segunda-feira, 11 de julho de 2011

Boletim 77

ABRINDO A PORTEIRA.
As medidas do amor.
Tenho um livro com este título, e já fizeram um filme com o mesmo nome, mas ainda não descobriram "o aparelho" para conseguir estas medidas. Posso afirmar que todos nós amamos. Os bandidos também amam. O desequilíbrio está na consciência de cada um. Amamos o objeto, ou o abstrato? Quem conseguirá responder? Aqueles que souberem responder, digam o quanto do objeto e o quanto do abstrato. Mais ou menos um percentual. Ficará mais fácil uma conclusão.
Lembram que lá no boletim 75 citei Gregg Braden, na sua afirmação "Não somos matéria. O núcleo de um átomo também é 'energia condensada'. Estamos conectados através de nossas vibrações". Gostaria de dizer ao autor que não se trata de vibrações, e sim de amor! Vocês tirem suas próprias conclusões, pois eu já tirei a minha.

GALPÃO.
Ainda o amor.
Vamos deixar de lado esta dura filosofia, e entrar no "Meu santuário de fumaça, onde as vezes desencilho. Faço um altar de lombilho, do fogo à reminiscência, e cultuo a dor da ausência, no oratório do passado. Galpão onde fui fedelho, corpeando tala de relho, tirando raspa de tacho, onde os avós se reuniram, e de onde a cavalo partiram, pra um cruzada de macho. Aqui me curvo e me agacho, me inclino e as vezes me ajoelho, desato o breve à oração, revendo de um lado e de outro, quando o Rio Grande era potro e os que domaram meu chão" (Balbino Marques da Rocha). Aqui chegando despidos de preconceitos, vaidades e orgulhos, na mescla da poeira de um chão batido, curtindo relinchos da eguada, latidos da cuscada, reverenciando o passado, fica mais fácil entender a vida, na simplicidade com que o Menino Jesus se fez gente, derramando amor pelos séculos e séculos.



HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM.
Ainda conto..


Passei cinco anos no interior do Rio de Janeiro, no Vale do São João, município de Cabo Frio, plantando arroz irrigado. Coisa de maluco, mas a vida também tem disso. Não digo que saiu todo errado, pois aprendi muito da vida. Então, frequentava o Rotary Club de Rio das Ostras, da cidade do mesmo nome, onde tinha uma casa alugada. Lugar paradisíaco, só aposentados ou vagabundos, coisa que lá no Rio tem muito. Trabalhar num lugar lindo como aquele só mesmo gaúcho. Numa das reuniões do clube, que era nas segundas feiras, um Companheiro do meu lado disse que ainda não conhecia o Rio Grande do Sul. Louco de saudade, e orgulhoso da terra, fiz propaganda. Vou quinta feira próxima, me disse ele. Quando foi na outra segunda, lá estava ele, com o nariz vermelho. Perguntei: "Não foste na minha terra"? Recebi de resposta: "Fui, já voltei, e nunca mais volto lá. Num só dia peguei verão, primavera, inverno e outono. Fiquei dois dias no hotel gripado". Conto a história, porque outro dia ocorreu o mesmo comigo. Coisas de gaúcho.



FECHANDO A PORTEIRA.


A história de uma amiga do peito. Conversamos muito e eu sinto o quanto é infeliz. Não consegue ver nada fora do lugar, e não aceita os erros do dia a dia. Perfeccionista. O Mundo não é perfeito. A natureza, expressão maior de Deus, não é perfeita. O que pensar dos tussunamis, dos vulcões? Parece que para haver equilíbrio temos de conviver com o certo e o errado. Mais do que conviver, aceitar o errado, como algo tão certo, como a própria morte. Creio até que os perfeccionistas não aceitam a morte, como se ela fosse alguma coisa errada. Pensem, reflitam, e aprendam a conviver com o errado, tirando lições dele é lógico.

Um comentário:

  1. toni rogerio tavares16 de julho de 2011 às 12:13

    olá meu amigo.como sempre me delicio com seus boletins,nas "medidas do amor" conseguimos ter um pouco da dimensão desse sentimento em corinthios-13 "...ainda que eu falace a lingua dos homens,e falace a lingua dos anjos sem amor eu nada seria." o AMOR está em escasso nos nossos dias contemporaneos meu amigo.um abraço.

    ResponderExcluir

Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”