segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Boletim 290.

ABRINDO A PORTEIRA.
O silêncio.
O mais importante dos silêncios é aquele que habita em nosso interior. Ele não cessa, mesmo com todo o barulho lá fora. É ele que permite nossa mente trabalhar no discernimento dos fatos. Sem ele estaremos cometendo erros sobre erros. Alguns dirão que é a calma e a serenidade, e eu somo a sabedoria. É um exercício difícil este de mantermos nosso interior tranquilo. Só o conseguiremos se aprendermos a meditar! Meditar no silêncio de algum lugar, para aumentarmos o silêncio em nosso interior. Então estaremos nos aproximando da sabedoria. Meditem.

GALPÃO.
Galpão do Galo Velho.
Nada melhor do que assistir a vida passar. Lá se foram vinte e dois anos da significativa foto, ao comemorar meus 60 anos. Nada pior na vida (aprendi no Livro da Vida) do que a gente se queixar da vida. Os dois guris foram embora para cumprir com seus belos destinos, e os velhos ficaram sós, cada vez se agarrando mais um no outro. Foi bom os guris terem ido embora. 

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
As calhas.

Calhas de madeira. Tábuas de polegada, com 30 cm. de largura, 5,5 metros de comprimento, com guias de 15 cm de largura, pregadas em suas laterais, formando assim uma calha. Elas foram pregadas sobre estacas de madeira cravadas no leito do Arroio Jacaré, em duas fileiras, no nível, e exatamente da largura dos pneus de um automóvel. Automóvel do Senhor Adriano Scherer, o precursor, o empresário, o grande arrozeiro, e desbravador de Santa Rita do Sul, então chamado de Guaraxaim, lá por 1925. Ele com seu automóvel, que me parece ter sido um chevrolet, cruzava voando pelas calhas, e depois pelo Aterro da Terra Dura, que também construiu com suas turmas de corte do arroz, totalmente executado à pá. Como não havia ponte sobre o Jacaré, ele imaginou e construiu inteligentemente as tais calhas, que lamento não possuir uma foto das mesmas. Quem sabe alguém me dá esta alegria.

FECHANDO A PORTEIRA.
Já é muita falação. Desejo uma boa semana para vocês, com a Dilma pelas costa. Acabo de sair da frente dela, pois sua falação é pior do que a minha.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”