quinta-feira, 16 de julho de 2015

Boletim 231.

ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Sucessão.
Não conseguimos nos desprender das coisas terrenas. Elas têm seu encantamento, e nos proporcionam imensos prazeres, e por tal queremos ser donos das mesmas. Entretanto, nada nos pertence. O que devemos é desfrutá-las, sem o apego. Difícil. Muito difícil. Quando entendemos que o tempo ficou gasto, passamos a olhar o outro lado da vida, pois ela não tem fim. Assim olhei para minha neta Fernanda, hoje assumindo meu Galpão do Galo Velho, transmitindo a ele seu carinho, na busca da Paz e Respeito. Olhem:
Apparício da Silva Rillo nos brindou com o verso "Sucessão", que creio estar re-publicando, mas nele devemos meditar:

"Ser não é ter sido, ou perceber-se na estampa dos retratos dos avós. É estar além dos vidros das molduras, numa projeção muito além do próprio ser. Guardo armas no íntimo armorial, brasão de sangue do meu velho clã. Minhas batalhas são as véspera de hoje, na projeção imprevisível do amanhã. Ter sido também não é ser, ou apegar-se ao veio e as raízes dos avós. É ser a rama que brotaram deles, para dar sombra aos que virão de nós." 

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Galo Velho

Camaquã, Rio Grande do Sul, Brazil
Fundado em 05/07/1980, assim foi escrito em sua 1ª página do 1º Livro: “O que importa neste GALPÃO é que cada um saiba ser irmão do outro. Aqui terminou o patrão e o empregado; o pobre e o rico, o branco e o preto; o burro e o inteligente; o culto e o ignorante. Aqui é a INVERNADA DA AMIZADE e tem calor humano como tem calor de fogo. Nosso Galpão nem porta têm, está sempre aberto para quem buscar um abrigo. Neste Galpão os corpos cansados da lida diária encontrarão sempre um banco para descansar, e um mate amargo para a sede matar. Aqui o frio do Minuano não encontra morada, temos toda a Sant’Anna irmanada. A cada nascer de uma madrugada há de encontrar alguém aquentando fogo, buscando nas cinzas do passado, o Galo Velho que será, quando partir para a Invernada do Esquecimento. Ninguém será esquecido, se passar nesta vida vivendo como o nosso “Galo Velho” viveu, a todos querendo, sem nunca ter o mal no coração.”