A oferta sem a procura.
Interessante como existem pessoas que não sabem se ofertar. Não estou me referindo à oferta material, e sim à solidariedade. Posso afirmar, pela quilometragem percorrida, que só é feliz quem tem, ou adquiriu a capacidade de ofertar solidariedade. Ela pode ser traduzida por servir, ofertar, tolerar, suportar, auxiliar, enfim: amar. Participo de um clube de serviço chamado Rotary, e lógico que nosso lema é SERVIR, onde cantamos: "Mais se beneficia, quem melhor serve", e queremos chegar na PAZ MUNDIAL. Todos são felizes naqueles clubes de SERVIÇOS.
GALPÃO
O Cavalo.
Certamente o gaúcho não existiria, se não existisse o cavalo. "Aqui ele chegou em 1536 trazidos pelos espanhóis, tornando-se selvagem no pampa gaúcho (Rio Grande Uruguai e Argentina), somando 40 milhões de cabeças". (dados do Portal Gaúcho, assinado por Evaldo Muñoz Braz).
Devemos uma reverência aos nossos índios charruas e minuanos, os primeiros cavaleiros que logo se identificaram com o cavalo, que é o maior símbolo da liberdade.
Balbino Marques da Rocha escreveu: "No teu tranco soberano, na espuma dos teus ardores, compassaste o sonho humano, de estandartes e tambores. Nos teus ímpetos violentos, tuas patas como metralhas, escreveram nas batalhas, a sinfonia dos ventos, e a epopéia da vitória... Marcando de cicatrizes, as mais profundas raízes dos velhos troncos da história".
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O escravo cavaleiro.
Imaginem agora o negro escravo, chegando no Rio Grande e sendo vendido para as grandes fazendas. A riqueza da época, antes da entrada do charque, era o couro vacum, pois tudo que se possa imaginar feito com plástico, era feito de couro, naquela época. Matava-se o vacum apenas para tirar seu couro, deixando a carne aos abutres. Foi necessário colocar o negro escravo no lombo de um cavalo, (símbolo da liberdade) e colocar na cintura deste homem uma faca, ferramenta indispensável para aquela operação. Poderia ser ele inimigo de Patrão? Poderia ser agrilhoado sobre o animal? Poderia apanhar? Daí a proximidade, a amizade e o respeito entre um e outro. Esta amizade só foi quebrada com as atuais leis sociais, não adaptadas ao campo, jogando o empregado contra o patrão.
FECHANDO A PORTEIRA.
O Espírito de Luta.
Quantas vezes estivemos na lona? Quantas vezes nos levantamos? O Sol continuou o mesmo, nossas famílias e amigos, os mesmos. Se restou algum arranhão foi porque nossas vaidades foram feridas. A vaidade nada constrói, só a humildade nos eleva. O espírito de luta é a representação da FÉ. Na Páscoa é momento de meditarmos naquilo que representa a maior de todas as humildades - "se ofertar na cruz por seus irmãos". Mas o espírito de luta fez com que três dias depois Ele renascesse!
Precioso Amigo, como detalhar com toda sensibilidade que existe a relação do homem e o seu cavalo! A empatia que cresce estreitando os sentimentos começados pelos sentidos básicos se estrapolam sem se aperceberem. E quando menos se dão conta, quando estão juntos na labuta, são um só. A respiração ofegante,a visão, a audição, o coração batendo fortemente...tudo sincroniza. Amizade, respeito, dedicação.
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