terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Boletim 91

ABRINDO A PORTEIRA.

A política.

Sou dos "silenciosos". Aprendi a ouvir os adversários políticos, por mais estapafúrdios que sejam seus argumentos. Sou fiel ao meu partido, na hora de depositar meu voto, que escolho com precisão. Isto devo a minha infância, quando meus tios me levavam balas, ao visitar meus pais, lá na fazenda. Eles eram meus ídolos, pois por balas, a gente só conhecia os torrões de açúcar Usina. Acontece que após dez minutos, um passava a gritar com outro, quando então eu corria para minha Mamãe dizendo que eles estavam brigando. Ela afagava meu cabelo: "Não liga aquilo é política".



GALPÃO.

Vamos tomar um mate!

Esta frase é o estribo da hospitalidade gaúcha. Não vou dizer que o uruguaio seja mais gaúcho que nós, mas por manterem uma população "estável", parece manterem melhor nossas tradições. Não há lar, galpão ou rancho que tu chegues, em que não ouças a frase - vamos tomar um mate? É o dia inteiro, parecendo até que não apagam o fogo, mantendo o lume do gauchismo aceso.



HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.

As caçadas.

Claro, naquele outro tempo havia muitos erros, mas também havia pouca gente errando. Hoje é um amontoado de gente, e se deixarem caçar, a caça termina mesmo. Uma vez por ano, juro, uma só vez faço uma caçada de tatu lá na fazenda, onde pego apenas um, e meus outros dois amigos, mais um cada. Lá tem aos montes. Bueno havia programado para o próximo abril, uma caçada de tatu com meus amigos, quando a gente mais galponeia do que caça. Ontem recebi um e-mail da minha neta Fernanda, pedindo que não matasse mais os bichinhos, me mandando uma fotografia que anexo abaixo. Foi uma judiaria comigo e meus amigos, mas suspendi as caçadas...






FECHANDO A PORTEIRA.

A mulher.

Só ouço falar na evolução da humanidade, com a sua tecnologia. Pouco se ouve da maior de todas as evoluções - a mulher. Quem escreve assistiu a mulher serviçal, ou chefe das domésticas. Eram tratadas sem respeito, preparadas apenas para criar os filhos e administrar a casa. Verdade que hoje elas não teem tempo nem para uma coisa, nem outra. Mesmo assim, acho melhor, pois acabou a discriminação. Em outros tempos a mulher não podia participar de Rotary, e hoje vejo meu Rotary Club Camaquã composto de 36% de mulheres. Deus abençoe as mulheres!

2 comentários:

  1. Réu confesso ! Tu vais preso IBAMA... inafiançável ...nem sei o que vou te levar...livros....tira isso cara !

    ResponderExcluir
  2. Maravilhosa leitura amigo Luiz Fernando!!
    Obrigada por dividir conosco suas pérolas.. um grande abraço.

    ResponderExcluir

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”