ABRINDO A PORTEIRA.
Nada é fácil!
Não busquem pelo fácil, ele nada constrói. Vou dar um exemplo: "Alguém mora numa ilha paradisíaca. Arma um chapéu de sol à beira mar. Um serviçal leva a ele a cerveja gelada e as refeições necessárias. Passa o dia, passa o mês, ele gosta, e decide passar a vida toda ali. O que ele constrói? Nada, ou talvez alguma poesia, alguma música, mas nada mais."
Voltando. Você que dá murro o dia inteiro para sobreviver, basta não se queixar, entendendo que ao chegar em casa irá encontrar carinho e respeito. É exatamente vencendo obstáculos, que construiremos o belo em nosso interior.
GALPÃO.
Querência dos Poetas Livres Vilmo Medeiros.
Um grupo de gaúchos, hoje somos 22, reúne-se quatro vezes ao ano, em rodízio nas suas querências, onde é proibido falar em dinheiro, mercâncias e mulheres, só nas próprias. Na tertúlia galponeira cada um diz ou canta o que sabe, toca, declama, ou apenas saúda os de casa. Na semana passada foi no Galpão do Galo Velho, e deixo apenas duas fotografias, dos muitos momentos agradáveis, que ali passamos.
Em plena Tertúlia Galponeira, o som de um bom violeiro, no encanto de um garrafão de vinho, aquentando o frio brabo de um longo inverno.
Aqui o grande amigo, poeta, pajador, mas acima de tudo gaúcho com a marca do Rio Grande do Sul no peito, apaga a vela de 84 anos de bela existência, entre a Patroa e o Patrão.
Então no outro dia, no calor de um fogo forte, mateando no silêncio de mim mesmo, escrevi no Livro nº 7 dos Causos do Galpão. Registro que há 35 anos, neles gravo os causos acontecidos.
07/08/2016 - "Agora, já no dia 7, a festa acabou, mas o tempo não acaba, pois a vida irá continuar para sempre. Eu mesmo nem sei quando é "sempre". Certamente ele não será para sempre aqui nesta Terra, pois tem muito mais em outros lugares. Na vida basta sabermos amar, para sermos amados, pois além do amor não existe mais nada".
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