sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Boletim 80

ABRINDO A PORTEIRA.
O dinheiro.Há uma quebradeira geral, ou universal. Aqueles que já quebraram alguma vez, sabem bem o que é isto, mas podemos "comparar". Certamente vocês já assistiram os leiteiros derramarem seus produtos nas estradas, e os arrozeiros jogarem seu cereal nas ruas, pois quando as coisas são por demais, não valem nada! Ainda bem que os homens se equiparam com as mulheres, senão perderiam também os seus valores. Então, quanto a esta quebradeira universal, parece que uma solução seria por fogo em algum dinheiro! De tanto que os "homens" possuem, não sabendo mais o que fazer com ele seria bom queimar uma parcela. Certamente imprimiram por demais, já que as máquinas não estão dão conta do serviço, e até mesmo o famoso dolar não querem mais no mercado.

Só existe descanso num banco tosco do Galpão do Galo Velho.

GALPÃO.


Descanso.
Na frente da labareda de um fogo alegre e falante, aquentando a noite fria deste inverno brabo. Um cachorro enroscado junto dele, uma cambona chiando pra um mate bem cevado, o relincho da égua encocheirada, e a mente vagando solta no espaço enfumaçado, na aproximação daqueles que ali habitaram. Um descanso. Melhor somente o "descanso eterno".


HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.

A história dos galpões.
Contam que as fazendas se originaram dos galpões. Só eles é que existiam, onde a família comungava no dia a dia, a lida campeira. Parece uma verdade, pois até mesmo as cidades se originaram dos acampamentos militares, e os galpões foram acampamentos de trabalhadores, não existindo a Casa Grande. Quando ela foi construída, as mulheres encontraram seu canto, e não mais pediram licença para participar das rodas galponeiras. "Sala grande chão batido, onde passei minha infância, querido Galpão de Estância, que foste um dia meu lar, hoje aqui venho rezar, saudoso do teu afago, Catedral xucra do pago, de joelhos em teu altar". (Jayme Caetano Braun).


FECHANDO A PORTEIRA.

Conselho e opinião.
Conselho só deve ser dado quando pedido. Opinião rola por toda a parte, principalmente nas TVs e nos comentários, como estas que vocês estão lendo. Todos de certa forma são donos da verdade, e poucos conseguem ouvir ou ler aquilo que lhes desagrada, principalmente se forem "preconceituosos". Preconceitos dos homens, ou suas vaidades fazem as desavenças, a quebra social, as guerras. Quem depois de um tapa, oferta o outro lado da cara? Só existiu uma Criatura capaz disso!

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”