sábado, 11 de fevereiro de 2017

Boletim 314.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O mate.
Vamos falar do mate, nosso hábito diário e imagem do gauchismo.
     O mate "solito". Aquele que temos como parceiro a própria cuia e a natureza nos contemplando. Ele será envolvido em belo silêncio, e para tal devemos colocar só metade de erva na cuia, para que seja comprido e meditativo.
     O mate "de mano". É aquele que dispomos de um parceiro para a mateada. Devemos colocar a terça parte de erva na cuia, equilibrando o tempo entre uma mateada e outra. "Preciso de uma mateada contigo" - já se sabe que tem um assunto importante para ser tratado.
     O mate "de roda". Aqui geralmente é a roda galponeira, ou em rodeios e outros eventos sociais. O mate deve ser servido com a mão direita, na expressão da força gaúcha, e a roda gira pela esquerda. Quando a roda é grande devemos encher o porongo de erva fazendo um mate curto, para que gire mais rápido.
     É necessário frisar que não existe nada escrito ou sacramentado neste assunto do mate, pois as coisas mudam de uma região para a outra. Nosso Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã está preparando um trabalho sobre o mate, que será publicado oportunamente. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”