quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Boletim 141

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Baruch Espinoza. (2ª parte e última)
Vamos naquele seriado, complicado e mais embrulhado que a cabeça do Espinoza.

"Deus falando com vocês":

5- "Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem te irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor".
O Galo Velho responde:
"Sempre confiei em Ti e só posso orar, para um dia ao teu lado sentar. Nada te peço, e só te oferto. Nunca temi por Ti, nem mesmo por Teu Juízo Final. Se por vezes sinto castigos, eu Te devolvo amor, para chegar no Teu Paraíso Celestial". 

6- Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
O G.V. responde:
"Irei sempre pedir o Teu amor, e o Teu perdão, pelas paixões e prazeres de meu inquieto coração. Os sentimentos e incoerências do meu livre-arbítrio são domadas por minha consciência".

7- "Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso"?
O G.V. responde:
"Creio que me castigas, mesmo feito à tua imagem. Quem diz é minha própria consciência, construída na dura aprendizagem, e imolada na tua onisciência".

8- "Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti".
O G.V. responde:
"Meus mandamentos e leis é minha consciência quem dita, e só o amor me controla, na Tua sabedoria infinita".

O Galo Velho é poeta de galpão, por tal, anda atrapalhado neste linguajar de quatrocentos anos atrás. As demais afirmações do Espinosa são todas "espinhosas", que ficarão sem respostas...

Um comentário:

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”