de si, chamando-a em 1948, com a idade de apenas 45 anos. Começava então um novo capítulo, para mim com 14 anos, e minha Mana com 18.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O grande arvoredo.
Esta aconteceu comigo.
A chácara possuía um grande e bom arvoredo, e as formigas já eram inimigas naquele tempo. A gente as combatia com uma geringonça de máquina, que era um cubo de ferro terminado em cone, com um furo na ponta, onde se colocava brasa viva, e sobre a mesma se despejava algumas gramas de "arsênico", um veneno terrível. Sobre este cone havia um fole, que soprava dentro dele, levando a fumaça para o miolo do formigueiro. Eu era o ajudante de meu Papai. Até aí tudo bem, mas minha Mamãe sempre controlando as coisas, como todas as mamães, "me pegou" chupando uma laranja após o serviço. Foi um Deus nos acuda. "Estás envenenado, e tens que vomitar imediatamente". Quebrou o primeiro ovo, separou a gema e me fez engolir a clara. Claro que a clara não desceu. Veio a segunda, e com aquela autoridade suprema e gritada fez ela descer. Que coisa terrível! Veio a terceira, a quarta e a quinta, tudo "escorregando lentamente guela abaixo", mas o vômito não veio. Claro, que não morri nem do arsênico, nem da clara, mas até hoje me arrepia ao comer até ovo frito.
FECHANDO A PORTEIRA.
Aquele "outro tempo".
Aquele meu amigo que me perdoe, mas vou "decantar" o outro tempo. Aí atrás disse que lá não havia entidades beneficentes. Vocês serão capazes de contar quantas existem hoje? Até de proteção de animais! Meu amigo, naquele tempo a gente conseguia se defender. Hoje é guerra e estamos desarmados. Só o Estado, que nos toma, nos toma, tem arma e munição para distribuir, distribuir, enquanto nos enterram vivos. Perdoem os outros, estou falando dos agricultores. Um amigo me disse certa vez, "como vamos competir com os americanos, que só têm o imposto de renda. Um produtor de lá quando colhe 100 sacos de arroz por hectare, que é o custo, não paga imposto algum, enquanto aqui se colhermos apenas um, teremos todo o imposto embutido". Perdoem, estou fechando a porteira, e debruçado no mestre, chorando...
ATENÇÃO.
No boletim 71 recebi um COMENTÁRIO do Magrinho, que esperei contestações. Peço a atenção de vocês, já que darei a minha oportunamente.
domingo, 1 de maio de 2011
Boletim 72
Vencer a morte.
Primeiro isto não deveria ser uma luta, apenas um encontro, mas meu ritual insiste na eterna contenda. Vencer a morte é entender que apenas o corpo material se transformará em pó, enquanto a alma, sendo alimentada pelo amor, subirá aos céus, para o encontro "do pelego da paz". Lá no Galpão do Galo Velho criei a imagem da "Invernada do Esquecimento", designando o além, no sentido que mais hoje ou mais amanhã, seremos esquecidos. Vencer a morte é em primeiro lugar não ter medo dela, já que costumo afirmar que só o medo mata. Vencer a morte é ter certeza na continuação, na ressurreição. Pois que assim seja, e que possamos ressurgir, para promovermos o bem à Humanidade.
GALPÃO.
Fui falar na morte, pois quero agora falar na vida. Lá no galpão do Galo Velho a vida existe na luz eterna, que tremula do fogo de chão, já que não deixo o cujo apagar. Na imagem da Nossa Senhora da Conceição, para quem não sabe a padroeira dos Azambuja, a vida das flores do campo perfumam a placa de "Paz e Respeito", sobre a qual está a foto do meu velho amigo e pai Mário, ainda sobre a foto o distintivo do seu Partido Libertador.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Meu pai costumava me contar a devoção à Nossa Senhora da Conceição. No tempo que a Vila do Duro, hoje cidade de Camaquã, nem hospital possuía, só o Dr. Ataualpa Irineu Cibils com seu cavalo, para atender o interior. A Vovó Faustina, esposa do Vovô Ney gestou 13 filhos na Fazenda da Invernada. Como chamar um médico a cavalo, na hora "h"? Só as negras velhas e muita água quente, ou morna. Papai sempre se referia que sua parteira fora N.S. da Conceição, à qual se abraçava no glorioso momento. Acho que escrevo glorioso, principalmente por ser hoje o Dia das Mães, que reverencio às demais, na imagem de minha Vovó Faustina Pereira da Silva Azambuja. Todos os filhos foram devotos dela, e meu Tio Lauro construiu uma verdadeira igreja em Santa Rita do Sul, com o nome dela, a pedido da sua esposa Maria, que também era sobrinha de Faustina.
