quarta-feira, 21 de maio de 2014

Boletim 174.

ABRINDO A PORTEIRA.
Separei-me!
Depois de cinquenta e sete ano ao lado da minha Jane nos separamos. Faze vinte e quatro horas, e já estou cheio de saudade. Ela sempre dormia em meu ombro amigo. A amizade quando provém da paixão e do amor é o maior de todos os sentimentos. Preservem as amizades sinceras de vocês, e um dia me darão razão. Calma, não se assustem pois a separação é passageira. Foi diagnosticado uma faringite em mim, e o médico disse que é contagiosa. Então a cama, toalha, sofá, talheres e até banheiro, tudo separado. O difícil é separar daquele abraço. Quando ficamos velhos tudo que é material vai perdendo sentido, o sexo e até o conforto, pois sabemos que nos momentos finais teremos apenas uma cama nos protegendo. Jane e eu logo estaremos no abraço novamente, e fico rezando, lamentando por aqueles que não podem mais desfrutar o abraço do amado amigo, ou amiga.


GALPÃO.
Amando a vida.
"É balda de quem é velho, andar jungido ao passado, como um boi magro e cansado ao peso da canga, mas que paciente e sem zanga, vai mascando a malagueta, que é o carreteiro sotreta, que não lhe afrouxa o serviço, e o boi velho nem por isso, deixa de amar a carreta". (Apparício Silva Rillo).
E aqui vou eu paciente e sem zanga, amando a vida que é minha Jane, pois com ela o mundo foi criado em 12 de novembro de 1957.


Aprendendo a dividir doçuras e amarguras.

HISTÓRIAS QUE VOU CONTAR.
Alegria da vida.
Só seremos alegres, se soubermos que fizemos a alegria de alguém. Lógico que para fazermos a alegria de alguém devemos, de certa forma, amá-lo, e logicamente, que para amá-lo teremos que amar primeiro a nós mesmos. Já escrevi, ou alguém escreveu antes mim que esqueci, que tudo é "de dentro para fora". Se não tivermos dentro de nós, não encontraremos fora de nós. Por vezes não identificamos o que temos dentro de nós (não é segredo, temos tudo), e será necessário um fato externo para despertar. Prestem atenção na vida, ela é bela e longa.

FECHANDO A PORTEIRA.
Fecho superando dificuldades, pois é nelas que encontraremos o crescimento.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”