ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
23 de fevereiro.
1º dia do ano. O Brasil esfrega os olhos acordando para o serviço. As crianças se agitam na frente dos colégios. Os homens se assustam com o negativo de seus cartões de créditos.
Assim realmente não dá dirão alguns. Pois realmente dá, e por isso os brasileiros se diferenciam dos demais povos. Somos roubados, não trabalhamos, ganhamos poucos, nos conformamos. Este conformismo é que nos faz feliz. Ninguém arranca os cabelos da cabeça, não vai à rua protestar contra os desmandos políticos, não perde o sono pelo negativo dos cartões de créditos, e já está programando as próximas férias. Tudo passa e nada chega ao fim, pois o fim não existe. Felicidade é viver assim, solto das patas.
O Dr. Kaufmann, um médico de cirurgias pesadas na UCLA, em Los Angeles, não tira férias (assim como meu Galo Velho!). Ele diz que as 17 horas encerra o expediente indo jogar tênis, e que ninguém lhe interrompe o jogo. Está em férias permanente fazendo o que gosta (assim como meu Galo Velho!). Entretanto, duvido que seja tão feliz como o resto do povo brasileiro.
Estou chegando das minhas férias, e vocês também, portanto ao trabalho. Vocês, eu vou escrevendo a alegria da vida.
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