terça-feira, 19 de agosto de 2014

Boletim 185

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
 
19 de agosto.
Sem que me desse conta da data cheguei no Galpão do Galo Velho, e no seu ritual aticei as brasas, fazendo um fogo forte para espantar a escuridão dos sofredores. 
 
 
 
Colhi três margaridas e coloquei no pequeno vaso. Acendi a vela da Nossa Senhora da Conceição, e a perfumei com incenso. Depois tomei do livro que há mais de mês não o acariciava, sentando no banco tosco. Foi quando escrevi a data - 19 de agosto - e um silêncio imenso brotou dentro de mim, pois meu velho Pai morria nesta data no ano de 1977. Eu e meu filho Magrinho havíamos chegado dos EUA em junho, e na recepção que ele nos fez, percebi em sua fisionomia que havia chegado o seu fim. Não houve drama, e me despedi dele sem derramar lágrimas, mas mesmo domando a emoção em meu peito, senti a dor da separação. Temos de entender que esse é o caminho de todos nós. O Galpão do Galo Velho lhe deixa aqui uma prece de amor, carinho e respeito.
É a "longa trilha da vida, que só se cruza uma vez" (Apparício).
Se algum de vocês quiser orar comigo, sugiro que cliquem em Minha oração.




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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”