quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Boletim 291.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.

Boletim nº 1 - datado de julho de 2006.
Neste boletim, que não foi publicado aqui, relacionei alguns dados, que me foram ofertados pelo amigo João Luiz Horta Barbosa, aos quais agora adiciono outras informações procedente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã.

ORIGEM DA FAZENDA DA QUINTA.

            A Fazenda da Quinta, desmembrada da sesmaria Flor da Praia, que foi recebida por Faustina Maria Centeno, nascida em 01-07-1804, na Freguesia de Triunfo, filha do Sargento–Mor Boaventura José Centeno e de Dona Antônia Joaquina Gonçalves da Silva, irmã do Gal. Bento Gonçalves, era casada com o português João Luiz Pereira da Silva, conhecedor da arte da enxertia fez um enorme pomar, que terminou dando o nome à grande Fazenda da Quinta. Conhecemos três de seus filhos, ignoramos a existência de outros.
1) Antônia Luiza Centena Vianna  casada com José Soares Vianna – ainda não pesquisada.
2) Boaventura Luiz Pereira da Silva, nascido em 26-01-1829 em Camaquã, casado com Júlia César Centeno, e por falecimento desta, casou em 2ª núpcias com Isabel Eufrásia de Oliveira Guimarães, nascida em 30-05-1846 no Boqueirão onde casou em 08-12-1867. Isabel Eufrásia foi a terceira filha de Perpétua (filha do Gal. Bento Gonçalves e Caetana) e de Inácio Oliveira Guimarães. Dos seus quatro filhos destacamos o Cel. Boaventura Luiz Pereira da Silva Júnior, chefe do Estado Maior do Gal. Zeca Netto, e pai de Dona Isabel Silveira da Silva, viúva de Dorval Ribeiro, progenitores de Cláudio da Silva Ribeiro e Ieda Ribeiro Karan. Boaventura Júnior faleceu em Camaquã em 29-04-1887, com a idade de 58 anos.
3) Francisco Luiz Pereira da Silva, que aprendeu a arte da enxertia com seu pai, continuou a grande quinta. Casou com Ana Júlia da Silva, filha de Júlio Cesar Centeno, que era filho do Sargento-Mor, Boaventura José Centeno. Conhecemos dois filhos: 
                                   A) Adolfo Luiz Pereira da Silva casou com Anna América Centeno, e tiveram quatro filhos: Thereza Centeno Azambuja, casou com o primo Mário Silva Azambuja, pais de Luiz Fernando e Maria de Lourdes: Maria Centeno Azambuja casou com o primo Lauro Silva Azambuja, sem descendência; Sylvio Luiz Pereira da Silva casou com Morena Centeno Pereira, pais de Gladis Terezinha. Seu último filho foi Francisco Luiz Pereira da Silva, que casou com a irmã de Morena, Ivone Centeno Pereira, pais de César Augusto e Marco Antônio Luiz.
                                   B) Faustina Pereira da Silva Azambuja, casou com o Cel. Ney Xavier de Azambuja proprietário da Fazenda da Invernada. Deste casal nasceram treze filhos, sendo que apenas oito sobreviveram: Mário Silva Azambuja, casou com sua prima Thereza Centeno (já mencionado); Marieta Silva Azambuja, casou com José Olavo Fay, pais de Marila, que casou com Ruy Rodrigo Azambuja, Tito Livio Fay e José Olavo Fay Júnior; Lauro Silva Azambuja, casou com Maria Centeno (já mencionado); Mariá Silva Azambuja, casou com Tito Paranhos, pais de José Carlos Paranhos Barcellos;  Ney Xavier Azambuja, que foi prefeito em Camaquã, casou com Nilda Souza Azambuja, pais de Ney, que casou com Solange Paiva, e Neyta Azambuja, casada com Reni Marques; Marcolina Azambuja casou com Romeu Luiz Pereira da Silva, pais de Zélia Maria e Ruy Pereira da Silva; Cel. Dário Silva Azambuja casou com Maria de Lourdes Vilamil, pais de Vera Maria e Ney Artur, e finalmente, Adolfo Silva Azambuja, que casou com Zilda Souza, pais de Luiz Felipe, Maria da Graça e Luiz Alberto.
                        Agradeço ao amigo Dr. João Luiz Horta Barbosa, com sua primeira pesquisa sobre a família Pereira da Silva, que se encontrava perdida. Nossa história não terá fim, na continuação de tantos que virão, entretanto, poucos saberão contá-la. O Galpão do Galo Velho quer deixar gravado o registro daqueles que nos ofertaram o dia de hoje, com a doação de sua dignidade, amor à família e ao próximo. Foram os verdadeiros fazendeiros, que conviveram com seus empregados dividindo o suor da labuta, num mundo sem conforto, mas pleno de respeito e trabalho profícuo. Resta derramar sobre nós e àqueles que virão de nós, as bênçãos do Grande Criador, na esperança que saibam seguir a mesma trilha que eles traçaram, carregando o peso de seus esforços na busca de dias melhores para todos nós.  
                             Agradeceria também, àqueles parentes que estiverem lendo, que me enviassem suas descendências com seus nomes e o ano de nascimento.
      

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”