segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Boletim 157

ABRINDO A PORTEIRA.
Vista cansada. 
Recebi de Cony Filho, meu Irmão Fraterno, uma mensagem com esse título. Tão lindo o texto, que não consegui ver as belíssimas fotos. "Vi não vendo" ou "De tanto ver, não vi" como consta no texto. Vou tentar colar o link, mas não sei se dará certo. Depois de lê-lo quatro ou cinco vezes, passei a meditar nele, e me atrevi em opinar.
Vista perfeita.
Existem olhos que só percebem erros. Nada para eles é perfeito, e estão sempre em busca de algo que esteja faltando. Lembro de um dia ter mostrado um trabalho para certo amigo, quando ele apontou alguns erros. Se fosse só um, mas foram vários. Interessante que eu estava satisfeito com aquele serviço, que me proporcionava felicidade, o que julgo ser próprio dos medíocres. Aquele amigo era um perfeccionista, se aproximando da genialidade. Opino então, que felizes somos nós os medíocres, já que os gênios não são capazes de apreciar suas próprias obras primas. 

GALPÃO.
Galpão.
A história do nosso Rio Grande do Sul se confunde com GALPÃO. Era nele que se tramava as batalhas, longe de ouvidos tagarelas, ao lado das montarias encocheiradas, no 'sorvo da cuia bruna', e 'vaqueanos virando assados', foi assim que a história de nossa terra gaúcha aconteceu, riscada de sangue. Certamente o nosso torrão foi o único da Pátria assim formado, fazendo o amor por ele, se alimentar da seiva do chão bendito de nossos antepassados. Quando o Balbino canta o Rio Grande, a gente se encanta. Escutem:
"No teu recinto aquecido, duendes de estranho jogo, riscavam sombras de fogo, na taipa e no chão batido. No oitão de taquara e terra, cimbrava a bulha da guerra. Ali brotou a decisão: Brados de irmão para irmão, se ouviu de um para outro! A rincho e casco de potro, firmou-se ao cantar do galo, penhor de pai para filho, amor de filho pra pai... e a indiada pulou a cavalo, e a grito, pata e lombilho, num raio guacho que cai, a cincha e a sovéu gasto, trouxe este Brasil de arrastro, pras barrancas do Uruguay" (Balbino Marques da Rocha, no arremate do poema 'Galpão do Rio Grande'). 

HISTÓRIA QUE ME CONTARAM.
NPHC.
Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã. Ali a gente toma um banho de história, escutando a voz do seu mentor e fundador, Dr. João Máximo Lopes, um bageense, que conhece a história de Camaquã, mais do que qualquer outro de seus filhos. Nossas reuniões começam as 18 horas de todas as últimas quintas feiras do mês (janeiro e fevereiro estamos de férias), na Av. Olavo Moraes, 444, segundo piso, sempre com interessantes palestras. Vale a pena ouvir as histórias que conta o João Máximo.


FECHANDO A PORTEIRA.
Vamos deixar aberta. A tropa anda aquerenciada, tem pasto bastante, e ninguém vai embora. Melhor ainda é que os ladrões sabem que simplicidade não pode ser roubada. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”