quarta-feira, 28 de maio de 2014

Boletim 175

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Juntamos os panos.
Jane e eu aguentamos três dias de separação dos corpos, para juntarmos outra vez os nossos panos. Isto me fez lembrar dos cinco anos que trabalhei no interior do Rio de Janeiro, plantando arroz! Dá para entender? Pois bem, foi uma boa lição de vida, e das tantas, lembro de uma, quando numa roda de cariocas descobri que todos já estavam na terceira ou quarta mulher. Ao confirmar que continuava com a mesma, eles passaram a gozar dos gaúchos, coisa que adoram fazer. Podem rir a vontade, pois sabemos que mesmo num mesmo país, somos de uma raça diferente. Os risos silenciaram quando contei que gaúcho também briga com a mulher, mas só durante o dia, pois de noite ele faz as pazes, tamanho é o frio, e a necessidade de uma costela quente. Dou testemunho deste frio nestas três noites de separação dos corpos, sabendo que nossas almas não se separam nunca. 
Vou me separar também destes meus traços, voltando para o Hospital de PUC, onde também ficarei dois ou três dias ao lado da minha costela quente, mas sem abraços.

Um comentário:

  1. Completei 38 anos de casado no dia 08/05/2014. Quando viajo ou alguém me pergunta se sou casado respondo: "sou casado há 38 anos com a mesma mulher". Algumas vezes vira piada, outros se admiram. E eu quando encontro alguém que não vejo há muito tempo, pergunto pela família, tal o número de vezes que dei fora perguntando pelo nome da pessoa (cônjuge).

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”