sexta-feira, 14 de março de 2014

Boletim 165.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Mágoa.
Um sentimento que sempre passou por longe de mim, por piores momentos que tenha sofrido, entretanto, nesta semana fui magoado, o que me fez refletir, e refletir muito. Claro, busquei sentar num banco tosco do Galpão do Galo Velho, frente a um fogo forte, numa madrugada silenciosa e calma, quando matutei muito. Toda mágoa tem casamento certo com a vergonha. Este dois sentimentos não são tão ruins como se pensa num primeiro momento. Temos de dar tempo, refletir muito, ponderar os acontecimentos, para depois, quem sabe muito depois, formar uma definitiva opinião. O primeiro passo é não deixar a mágoa se transformar em rancor. Jamais nossos sentimentos podem regredir, na ordem moral em que nos elevamos. O segundo passo é não colocar a culpa nos outros, o que é sempre muito fácil. Difícil é colocar a culpa em nós mesmos! Depois de muito refletir passei a culpar a mim mesmo. Também não fiz disto uma mortificação, apenas procurei aprender a lição para não cometer o mesmo erro. Já escrevi em boletins anteriores que nenhuma virtude é fácil de ser exercida, mas certamente a humildade é a mais difícil de todas. Não creio que tenhamos nascidos humildes, e sempre entendi que ela deve ser praticada, e esta prática estará associada à nossa consciência. Reconhecer o erro é um dom, mas pedir perdão é um ato de humildade.
Aquela mágoa não me fez mal, e depois do mate do estribo, depois que o Sol derramou sobre mim a sua luz para vencer o dia que amanhecia, entendi que é bom viver, revigorado pela energia de um DEUS CÓSMICO. 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”