domingo, 8 de setembro de 2013

Boletim 142

ABRINDO A PORTEIRA.
A pescaria.
Há quem diga, que quando estamos nervosos, devemos ir pescar. Certamente a estas horas, a humanidade de hoje estaria na beira d`água aprendendo a pescar. Sempre pesquei, mesmo não estando nervoso. Nosso grupo é chamado de "Os fisgados", e o título não se deve ao fato de termos fisgado algum peixe, e sim porque fomos fisgados pela Natureza. Pouco importa o tamanho do peixe, ou sua quantidade, o que importa é o contato com ela, e a convivência com os amigos. Ali nos elevamos, sentindo o poder do Criador, que nos extasia ante um simples cantar dos pássaros, ou o murmúrio do escorrer de uma água límpida e cristalina. 
O lindo dourado não morreu. Ele retornou às águas do seu formoso Rio Paraná. Ao centro meu saudoso amigo Gilberto dos Santos, com quem ainda pesco, no meu rio imaginário.

GALPÃO.
O dourado assado.
Ali ao redor do fogo de chão já se comeu muito peixe, mas aquele que permanece na memória foi um dourado assado pelo lombo, recheado por minha filha Márcia, e saboreado pelo casal amigo, Cláudio Ribeiro e sua esposa Míriam, quando um "boné foi jogado ao chão", oportunizando um giro aos EUA, em um congresso de criadores de Gado Devon. Ao chegarmos naquele lindo ano de 1984, nascia nossa primeira neta, a Fernanda Lahude Azambuja. 

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Histórias de pescadores.
A gente conhece várias, e quase todas são mentirosas, mas essa recebeu o juramento de meu tio e padrinho, Francisco Luiz Pereira da Silva, um dos homens mais probos que conheci. Pescava no açude da sua centenária Fazenda da Quinta, quando puxou quatro peixes, fisgados num só anzol. Uma traíra muito grande, que havia engolido uma menor, e dentro desta, a cabeça de outra pequenina traíra, que trazia o quarto peixe, o lambari, que servira de isca. Sei que vocês não irão crer, mas eu cri. 

FECHANDO A PORTEIRA.
Pescaria x Vicissitudes.
As pescarias nos levam a mudar de hábitos, percorrendo os mais diversos locais, com diferentes climas. As dificuldades muitas vezes nos surpreendem, e devem ser vencidas em conjunto, fortalecendo nossas amizades, pois não é na bonança que iremos crescer. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”