segunda-feira, 6 de junho de 2016

Boletim 278.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ainda o Rio de Janeiro.
Certo dia, lá na década de 80, um conhecido meu chamado Amaro Viana (tomara que ele não leia isto, pois poderá revidar...) me perguntou: "Azambuja, é verdade que um empregado botou você na justiça?". Respondi afirmativamente, e ele retrucou: "Aqui no Rio não tem disso não. Não permitimos. Amanhã espero você na minha casa, quando apresentarei quem vai acabar com o problema. Leva o endereço e uma fotografia do malandro". Esse Amaro era grande fazendeiro na região, invernador de mil bois! Não sei como, mas o estado do Rio que é pequeno só tem coisas grandes, como grandes também são suas maldades. Com meu coração aos saltos, eu que não mato nem borboleta, corri no escritório do engenho e chamando em particular meu gerente, disse a ele: "João Batista, procura o fulano (até esqueci o nome) e faz um acerto com ele de qualquer maneira. Diz que se não acertar, o Amaro Viana vai matar ele, não eu". No outro dia, após o acerto, fui na casa do Amaro (só podia ser amargo mesmo) e disse que o empregado havia retirado a queixa. 
O que é mesmo que eu fui fazer lá no Rio? Trabalhar?

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”