ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ser ou não ser?
Claro, esta já é uma interrogação
caduca. Sei, mas ela costuma me assaltar de inopino. Chega num arrepio de frio,
numa lufada forte, num susto.
Já não me interrogo se sou. Gostaria de
ter sido. Se fui, como fui? Quais meus acertos, e meus erros? Os reflexos não
serão no meu ser, mas naqueles que criei, na esposa que amo, nos amigos que me
cercam, na sociedade que me acolhe.
Parece que meus objetivos não foram o
principal. Não foi a chegada, mas o percurso. Não foi a conclusão, mas os meios
que empreguei na empreitada. Eles permanecerão na minha consciência, após as
borrascas, e os meus arrepios de frio. Creio que me preocupei por demais com a
matéria, esquecendo do intelecto, e principalmente do espírito.
Nunca encontrei a resposta para a
caduca interrogação, pois estive procurando a perfeição, e ela não existe no
humano. Ela é o Ser Criador, na sua verdade, no seu Juízo Final.
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