segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Boletim 211.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
23 de fevereiro.
1º dia do ano. O Brasil esfrega os olhos acordando para o serviço. As crianças se agitam na frente dos colégios. Os homens se assustam com o negativo de seus cartões de créditos.
Assim realmente não dá dirão alguns. Pois realmente dá, e por isso os brasileiros se diferenciam dos demais povos. Somos roubados, não trabalhamos, ganhamos poucos, nos conformamos. Este conformismo é que nos faz feliz. Ninguém arranca os cabelos da cabeça, não vai à rua protestar contra os desmandos políticos, não perde o sono pelo negativo dos cartões de créditos, e já está programando as próximas férias. Tudo passa e nada chega ao fim, pois o fim não existe. Felicidade é viver assim, solto das patas.
O Dr. Kaufmann, um médico de cirurgias pesadas na UCLA, em Los Angeles, não tira férias (assim como meu Galo Velho!). Ele diz que as 17 horas encerra o expediente indo jogar tênis, e que ninguém lhe interrompe o jogo. Está em férias permanente fazendo o que gosta (assim como meu Galo Velho!). Entretanto, duvido que seja tão feliz como o resto do povo brasileiro.
Estou chegando das minhas férias, e vocês também, portanto ao trabalho. Vocês, eu vou escrevendo a alegria da vida.
 


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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”