domingo, 13 de janeiro de 2019

Boletim 467.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A catacumba.
Esta vai ser braba, mas tenho que contar. Certa feita, minha esposa Jane, de 61 anos de felicidade conjugal, me disse de inopino: "Quero ser cremada. Os bichos não irão me comer!". Santo Deus! Matutei um pouco para dizer: "Mas queres nos separar? Tenho nosso túmulo desde 1972 construído no Cemitério São José, e com a graça de Deus nunca usado. Então vou me queimar também, e vender aquele chão". Fui lá e o vendi por meia dúzia de trocados. Mas o que quero dizer é que o cemitério está completamente lotado de catacumbas, mas ermo. Perguntei ao zelador onde estavam os parentes daqueles milhares de mortos, e ele respondeu que ninguém visita mais seus parentes mortos. Ao que lhe retruquei - nem aos parentes vivos, o que é muito pior.
Minha mensagem: Aceitem a vida como ela é. Estamos alterando nossa moral (o que para mim é um pecado), e devemos conviver com ela, pois ninguém irá mudar o ´pensamento da maioria....

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”