quinta-feira, 27 de abril de 2017

Boletim 330.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A velhice.
Ainda não comecei a rir de minha velhice, mas logo logo o farei. São pequenos tropeços, esquecimentos, impaciências e atrapalhadas, que nos fazem rir. Ela é relevante. Maravilhosa por ser respeitosa. As pessoas nos olham com inveja. Verdadeiramente é inveja, pois ficam pensando em chegar lá. Quem não chegou é porque foi. Vejam na mídia o destaque que dão àqueles que chegaram no centenário, ou melhor, cruzaram muito além dele. Lembrem que Matuzalém chegou nos 969 anos de idade, e foi o avô de Noé. Meu Deus, tinha mesmo que haver um dilúvio para carregar aquela velharia. Não consigo imaginar carregar tantos anos, eu que já ando atrapalhado com meus 83. 
O importante não é viver muito. O importante é viver bem. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”