domingo, 10 de agosto de 2014

Boletim 184.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.

Sonhei um dia.
Com um espaço infinito onde me debrucei olhando a vida distante. Era um horizonte iluminado, onde percorri caminhos em busca do que não sabia. Apenas a natureza verdejante, ondulada por suave brisa, ao som de ondas borbulhantes, de um mar sereno. Busquei respostas que ainda hoje não encontrei, então as interrogações não me feriam. Sonho criança que se satisfazia com o desconhecido, e que hoje tanto me assusta. Talvez não fosse o nascer do dia, por certo um alegre ocaso, e por mais que eu cresse no ensinamento do meu anjo, que dizia não existir o fim, eu percebia que alguma coisa estava termiando. 
 

Então abre as tuas asas.


Abre as tuas asas e voa na imaginação. Sobe aos ares do cosmo bendito, sem nuvens tolhendo a luz eterna. Fica solto no livre de tua limpa e pura consciência, e bebe a paz do infinito. Encontrarás em suaves acordes, os sonhos que tanto te embalaram, e respostas perdidas que tanto te assustaram. Não será um novo mundo, será o nosso mesmo mundo, pois nada muda. Nada finda. É a viagem certa, que todos faremos um dia, quando encontraremos a Palavra Perdida.  

Perdoem a prosa, mas esse cisne me convidou à voar.

 
 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”