sábado, 15 de setembro de 2012

Boletim 108

ABRINDO A PORTEIRA.
A vida é bela.
Quem viu o filme sabe o quanto a vida é bela. Tão bela, que só os loucos querem ir embora, antes do tempo. Aquele filme se sustenta numa linda e difícil virtude - resignação - que o dicionário define como "coragem para enfrentar a desgraça". Até o distante budismo (para mim), define a vida como sofrimento, e certamente que ele não menciona o maior de todos os sofrimentos - a vida de Jesus Cristo na Terra. O quanto já recebemos de Deus? Será que Ele não tem direito de nos tomar alguma coisa? Quando se chega a idade avançada passamos a perceber, que estamos perdendo muito, daquilo que recebemos lá atrás. Mas, a vida continuará bela.


GALPÃO.
Chão batido.
"Sala grande chão batido, onde passei minha infância. Querido galpão de estância, que foste um dia meu lar. Hoje aqui venho rezar..." (Jayme Caetano Braun). Aquele chão de estância, que hoje não é mais batido, era confeccionado com os cupins dos campos, que não se vê mais, pois os campos foram todos lavrados, para matar a fome de uma população, que se multiplica quase geometricamente. Pois se a humanidade aprendeu a matar a fome do corpo, esqueceu de como se mata a fome da alma.

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
O malho.
Outro dia ofertei um malho (martelo) ao Sérgio Scherer. Já escrevi lá atrás, que os Scherer são uma legenda em Camaquã, e o que busco é dar continuidade a história. Pois foi numa loja de São João, repleta de mercadorias "do bom viver", onde fiz a dita entrega. Um momento lindo, quando falei, que por ele sentar na coluna da força, cujo símbolo é um malho, eu lhe ofertava um, feito pelas mãos de seu tataravô, Senhor Emílio Scherer, mais conhecido como Tio Emílio. Assim tudo ficará justo e perfeito.

FECHANDO A PORTEIRA.
Pois ela continua aberta...


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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”