quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Boletim 236.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
A lambreta 1960.
Aos 26 anos, já casado, com um filho no colo de minha Jane, retornei à Camaquã fazendo minha mudança num ônibus Frederes, e o caminhão do Zé Linguiça. Passamos a morar na residência de meu Papai, onde hoje é a Survel. Tínhamos ali uma chácara de 13 hectares no seu entorno, que se transformou na Vila Dona Thereza, em homenagem à minha Mamãe, falecida em 1948, com a pouca idade de 44 anos. Minha família na época era chamada aqui de família Imperial, por seu destaque financeiro e social, e eu chegava como policial, pilotando uma lambreta 1960, símbolo na época do transviado (não tem nada a ver com os veados...). Tinha parente que dobrava esquina para não encontrar com esse escrevente, pois eles trocavam de carro todos os anos, e agora aparecia ali um Azambuja, com o apelido de "escrivão rico", montado numa lambreta! Imagina!
São os sacrifícios que forjam o caráter do indivíduo. Eu agradeço meu bom Deus, a saúde que me deste, e a toda minha família. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”