ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Juntamos os panos.
Jane e eu aguentamos três dias de separação dos corpos, para juntarmos outra vez os nossos panos. Isto me fez lembrar dos cinco anos que trabalhei no interior do Rio de Janeiro, plantando arroz! Dá para entender? Pois bem, foi uma boa lição de vida, e das tantas, lembro de uma, quando numa roda de cariocas descobri que todos já estavam na terceira ou quarta mulher. Ao confirmar que continuava com a mesma, eles passaram a gozar dos gaúchos, coisa que adoram fazer. Podem rir a vontade, pois sabemos que mesmo num mesmo país, somos de uma raça diferente. Os risos silenciaram quando contei que gaúcho também briga com a mulher, mas só durante o dia, pois de noite ele faz as pazes, tamanho é o frio, e a necessidade de uma costela quente. Dou testemunho deste frio nestas três noites de separação dos corpos, sabendo que nossas almas não se separam nunca.
Vou me separar também destes meus traços, voltando para o Hospital de PUC, onde também ficarei dois ou três dias ao lado da minha costela quente, mas sem abraços.
Vou me separar também destes meus traços, voltando para o Hospital de PUC, onde também ficarei dois ou três dias ao lado da minha costela quente, mas sem abraços.
Completei 38 anos de casado no dia 08/05/2014. Quando viajo ou alguém me pergunta se sou casado respondo: "sou casado há 38 anos com a mesma mulher". Algumas vezes vira piada, outros se admiram. E eu quando encontro alguém que não vejo há muito tempo, pergunto pela família, tal o número de vezes que dei fora perguntando pelo nome da pessoa (cônjuge).
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