ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Ainda o Rio de Janeiro.
Certo dia, lá na década de 80, um conhecido meu chamado Amaro Viana (tomara que ele não leia isto, pois poderá revidar...) me perguntou: "Azambuja, é verdade que um empregado botou você na justiça?". Respondi afirmativamente, e ele retrucou: "Aqui no Rio não tem disso não. Não permitimos. Amanhã espero você na minha casa, quando apresentarei quem vai acabar com o problema. Leva o endereço e uma fotografia do malandro". Esse Amaro era grande fazendeiro na região, invernador de mil bois! Não sei como, mas o estado do Rio que é pequeno só tem coisas grandes, como grandes também são suas maldades. Com meu coração aos saltos, eu que não mato nem borboleta, corri no escritório do engenho e chamando em particular meu gerente, disse a ele: "João Batista, procura o fulano (até esqueci o nome) e faz um acerto com ele de qualquer maneira. Diz que se não acertar, o Amaro Viana vai matar ele, não eu". No outro dia, após o acerto, fui na casa do Amaro (só podia ser amargo mesmo) e disse que o empregado havia retirado a queixa.
O que é mesmo que eu fui fazer lá no Rio? Trabalhar?
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