ABRINDO A PORTEIRA.
Os passarinhos e os insetos.
Pois não irei matar mais as moscas e mosquitos, insetos que infernizam a vida da gente. Creio mesmo que irei alimentá-los, perpetuando as suas espécies. Sabem por que? Bem, é uma curta história: - O Grupo dos Fisgados de Camaquã, pescadores, mas não mentirosos, que dentre eles tem três médicos, foi pescar no Amazonas, mais precisamente no Rio Negro. O primeiro fato a chamar suas atenções foi de não encontrarem por lá qualquer passarinho. Imaginem este fato em toda aquela exuberância florestal. Pergunta daqui, pergunta dali, quando lhe explicaram que as águas daquele rio são escuras, honrando o próprio nome de Rio Negro, e também muito alcalina, o que não permite a proliferação de insetos. Não tendo insetos, não tem pássaros! Entenderam? Vai ser brabo, mas estou a fim de convidar vocês a não matarem mais as moscas e os mosquitos.
GALPÃO.
Ainda o mate.
Tenho recebido alguns comentários sobre o mate, mas a maioria se refere a maneira de como fazer o mate, entretanto, já expliquei que não podemos interferir neste hábito, pois muda de uma região para outra. No boletim anterior falei da primeira Lei do Mate, e agora me refiro a sua segunda Lei: Ao se devolver o mate ao cevador, ele deve "roncar". Sei que muitas vezes ele está pesado, e fica difícil, entretanto, esta é a maneira de se "dizer", que não estamos devolvendo resto na cuia.
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O Ferreiro.
Outro dia conversando com meu amigo Chapotão, advogado, veterinário, gaiteiro e campeiro, que nasceu Hamilton Santos de Paula Couto, ouvi dele a seguinte história: "Era uma vez um Ferreiro 'solto das patas', irrequieto e irreverente, um verdadeiro 'estrabulega', que não gostava de obedecer leis sociais. Pulava cercas em rodeios alheios, e era festas sobre festas. Mas, tanto fez que certo dia, ou por cansado ou iluminado, 'mudou de trilho', passando a orar e frequentar o Templo do Senhor. Aconteceu também, que daí para frente, seus negócios pioraram, perdeu um ente querido, adoeceu, se vendo em constantes apuros. Certo dia, um amigo não se conteve: 'Mas Ferreiro, desde que abandonaste 'a vida fácil', as coisas passaram a se complicar contigo. Onde estão as tuas orações?'. O Ferreiro lhe respondeu: Meu amigo, passei a vida malhando o aço, que da forja ia para a bigorna, passando aos golpes da água fria, se transformando no final, nesta linda e pura espada. Assim somos nós perante o Senhor, que depois dos sacrifícios, nos transforma em lindas e puras almas. Certos aços não resistem ao fogo e ao choque da água fria, e racham, ficando naquelas sucatas, que observas no lado de fora da oficina, e são jogadas fora, como as almas desprezadas pelo Criador.
FECHANDO A PORTEIRA.
Nosso ego precisa de alimento?
Outro dia certo amigo extravasou: "Estou com meu ego alimentado". Pensei muito na sua afirmativa. Que alimento será este? Pensem bastante antes da resposta. Eu já pensei vinte vezes, e acho que ainda é pouco. Certamente a maioria precisa de elogios, ou seja, reconhecimentos por seus feitos, suas habilidades, seus predicados físicos. Antecipo minha resposta, na afirmação do que sempre repito - tudo é de dentro para fora! O que vem de fora para dentro, além daquele arroz com feijão, não me alimentará, e qualquer destes alimentos não me fará bem. O único alimento que me fará bem será o AMOR que eu possa ofertar.
domingo, 20 de novembro de 2011
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Galo Velho
- Galpão do Galo Velho
- Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
- Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”
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