quarta-feira, 10 de maio de 2017

Boletim 333.

ABRINDO A PORTEIRA.
O meu silêncio.
Ele está no meu profundo, e é nele que me identifico ao dialogar com Aquele que habita em mim. Assim é que gosto de levantar antes do Sol, fabricando o meu mundo, enquanto os demais ainda não fazem barulho. Aliás, barulho é uma das poucas coisas que me irrita, principalmente aquelas músicas modernas metálicas. Domingo passado assisti o mais belo aniversário da minha vida, não só pela riqueza do local (NTZ), como principalmente pelo pronunciamento da aniversariante ao relatar seus 80 anos vividos. A beleza cessou quando um Abravanel subiu ao palco com uma banda aos 850 decibéis (Não errei. 85 é o que permite a lei 11.291) fazendo com que fugisse do local.
O meu silêncio profundo pertence só a mim, e creio mesmo ser a única coisa que possuo, sem dividir com ninguém. Pensem: após a vida viveremos em um silêncio ainda mais profundo. Deve ser uma maravilha!


GALPÃO.
A poesia.
Meu amigo poeta, Júlio Macedo Machado, que tem poesia até no nome, costuma dizer que a poesia está morrendo. Sempre o contradigo, pois se matamos a poesia estaremos matando os poetas, e pensem naqueles que já partiram. É sabido que poeta não morre nunca. Olhem só um dos versos da música "Ainda existe um lugar", onde Wilson Paim poetisa o Rio Grande do Sul.

"Aqui a verdade ainda reside em cada alma.
 Se aperta firme quando alguém lhe estende a mão.
 Se dá exemplo de amor fraternidade,
 aos da cidade que não sabem para onde vão".

https://www.youtube.com/watch?v=Boz2YcIt1QQ

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”