segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Boletim 295.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Recebi do meu Amigo, Irmão e Parceiro Ignácio Mahfuz o texto abaixo, que julguei muito meditativo, principalmente para os velhos como eu. Assino abaixo.


TROPEANDO O TEMPO.
Conto meus anos e descubro que tenho menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero mais participar de eventos onde desfilem egos inflados.
Não mais tolero gabolices.
Inquietam-me os invejosos.
Não tenho mais tempo para projetos megalomaníacos, faraônicos.
Já não tenho tampo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, mesmo cronologicamente maduras, são imaturas.
Já não perco tempo debatendo vírgulas e detalhes gramaticais sutis.
Tenho tempo apenas para debater conteúdos.
Meu tempo tornou-se escasso para discutir rótulos.
Quero meu tempo para viver ao lado de gente humana, muito humana.
Gente que sabe rir dos seus tropeços e que não se deslumbra com os efêmeros triunfos.
Gente que não foge de sua mortalidade, gente que defende a dignidade e, apenas, deseja andar humildemente com o Grande Arquiteto.
Ah!, também tenho muito tempo para estimar os animais.
Caminhar perto de seres amigos nunca é  perda de tempo.

(setembro/2016)




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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”