quarta-feira, 17 de abril de 2013

Boletim 126

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
HOSPITALIZAÇÃO.
Experimentem treinar vossas paciências, dando baixa em uma emergência hospitalar, fora dos sábados e domingos. Minha esposa amiga, de 56 anos de conjugação amorosa, foi surpreendida com uma infecção intestinal, quando fomos à emergência de um hospital de primeiro mundo em Porto Alegre. Tudo repleto, naquela agitação calma, se assim posso me expressar. Todos, se não medrosos, ali ficam assustados, e se fecham dentro de si. O pior é a maioria não saber ofertar seus sofrimentos, buscando reclamar de alguém, ou de alguma coisa. Mais difícil ainda é compreenderem que somos apenas uma vil matéria, abrigando "Tudo". Doze horas depois conseguimos nossa baixa, que foi uma baixaria, pois estávamos sem "lenço e sem documento". Minha paciência continuou testada, assessorando minha querida perfeccionista, num ambiente imperfeito, por mais que o bom hospital tentasse contentar seus "impacientes". Os profissionais são impessoais, o que julgo necessário, não se envolvendo emocionalmente com seus pacientes. Numa das salas enfatizou a enfermeira: "Aqui o senhor não pode entrar", ouvindo: "Quem pensas que és para separar um casal de 56 anos de união?". Antes de terminar seu susto, concluí: "Mesmo assim eu vou permitir". Passei a matutar sobre o ocorrido, em uma cadeira fria -  Quando se ultrapassa a paixão, e até mesmo o próprio amor, para se chegar na verdadeira amizade, completamos o ciclo da vida - Então, nem mesmo a morte nos separa. 

2 comentários:

  1. Querido primo, irmão, tio, padrinho; entendo perfeitamento tudo isso. Melhoras à Jane. Neste momento, estou há 15 dias vivendo a maior crise de lombalgia aguda com ciática que se possa imagEinar. uma semana inteira dobrado literalmente, sem poder erguer-me (dobrado pela dor). Visitei o inferno por uns 7 ou 8 dias. Agora, no 15, já saí do inferno, mas ainda com muita dor, abaixo de analgésicos poderosíssimos. Várias vezes nas emergências, etc... Não fosse a Helena me cuidando, o inferno teria sido pior. Comecei a fisioterapia, que está me aliviando. Estou na quarta sessão de vinte! A vida vai ensinando até o finalzinho! Mas leio aqui, em Esperanto (a amada, maravilhosa, incrível e poderosa língua internacional Esperanto - não te preocupes, vou traduzir): Starante antaŭ tempesto, ne dronu en lamentado. Meditu pri la bonaĵoj, kiuj venos post ĝia forpaso. Diante da tempestade, não se perda em lamentos, medite sobre a quantidade de boas coisas que virão depois que tudo passar.
    Ne prezentu al vi nur la danĝerojn de malsano. Kunkalkulo la ĝojon kai la kapablon kuraci.
    Não ofereça a si somente o perigo da doença, calculemos a felicidade da capacidade de curar-se.
    Domar o pensamento!! Domar o terrível pensamento negativo que cultivamos sobre tudo!! Eis a grande tarefa. Nada fácil. Pensamos de forma podre e pequena, teimamos e ficar no "animal" que fomos e ainda somos, não assumindo o Divino Ser que seremos, e já podemos e devemos ser. Domar a bandida mente, tão traiçoeira e ilusória!Temos que mudar o mundo! Ou seja: temos que mudar o que somos, fazer a tal reforma íntima, que sem dúvda é a cristificação do ser. No auge do meu martírio ciático-lombar, quando não aguentava mais, pensei naqueles pregos nas mãos e pés do Mestre Jesus. Bem, sem palavras....
    Te abraço e a toda a família, com o amor que tenho, embora tão pequeno.
    Zé Vitor

    ResponderExcluir
  2. Querido Irmão Azambuja. Aqui em São Lourenço do Sul, à beira da Lagoa, numa tenda que abriga um valioso Cristal, unimos nossas mãos, nossos pés, nossos corações pela pronta recuperação de tua amada. Tu és valioso para nós, te amamos muito. Três abraços bem cinchados meu irmão. Cláudio Machado Soares

    ResponderExcluir

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”