ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
19 de agosto.
Sem que me desse conta da data cheguei no Galpão do Galo Velho, e no seu ritual aticei as brasas, fazendo um fogo forte para espantar a escuridão dos sofredores.
Colhi três margaridas e coloquei no pequeno vaso. Acendi a vela da Nossa Senhora da Conceição, e a perfumei com incenso. Depois tomei do livro que há mais de mês não o acariciava, sentando no banco tosco. Foi quando escrevi a data - 19 de agosto - e um silêncio imenso brotou dentro de mim, pois meu velho Pai morria nesta data no ano de 1977. Eu e meu filho Magrinho havíamos chegado dos EUA em junho, e na recepção que ele nos fez, percebi em sua fisionomia que havia chegado o seu fim. Não houve drama, e me despedi dele sem derramar lágrimas, mas mesmo domando a emoção em meu peito, senti a dor da separação. Temos de entender que esse é o caminho de todos nós. O Galpão do Galo Velho lhe deixa aqui uma prece de amor, carinho e respeito.
É a "longa trilha da vida, que só se cruza uma vez" (Apparício).
Se algum de vocês quiser orar comigo, sugiro que cliquem em Minha oração.
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