ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Marieta.
Vocês perdoem, mas vou falar de minha gente, por uma simples razão - o texto está muito bem escrito. Lá no boletim nº 10, que não transcrevi para o blog, ele consta límpido e alegre. Uma querida tia, irmã de meu Papai, cujos dados foram fornecidos por uma filha, que por professora, e de coração limpo e puro, assim escreveu:
Marieta Azambuja Fay.
Segunda
filha do Cel. Ney nasceu no último ano do século XIX, em 14 de abril de 1899,
na fazenda da Invernada. Era chamada por quase todos os sobrinhos de Dinda.
Alfabetizada na fazenda foi criada naquele bucolismo rural, até que
adolescente, o pai a mandou para junto de sua irmã Amália, em Rio Grande , onde passou
os melhores momentos de sua juventude. Passados alguns anos foi transferida
para Porto Alegre, residindo com a outra tia, Sinhá, também irmã de seu pai, e
casada com o professor Sampaio, do Colégio Militar. Ali ela passou muito trabalho,
pois encontrou um verdadeiro “quartel”, lamentando a perda do contato com as
primas de Rio Grande, com quem estabelecera forte amizade. A oportunidade junto
da tia Sinhá foi a técnica de bordado, chamado “pintura de agulha”, no qual se
especializou, deixando bons trabalhos. Terminou retornando à Invernada já
mocinha, e foi no Hotel São João, na vila do Duro, que estando a almoçar com a
família, um jovem e esbelto moço, chamado José Olavo Fay, almoçando ao lado
perguntou ao garçom Bino, quem era aquela bela morena de olhos tão lindos.
Recebeu a resposta que era filha do Cel. Ney Azambuja, ao que ele retrucou:
“Vou casar com ela”. O garçom corrigiu: “Vai ser difícil seu moço, o velho é
exigente, e não creio que concorde em dar a mão da filha, a um simples
caixeiro-viajante”. Não se sabe que caminhos o teimoso Fay percorreu, para
chegar no coração da bela morena, mas o certo é que em 9 de abril de 1921
casavam na Fazenda da Quinta. Contam que a festa tendo terminado muito tarde
tiveram que pernoitar na mesma, mas em camas separadas. Imaginem uma cena desta
nos dias de hoje!
Como
todo o Azambuja, Marieta era extremamente devotada ao lar, acompanhando os
filhos e netos, por quem foi muito amada e respeitada. Escreveu: “O dia mais
feliz de minha vida, foi quando recebi minha primeira comunhão, já com 42 anos
de idade”. Então, no dia 14 de abril de 1974, ao completar 75 anos de
existência, na sua bela chácara da Glória, junto aos filhos e netos, seu
coração parou de bater, encaminhando-se ao encontro de sua eterna ressurreição.
Dados
de sua filha Marila.
Concluo: Ela se chama Marila Azambuja de Azambuja, pois casou com meu Amigo e Companheiro de Rotary, Ruy Rodrigo Azambuja. Ela vive, e também extremamente devotada ao lar. Conta com a pouca idade de 93 anos, para sua bela estrutura física. Tanto que ano passado quebrou uma perna e anda lépida e faceira.
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