FECHANDO A PORTEIRA.
A certeza do impossível!
Será possível que exista isto? Pois depois de conferir vários resultados de meus jogos na Mega Sena, onde o máximo que atingi foi dois acertos, creio que a "certeza do impossível" existe, já que continuo jogando. Não se preocupem, não jogo em todas, e quando o faço é apenas cinco jogos no escuro, coisa de míseros dez reais, mas fui somar e me dei conta, que seria uma bela quantia em meu bolso hoje. Sou um otário, em busca do impossível. Espero que vocês não sejam iguais a mim.
sábado, 16 de abril de 2011
Boletim 71
Feliz Páscoa.
Desde os tempos que não se perdem na minha memória, a Páscoa era uma das melhores festas do ano. Claro, eu era criança, e inocente, ainda não contaminado com as mazelas do mundo profano. Sabíamos, crianças, que os ninhos estavam escondidos no grande jardim. Era só eu e minha mana, e os ninhos deveriam ser iguais, pois aquele que achasse o primeiro, não tinha como trocar com o outro. Uma festa, linda festa, por sermos crianças, quando sabíamos alimentar sonhos. Depois de achado o ninho, apreciado sua imensidão, navegávamos na contemplação do grande ovo do coelho, olhando por um vidrinho, e lá dentro extasiávamos com as mais lindas figuras do mundo. Eu custava a comer os chocolates, mas minha mana devorava os seus rapidamente, quando partia para cima dos meus. Quase uma luta corporal.
Bem, eu voltei às minhas distantes Páscoas, e certamente os mais velhos me acompanharam.
GALPÃO.
A fazenda Sant´Anna.
Como já disse lá atrás, a Fazenda Sant´Anna foi desmembrada da Fazenda da Quinta em 1930. Naquela primeira metade do século XX o arroz irrigado tomava conta das atividades rurais. A pecuária camaquense sofria com a tuberculose de seus rebanhos, pelo fato de nossos campos passarem inverno e verão encharcados, pela falta de drenagem. Fato que só foi solucionado na segunda metade do século, com a drenagem do DNOS. Meu pai Mário partiu então para o plantio do arroz, construindo uma taipa e represando bom volume d´água, mas infelizmente não possuía boa bacia de captação. Suas lavouras sofreram com a falta d´água. Minha mana Maria de Lourdes nasceu em 1930 e sete anos após necessitou de escola. As Irmãs Bernardinas inauguravam sua escola São João Batista, e lá ela foi internada. Eu logo segui atrás, e foi impossível minha mãe se separar dos dois filhos. Meu velho que iniciava suas atividades de fazendeiro, foi obrigado a arrendar a Sant´Anna para o irmão Adolfo, comprando uma chácara na periferia da cidade, hoje chamada de Vila Dona Thereza, cuja sede abriga agora o prédio da Survel Veículos. Mais uma vez meu Pai não foi feliz, ao optar por construir um matadouro de bovinos na referida chácara. Era o que ele mais conhecia, como homem campeiro, mas estava muito longe de ser um industrialista. Piorou com a fiscalização do Ministério da Agricultura, condenando uma barbaridade de gado, por tuberculose.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O coelhinho.
Ainda a velha Páscoa. A história contada para as crianças daquele tempo, não tem nada com a história real da ressurreição de Cristo. Era puramente a história do coelhinho que botava ovinhos de chocolate. Pode? Claro que pode, na cabeça de inocentes crianças. Hoje as crianças não são mais inocentes, parecendo mesmo que já nascem sabendo, principalmente de computadores. Então, não são mais crianças, já nascem com os olhos abertos. Eu nasci e fui enrolado nos "cueiros", ficando sete dias num quarto escuro. Pode? Querem saber o que é melhor? Ontem ou hoje? Respondo sem medo de errar - hoje, pois a humanidade está evoluindo, só restando evoluir espiritualmente.
FECHANDO A PORTEIRA.
Alegria. AlegriaAleluia. Aleluia.
Esta é a mensagem de Páscoa. Alegria, alegria, alegria. Cristo renasceu, alimentando em nossos corações a imagem da vida eterna. Nossos corpos poderão morrer, mas nossas almas renascerão para uma vida divina, cumprida as leis de Deus. Esta é a mensagem verdadeira da Páscoa.
Galo Velho
- Galpão do Galo Velho
- Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
- Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”