ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Sonhei um dia.
Com um espaço infinito onde me debrucei olhando a vida distante. Era um horizonte iluminado, onde percorri caminhos em busca do que não sabia. Apenas a natureza verdejante, ondulada por suave brisa, ao som de ondas borbulhantes, de um mar sereno. Busquei respostas que ainda hoje não encontrei, então as interrogações não me feriam. Sonho criança que se satisfazia com o desconhecido, e que hoje tanto me assusta. Talvez não fosse o nascer do dia, por certo um alegre ocaso, e por mais que eu cresse no ensinamento do meu anjo, que dizia não existir o fim, eu percebia que alguma coisa estava termiando.
Então abre as tuas asas.
Abre as tuas asas e voa na imaginação. Sobe aos ares do cosmo bendito, sem nuvens tolhendo a luz eterna. Fica solto no livre de tua limpa e pura consciência, e bebe a paz do infinito. Encontrarás em suaves acordes, os sonhos que tanto te embalaram, e respostas perdidas que tanto te assustaram. Não será um novo mundo, será o nosso mesmo mundo, pois nada muda. Nada finda. É a viagem certa, que todos faremos um dia, quando encontraremos a Palavra Perdida.
Perdoem a prosa, mas esse cisne me convidou à voar.
Perdoem a prosa, mas esse cisne me convidou à voar.
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