quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Boletim 200.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
Minhas impaciências.
 
Eu posso ser impaciente no trânsito, nas filas do banco, mas não posso ser impaciente com quem amo. Um princípio de respeito, que é a recíproca de meu amor também ser paciente comigo. Posso ir mais longe: a impaciência é o primeiro passo para o ódio, basta ser impaciente a todo momento. O impaciente é um intolerante. O intolerante é um preconceituoso. O preconceituoso é um discriminador. O discriminador é um marginal. Se multiplicar minhas impaciências, tornar-me-ei um fora da lei. Na verdade em certos momentos devo justificá-las, pois até Jesus perdeu sua paciência com os vendilhões do Templo. Deus disse que aos mansos será dado um lugar no céu, mas é muito difícil ser manso no meio de loucos. Nos hospitais chamam de paciente, aquele cristão deitado num leito, cheio de dores, muitas vezes na espera de sua própria partida. Paciente também é o brasileiro honesto, que paga seus impostos em dia, vendo seus esforços escoarem para os bolsos dos Vendilhões do Templo. Que as nossas impaciências não nos levem a novo regime de exceção. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”