sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Boletim 298.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
O que passou não volta nunca mais. - II.
Certamente que não volta, mas deve ficar algo em algum lugar. Não creio que ao apagar de nossas vidas voltemos aquilo que fomos antes de nascermos. Alguém lembra de alguma coisa? Nada. Um verdadeiro zero. Todos deixaram uma vida lá atrás, com tudo aquilo "que passou" e que construíram em suas almas. Se existe outra vida não vamos discutir. Só sei que existe um significado para ela, e ao fecharmos os olhos, não pode haver um "ponto final". Viemos ao Mundo com a mensagem divina de sermos felizes. Se conseguimos ou não, temos de dar conta de nossos esforços. 
Por vezes me esforço para lembrar de alguma coisa, e só vem à memória fatos lá dos meus quatro ou cinco anos, o resto é uma bruma. Que construção será esta? Que caminho a percorrer, que eu não tenha domínio sobre ele? Que destino me reserva, que eu não tenha uma conclusão final dele? Por favor, não foquem as construções materiais! Nada do material me pertence! Deixarei tudo aqui para que outros se envolvam na sua continuação. O que eu levarei comigo? Esta é a obra que espero entender, nem que seja no último momento final!
O que eu levarei comigo?
Estou me dando conta que o dia de hoje é dos mortos, e creio que por tal fiquei pesado...

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”