ABRINDO A PORETEIRA.
Esse defeito é o causador de todos os males da humanidade, como as próprias guerras. Muitos só possuem ouvidos para ouvir seus próprios sentimentos. Se raciocinarmos pelo contrário: A tolerância, veremos que ela é a virtude de pessoas de bom caráter, que se amam, para poderem amar os seus
semelhantes. O erro maior é querer modificar as pessoas. São os pré-conceituosos. Digo que é a falta de Respeito. O dicionário define tolerância como indulgência, e
indulgência é perdão dos pecados. Fácil, para aqueles que querem estar ao lado de Deus.
Vocês não fazem ideia de como se mateava noutros tempos. A primeira era na madrugada, pois a gente deitava "com as galinhas". Sem luz, no escuro, nada o que fazer além de filhos. Depois vinha o mate do "tira fome" às onze horas da manhã e, se o tempo estivesse ruim, se mateava o dia inteiro O mais disputado era o mate do "entardecer", quando a família se reunia na frente da casa, num pátio bem varrido, sob a ramada de uma figueira. A cuia corria solta pela direita, servido pelo cevador numa grande chaleira de ferro, com água fervendo. Fervendo mesmo, não há exagero, sou testemunha, pois os guris é que faziam suas trocas. Custei a descobrir o porquê - era para "espantar" as mulheres e os jovens da roda do mate! Machismo minha gente. Como havia machismo naquele tempo. Coitadas das mulheres!
HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
As histórias que irei relatar aqui serão do Compadre Macaco. Elas me foram
contadas por meu Pai, que certamente recebeu do meu Avô, e eu contei aos meus filhos, e meus filhos aos meus netos, mas agora me preparo para contar ao meu bis-neto.
O Compadre Folharada.
Havia uma imensa e linda floresta virgem, num tempo em que não havia o homem
para cortar e queimar seus galhos. No seu seio corria um rio de águas límpidas,
e os animais se comunicavam, vivendo em perfeita harmonia, falando uma
linguagem que vamos traduzir para a nossa. De todos os bichos o mais amado era
o Compadre Macaco, que por ser o único a possuir mãozinhas, costumava ajudar os
demais quando necessitados. Até mesmo o rei dos animais, o Compadre Leão o
adorava, pois certa feita tendo um espinho cravada em uma das patas, quem lhe salvou a vida foi o
Compadre Macaco. O único animal que lhe odiava era o
Compadre Tigre, que dele tinha ciúmes, e vivia dizendo que iria lhe pegar para
comê-lo inteirinho.
Certo dia .... (vou deixar a história para outro boletim, para não roubar
espaço).
FECHANDO A PORTEIRA.
Imagina roubar espaço! Já estou "soltando das rédeas". Desculpem.