sábado, 1 de julho de 2017

Boletim 345.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Querência dos Poetas Livres.
É uma sociedade diferente de todas as demais. Basta que se diga que nela não se fala em dinheiro, nem possuímos tesoureiro. A única obrigação é com a verdade e a honra gaúcha. Mesmo sabendo que não somos obrigados, devemos usar nossas pilchas, símbolo do gauchismo. Mas o símbolo maior são nossas Prendas, também chamadas de Parceiras, único símbolo acima do Rio Grande do Sul. A poesia é o elo forte de nossa corrente campeira, pois tanto é poeta o que compõe, como aquele que a aparecia em silêncio e respeito. Serão 4 reuniões anuais, onde três Parceiros, em rodízio, promovem a refeição campeira e simples, quando será servido apenas o chimarrão, mas quem desejar que leve sua bebida. O ponto alto da reunião é a Tertúlia Galponeira, aberta pelo Patrão após o almoço ou janta, iniciando pela esquerda, reinando absoluto silêncio. A pessoa se levanta, se identifica, canta, toca, declama, ou simplesmente agradece o convite campeiro.
Prestamos uma homenagem àqueles que partiram para a Invernada do Esquecimento: Vilmo Medeiros, João Alaor Pereira, Amilton Pires, Aristides "Cicico" Machado, Dagoberto Machado e Nelson Bartz. Além das Parceiras: Santa Machado (Júlio Machado) e Marisa Freitas (Elmo de Freitas).

Uma cena galponeira -




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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”