quarta-feira, 19 de julho de 2017

Boletim 352.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ser ou não ser?
          Claro, esta já é uma interrogação caduca. Sei, mas ela costuma me assaltar de inopino. Chega num arrepio de frio, numa lufada forte, num susto. 
         Já não me interrogo se sou. Gostaria de ter sido. Se fui, como fui? Quais meus acertos, e meus erros? Os reflexos não serão no meu ser, mas naqueles que criei, na esposa que amo, nos amigos que me cercam, na sociedade que me acolhe.
         Parece que meus objetivos não foram o principal. Não foi a chegada, mas o percurso. Não foi a conclusão, mas os meios que empreguei na empreitada. Eles permanecerão na minha consciência, após as borrascas, e os meus arrepios de frio. Creio que me preocupei por demais com a matéria, esquecendo do intelecto, e principalmente do espírito.
         Nunca encontrei a resposta para a caduca interrogação, pois estive procurando a perfeição, e ela não existe no humano. Ela é o Ser Criador, na sua verdade, no seu Juízo Final. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”