terça-feira, 19 de junho de 2012

Boletim 102

ABRINDO A PORTEIRA.
Os Sacrifícios.
Sei que não prego ao vento, mesmo não sendo Pregador. Sigo o rastro do Criador dos Mundos, e neste longo caminhar vou buscando o "sentido da vida", pois aqui não vim inutilmente. Minha missão não foi só a de reproduzir! Então pergunto: Quais são os meus sacrifícios? Não quero ser nenhum Jó (creio mesmo que só houve um, pois não conheço outro cristão com esse nome), mas certamente os sacrifícios são fatos naturais, considerando, que  em minha  vida recebo muitas alegrias, possuindo ela o direitos de me cobrar sacrifícios.

GALPÃO.
A Querência dos Poetas Livres.
É um movimento campeiro e artístico, diferente de qualquer outro. Primeiro, não temos eleições, que é coisa que assusta qualquer vivente. O Patrão é sempre o mesmo, que é trocado só quando morre. Mas atenção, não é imperialismo! Lá só impera a IGUALDADE. Tanto que nem Tesoureiro temos. Assim como não possuímos mensalidades, e a única jóia que carregamos é o AMOR GAÚCHO. Todos sabem, que onde entra o dinheiro, os ideais se acabam, e nosso único ideal é preservar a TRADIÇÃO GAÚCHA. O melhor de tudo é que só nos reunimos em CTGs ou em Galpões Campeiros, ao redor do fogo de chão, sorvendo o bom mate, a gostosa comida campeira e, apreciando a Tertúlia Galponeira. Somos sofrenados por um simples Regulamento, que foi tenteado artigo a artigo, pelo mais nobre dos campeiros, meu Amigo, Irmão e Companheiro, João Moacyr Ferreira. Vai uma simples fotografia de um simples momento, pois as coisas simples é que nos dão felicidade.
  

 O Patrão apadrinhando o jovem Parceiro Marcone Lima. Quando eles entram na Querência recebem do Padrinho, em suas iniciações, o Abraço, símbolo da hospitalidade gaúcha.  A pilcha é a única obrigação dos associados. Para apreciarem a arte deste Parceiro Marcone, basta sua estampa na foto abaixo. 




FECHANDO A PORTEIRA.
Descobri que o bom é deixá-la aberta. Qualquer um pode entrar.

Um comentário:

  1. Sempre é bom ouvir alguma notícia do Galo Velho. Sou da cidade, mas me sinto muito acolhida por meus amigos na SantÁnna, em especial no Galpão. Algumas boas lembranças me fazem sorrir ao ter a oportunidade de compartilhar o blog! Um abraço apertado Sr Luis, da Claudinha (Cláudia D. Schneider)

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”