ABRINDO E FECHANDO A PORTEIRA.
Sucessão.
Não conseguimos nos desprender das coisas terrenas. Elas têm seu encantamento, e nos proporcionam imensos prazeres, e por tal queremos ser donos das mesmas. Entretanto, nada nos pertence. O que devemos é desfrutá-las, sem o apego. Difícil. Muito difícil. Quando entendemos que o tempo ficou gasto, passamos a olhar o outro lado da vida, pois ela não tem fim. Assim olhei para minha neta Fernanda, hoje assumindo meu Galpão do Galo Velho, transmitindo a ele seu carinho, na busca da Paz e Respeito. Olhem:
Apparício da Silva Rillo nos brindou com o verso "Sucessão", que creio estar re-publicando, mas nele devemos meditar:
"Ser não é ter sido, ou perceber-se na estampa dos retratos dos avós. É estar além dos vidros das molduras, numa projeção muito além do próprio ser. Guardo armas no íntimo armorial, brasão de sangue do meu velho clã. Minhas batalhas são as véspera de hoje, na projeção imprevisível do amanhã. Ter sido também não é ser, ou apegar-se ao veio e as raízes dos avós. É ser a rama que brotaram deles, para dar sombra aos que virão de nós."
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