quinta-feira, 16 de maio de 2013

Boletim 130

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Contrariando.
Parece que ando contrariado. Já contrariei os dicionários e agora vou contrariar o Paulo Santana, aquele que me inspira em suas crônicas, e alimenta o meu imaginar. Na última, neste dia 15 de maio, fala que dentro dele tem um Deus e um diabo, que promovem ora o bem, ora o mal. Diz ainda que a Bíblia reconhece a existência do diabo. Não creio. Se ela reconhece, eu não reconheço o texto da Bíblia. O diabo não existe! Deus foi tão perfeito ao criar o mundo, que entendeu ser impossível uma vida só com o bem. O mal deveria existir, para entendermos o verdadeiro significado da vida. Se houvesse apenas o açúcar sem o sal, não saberíamos apreciar o seu sabor.  Então, nossas vidas são saborosas porque convivemos com os opostos. Sei que muitos de vocês irão dizer, que não há equilíbrio entre o bem e o mal. Certas pessoas convivem mais com o sofrimento do que outras, que só desfrutam de alegrias. Não sei explicar isso. Minha religião diz que haverá compensações àqueles que souberem se resignar ante o sofrimento, ofertando-o a Deus. O que sei é que os felizes estão sempre agradecendo por suas felicidades. As pessoas querem que as coisas boas sejam de Deus, e sofrendo a coisa é do capeta.
 Falando em resignação, outro dia numa reunião de Rotary, no desempenho de um protocolo, afirmei que "resignação é o perfume da felicidade". Pedi na ocasião que meus companheiros e companheiras meditassem sobre o tema, buscando aperfeiçoar aquela afirmativa. Meditei mais ainda. Os resignados não são vitoriosos na conquista de bens terrenos, mas são vitoriosos na conquista de bens espirituais. Daí, volto a meu velho tema de sermos felizes.  Não quero dizer que devemos jogar tudo para cima, vender o que temos, para seguir um Cristo Jesus, como fez um discípulo, que não lembro mais o nome. O que devemos é buscar um equilíbrio em nossas vidas. Equilíbrio é o que não nos deixa cair.

GALPÃO.
Justificativa.

Como estou há mais de mês sem chegar no meu Galpão do Galo Velho, sem escutar o linguajar de suas labaredas, desfrutando de um bom mate, no tosco de seus bancos fico apenas curtindo sua saudade, e não me reporto as Histórias Que Me Contaram. Logo, tudo passará.

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”